terça-feira, novembro 19, 2013

Crtl C, Crtl V - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 19/11

A reunião do PSD amanhã para fechar oficialmente o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff coloca na parede, antes da hora, todos os partidos médios que desfrutam de cargos de primeiro escalão. Dentro do governo, há quem veja esse tipo de encontro como um modelo a ser seguido por aqueles que pretendem continuar confortáveis no Executivo federal a partir de janeiro de 2014.

Obviamente, diante das denúncias que envolvem a prefeitura de São Paulo, o ex-prefeito Gilberto Kassab precisa fazer mais esforço que os demais para tentar estancar o clima de hostilidade que reina entre ele e os petistas na província. Mas, ainda assim, um pouco de apoio à presidente, em especial nesse momento de prisão dos réus do mensalão, será entendido como um gesto muito forte de “estamos juntos” em 2014. Tanto é que não está descartada a presença de Dilma no evento.

O tempo de Aécio I
A solenidade Poços de Caldas+ 30, para marcar o trigésimo aniversário do primeiro documento em favor das Diretas Já assinado por Tancredo Neves e Franco Montoro, foi apenas um pano de fundo. O presidente do PSDB, Aécio Neves saiu de lá com a candidatura presidencial consolidada.

O tempo de Aécio II
A maciça presença de representantes do diretório de São Paulo no evento em Minas Gerais foi lida no partido como uma prova de que o ex-governador José Serra, a única estrela ausente, não é o nome que os tucanos paulistas desejam para concorrer à Presidência da República.

Cobrou geral
A presidente Dilma Rousseff não gostou de saber que os senadores pretendem segurar a nomeação de João Resende para presidente da Anatel. Ela até aceita acolher algumas alterações no Marco Civil da Internet, mas tem dito que base aliada tem que ser... aliada! Os senadores prometem agilizar nesta semana.

Nem tanto
O “estamos juntos” de Lula incomodou a parcela do PT que deseja tocar a vida diante do inevitável desgaste com as prisões. Afinal, muita gente no partido considera melhor prender agora do que no ano eleitoral. Os petistas torcem para que, até lá, o calor desse momento esteja diluído.

Dilma e o mensalão I/ Em público, a presidente silenciou, mas em conversa com os líderes no Senado comentou o mensalão. Segundo relato de alguns, ela, apesar de reiterar que não deseja se pronunciar abertamente sobre o tema, ela citou o caso de José Genoino e lembrou que já foi presa política. Mencionou ainda que seus advogados sempre ficavam de plantão nas transferências dela.

Dilma e o mensalão II/ A presidente inclusive teria dito que é muito ruim o que estão fazendo com o ex-presidente do partido. Os líderes saíram de lá com a impressão de que ela acha os advogados de Genoino meio “moles”.

Apostas/ Enquanto um grupo do PT defende o confronto com o STF, os comunistas do PCdoB têm certeza de que as fortes declarações das últimas 48 horas não passam de “emoção do momento” e “choque” por causa das imagens dos réus se entregando à Polícia Federal. A nota do PT, com ênfase aos programas de governo, mostra que os comunistas estão certos.

Serraglio viu/ “As prisões viriam mais dia, menos dia. O problema é que as pessoas se acostumaram com a impunidade e não pode ser assim. A CPI trabalhou bem. Se não tivesse investigado de forma correta, nada disso teria acontecido”, disse à coluna o deputado Osmar Serraglio, o peemedebista que relatou a CPI dos Correios.

Prolongaram legal…/ Quem passou pelos plenários da Câmara e do Senado ontem à tarde ficou com sensação de que o feriadão não havia terminado.

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