domingo, agosto 18, 2013

Prisão não resolve - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 18/08

Entre as duas mil pessoas ouvidas na pesquisa do CESeC, da Universidade Candido Mendes, que tenta entender o que os cariocas pensam sobre as drogas, apenas 30% apostam que a prisão de usuários ou traficantes é a melhor forma de conter o consumo.

Educar é melhor...
É que, segundo a socióloga Julita Lemgruber, que coordenou o trabalho, a imensa maioria defende uso de campanhas informativas e tratamento adequado aos usuários problemáticos.

Eleição 2014
Dilma prepara, como se sabe, um pacote de obras para inaugurar na campanha eleitoral do ano que vem.
A lista deve incluir a refinaria Abreu e Lima, em construção em Recife, terra de Eduardo Campos.

Só dá Vinicius 1
Uma gravação de “Garota de Ipanema” feita em 2000, pelo falecido cantor Emílio Santiago, estará num CD que a Sony lança, em outubro, em homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes.

Só dá Vinicius 11...
Salvador, onde o Poetinha morou uns tempos, receberá, dia 12 de setembro, um show pelo centenário.
Vai reunir Toquinho, o parceiro fiel, João Bosco e Mônica Salmaso.

No mais
A história foi contada pela escritora Nélida Pifion, que também condena o abuso do uso de palavras estrangeiras por aqui.
Em 1571, a rainha Elizabeth I foi à inauguração da “Bourse”, mercado em Londres, e disse aos comerciantes que não tinha gostado do nome francês do lugar. Por causa disso, os ingleses passaram a chamá-lo de “Royal Exchange”.

À direita do PSDB
A página do Facebook do Partido Novo, em organização, já tem mais de 360 mil curtidas.
Seu presidente, João Dionísio Amoedo, carioca de 50 anos, é sócio da Casa das Garças, conhecida como ninho de tucanos, quer um partido de centro-direita, à direita do PSDB.

Liberal...
Um dos que apoiam a legenda é o economista Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal.

Ai, meus tímpanos!
Em tempos de protestos sem fim, a empresa Condor, que fornece armas não letais, exibe amanhã numa feira de segurança, no Riocentro, um apito que alcança 151 decibéis de potência que, segundo a empresa, é capaz de dispersar a turba “sem danos aos tímpanos”. É. Pode ser.

Show de rocle...
Para se ter uma ideia, cem decibéis equivalem a estar a menos de um metro de uma caixa de som em um show de rock.

Parece desrespeito. E é!
Esta imagem de São João, que fica na Câmara de Vereadores de Niterói, foi vítima de vandalismo. Manifestantes que ocupam o lugar puseram este cartaz e trocaram o cajado do santo por uma vassoura.

Vidi Hall
As meninas da Zona Sul que frequentam o baile funk do Morro do Vidigal o apelidaram de... Vidi Hall (em referência ao Citibank Hall).
A “onda” é subir de mototáxi. O baile é organizado por moradores.

Acredite
Sabe qual é o novo tema-sensação das festas infantis?
A funkeira Anitta.

Chega de vice!
Uma pesquisa do AshleyMadison.com, site de, digamos, puladas de cerca, mostra que, entre as 44 mil mulheres inscritas, 26% torcem para o Vasco, cuja torcida gosta de dizer que é o time da virada. Com todo o respeito.

Segue...
Entre os homens inscritos no site de saliência fora do casamento, os mais danadinhos são os torcedores do Flamengo, com 41%. Em segundo estão os tricolores, com 23%.

Cena carioca
Na manhã de sexta passada, no ponto de ônibus perto do BarraShopping, um senhor olhou para uma mulher e disse: “Quando te vejo, fico revoltado.”
Obviamente, ela perguntou o porquê. Então, o velhinho, com seus mais de 80 anos: “Por ter nascido tão antes de você.”
Há testemunhas.

A ESQUADRILHA DA FUMAÇA
A recente legalização da maconha no Uruguai reacendeu, naturalmente, o debate sobre o uso da droga no mundo todo.
Mas Israel Beloch, do grupo Memória Brasil, remexeu o baú da História e mostra que o tema é abordado há muito tempo por aqui e até mesmo no sentido folclórico. O historiador lembra que em “Caatingas e chapadões”, o cientista Francisco de Assis Iglesias descreve que ficou impressionado em suas viagens pelo interior do Maranhão e do Piauí nos idos de 1912 a 1918, há um século, portanto, com o hábito dos sertanejos de fumar maconha, lá conhecida como diamba.

No livro, Iglesias relatou a multiplicação de verdadeiros “clubes de diambistas”, cujos efeitos maléficos criticou acerbamente. Num deles, recolheu a seguinte cantoria entoada no barato coletivo:

“Ó diamba, sarabamba!/ Quando eu fumo a diamba/ Fico com a cabeça tonta,/ E com as pernas zamba/ Fica zamba, mano?/Dizô! Dizô!”

NA MINHA TERRA...
Israel Beloch lembra ainda o escritor e psiquiatra sergipano Garcia Moreno, cujo trabalho foi citado por Câmara Cascudo, no seu “Dicionário do folclore brasileiro”.
Veja o que Garcia, que é autor de livros como “Aspectos do maconhismo em Sergipe”, de 1946, e “O sexo da maconha”, de 1948, diz:
“A maconha tem seus segredos e técnicas até na colheita. Há os pés machos e fêmeas. Os machos de nada servem. Colhê-los assoviando ou na presença de mulher menstruada troca o sexo da planta, a planta fêmea ‘macheia’ e perde as virtudes.”
Ah, bom!

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