terça-feira, setembro 03, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Não tem nada decidido”
Governador Sergio Cabral (RJ) sobre sua renúncia em dezembro, que já está decidida


AÉCIO PROMETE A EDUARDO NÃO ATRAIR APOIO DO PPS

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) disse ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), durante o encontro no Recife, que será candidato contra a presidente Dilma, em 2014, “desde que tenha condições mínimas” para isso, como “o apoio de um partido relevante”, citando o PPS de Roberto Freire. Aécio o tranquilizou: não tentará o apoio do PPS à candidatura tucana, ao menos no primeiro turno.

CONTRA LULA, NÃO

O socialista Eduardo Campos continua repetindo o mantra de que só tomou uma decisão: não enfrentar uma eventual candidatura de Lula.

PLANO B

Eduardo Campos age como presidenciável, mas tem dito a amigos que “não ficaria ruim” sua eventual candidatura ao Senado.

PALANQUE DUPLO

Aécio Neves e Eduardo acertaram compartilhar o palanque em Estados onde candidatos majoritários do PSDB e do PSB forem aliados.

PAPO NA PORTEIRA

A conversa foi tão amistosa que Aécio acertou uma visita de Eduardo Campos e família à fazenda da família Neves em Cláudio (MG).

‘INDIGNAÇÃO’ VIRA MUXOXO

A presidente Dilma poderia cancelar a visita de Estado a Washington, em outubro, e chamar de voltar “para consultas” o embaixador nos Estados Unidos, Mauro Vieira, como sinais da indignação brasileira contra a comprovação de que ela própria tem sido espionada da Agência Nacional de Segurança do governo Barack Obama. Mas o governo brasileiro fez opção pela “cautela”, tão acovardada quanto suspeita.

CALABOCA

Em vez de dar “explicações”, o embaixador dos EUA Thomas Shannon parece haver enquadrado o governo, logo pela manhã, no Itamaraty.

COISA FEIA...

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi aos EUA mudo e voltou calado. Só ontem contou que suas “ponderações” não foram aceitas.

CHACOTA AMERICANA

Cardozo disse que “propôs” condicionar espionagem a “ordem judicial”, mas os americanos não aceitaram. Devem ter gargalhado.

BLINDAGEM

Presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 1980, Antonio de Oliveira Santos mantém o poder esmagando adversários e nomeando para órgãos da CNC figurões como o ministro Gilberto Carvalho e Carlos Eduardo Gabas, o “vice-ministro” da Previdência.

SOU DA PAZ

Está na hora de Lula se oferecer para intermediar o conflito no Oriente Médio: após condecorar o ditador assassino da Síria, Bashar al-Assad, e ser condecorado por ele em 2010, reiterou sua disposição. Vai, Lula.

HERANÇA MALDITA

Em sete meses, Antonio Patriota executou R$ 1,5 bilhão do orçamento do Itamaraty com pessoal, encargos e investimentos. Substituto, Luiz Alberto Figueiredo terá R$ 700 milhões para se virar até o fim do ano.

A VOLTA DE ADAMS

Isentado pela comissão de Ética Pública e pelo ex-procurador-geral Roberto Gurgel, que não viu crime a ser apurado no caso da Operação Porto Seguro, o ministro Luís Adams (AGU) se reabilita perante Dilma Rousseff e volta a ser cogitado para a Casa Civil ou o Supremo Tribunal Federal.

PRIORIDADES

A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) passou mais tempo bajulando o presidente da Câmara, Henrique Alves, na sessão que não cassou Natan Donadon, do que discursando contra o deputado ladrão.

ACORDO EM RORAIMA

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) negociou com Gilberto Kassab substituir Raul Lima por Urzeni Rocha na presidência do PSD, a fim de garantir apoio ao governador José de Anchieta (PSDB-RR) em 2014.

BATEU, LEVOU

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) entrou com processo contra a deputada Íris de Araújo (PMDB), que foi membro da CPI do Cachoeira, por chamá-lo de chefe de quadrilha, em reunião interna do PMDB-GO.

VENDENDO FRANGO

Funcionários locais do Itamaraty ameaçam nova greve contra a indefinição do regime de salários no exterior: justificam que ganham menos por hora que os da rede KFC, em greve por US$ 15 a hora.

MENU INTERNACIONAL

Prato do dia na Casa Branca: espetinho Assad.


PODER SEM PUDOR

CACIFE DE CACIQUE

No início dos anos 1990, a esquerda tentava crescer no Acre. Dirigentes do PT e do PCdoB tentaram filiar lideranças indígenas, numa reunião na cidade de Tarauacá. Nilson Mourão, ex-deputado federal, atacou:

- Venham para o PT, que é um partido democrático e não aceita caciques!

Maior mal-estar na plateia de caciques de verdade. Traído pelo vício de usar o termo "cacique" de forma pejorativa, no sentido de "caudilho", Mourão não filiou um só índio ao PT. Enquanto isso, os comunistas cochichavam sua adoração por um cacique, e filiaram todos no PCdoB.

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