quinta-feira, setembro 05, 2013

O mercador do tempo na TV - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 05/09

Para obter adesões ao seu novo partido, o Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP) está oferecendo aos governadores os cerca de dois minutos de propaganda que a nova legenda terá direito. O partido deve nascer com uma bancada de 30 deputados. O acordo é feito assim: o governador transfere um ou mais deputados para o Solidariedade e ganha o tempo de TV no pleito estadual.

Quem quer comprar horário nobre?
Paulinho já fez este acordo com os governadores Marconi Perilio (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR), André Puccinelli (PMDB-MS), Cid Gomes (PSB-CE) e Eduardo Campos (PSB-PE). O presidente do PSDB, Aécio Neves, que ontem esteve com Paulinho, está transferido três tucanos para garantir o tempo de TV do futuro aliado. Na semana passada, numa casa no Lago Sul de Brasília, no escritório do advogado Tiago Cedraz, cerca de 30 deputados participaram de encontro do novo partido. Devido ao alinhamento com a oposição, o Solidariedade só aceita deputados do PSB e do PSDB quando esses têm problemas regionais internos para disputar a reeleição.


"O Solidariedade está bombando. Os governadores estão loucos. Eles estão doidos para ter os dois minutos de TV na eleição. O patinho feio virou cisne"
Um deputado federal que participa ativamente da formação do novo partido

Uma sangria no PDT
O Solidariedade vai ser a quinta bancada da Câmara. Paulinho vai carregar um terço da bancada do PDT: nove deputados. Estão indo um do PPS; dois do PP; dois do DEM; três do PSDB; três do PMDB; quatro do PSD; e seis de outros.

O "ponto futuro"
O Solidariedade está assediando o deputado Romário (RJ). Advogados do partido sustentam que o PSB vai pedir seu mandato caso ele não vá para uma legenda nova. O deputado Paulo Pereira da Silva quer desbancar o DEM. Ele está só a espera do "Sim" de

Romário, para oferecê-lo como vice na chapa à Presidência do senador tucano Aécio Neves.

Vai lá? Vai lá?
O Itamaraty suspendeu ontem a missão diplomática precursora que embarcaria para os Estados Unidos, na segunda-feira próxima. Sua tarefa era preparar a viagem da presidente Dilma a Washington no próximo 26 de setembro.

Reduzindo a marcha
Cobrado pela cúpula do PT, o deputado Henrique Fontana (RS) mantém a denúncia de pagamento coletivo da contribuição partidária para votar na eleição. O petisía não gosta do termo "compra de votos" e prefere denunciar o que chama de prática condenável". Os seus aliados na eleição petista ficaram tensos. Eles temem prejuízos ao candidato de oposição Paulo Teixeira.

Denúncia vazia
O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira contesta as críticas de Henrique Fontana. Diz que não é atípico habilitar eleitores. E diz: "Nos diretórios dirigidos por aliados de Fontana, eleitores também foram habilitados de afogadilho"

Batendo cabeça
O presidente do PSDB, Aécio Neves, festejou: "O voto aberto é um avanço" Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), sentencia:
"A adoção do voto aberto, para a oposição, é mais que um tiro no pé: é um tiro no ouvido"


O medalhista olímpico do vôlei Giovane Gávio atendeu ao presidente do PSDB, Aécio Neves, e será candidato a deputado por Minas Gerais.

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