domingo, agosto 25, 2013

Nem tudo são flores - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 25/08

Os petistas estão aliviados. A presidente Dilma e o ex-presidente Lula voltaram à mesma sintonia. O ruído vinha do início do ano. Foi a presidente, e seu entorno, que pressionaram Lula para anunciar seu apoio à reeleição de Dilma. Ela queria matar na raiz o ‘Volta Lula’. Contrariado e relutante, algum tempo depois do pedido, ele fez a declaração que contribuiu para antecipar a campanha.

Também há espinhos
As contradições no PMDB são cantadas em prosa e verso. Mas a luta política no DEM é travada na sombra. O líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO) revela que seis diretórios regionais (GO, CE, MT, MS, TO, PA) já estão fechando com a candidatura de Eduardo Campos (PSB). Ele conta: “Esse grupo tende a crescer. O PSDB é muito predador com o DEM. Há dificuldades de convivência nos estados”. Caiado antecipa que haverá um embate, no ano que vem, para decidir se o partido apoiará Aécio Neves (PSDB) ou Campos. E avisa: “Vou trabalhar fortemente para isso. Estamos equilibrando o jogo. Temos chances reais de levar o partido para Eduardo Campos”.

A nossa prioridade é reconstruir a bancada federal. O partido está liberado. Não há alinhamento  obrigatório a nenhuma candidatura à presidência
Onix Lorenzoni 
Secretário-geral do DEM e deputado federal (RS)

Sob o signo de mensalão
A cúpula do PT decidiu não realizar nenhuma pesquisa presidencial durante o julgamento do mensalão no STF. Os petistas avaliam que estas pesquisas seriam inevitavelmente contaminadas pelo escândalo que sacudiu o governo Lula.

$olidariedade
O partido liderado pelo deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), não está investindo na filiação de senadores nem de deputados estaduais. O trabalho está concentrado nos deputados federais. Um de seus dirigentes justifica: “Eles não trazem um segundo de televisão e nenhum centavo de Fundo Partidário”. 

Nova carta na manga
Um cardeal do PT, além do ministro Marcelo Crivela (Pesca), tenta convencer o empresário Josué de Alencar, filho de José de Alencar, vice-presidente de Lula, a disputar as eleições em Minas visando dividir a base social do PSDB. 

Cultivando a imagem
Foram os estrategistas da candidatura Eduardo Campos (PSB) que o fizeram mergulhar. Ele foi tirado do ar por causa dos protestos de rua que sacudiram o país. Marcados fortemente pela condenação dos políticos tradicionais, eles avaliaram que Eduardo perderia a condição de se apresentar como a novo na eleição presidencial se fosse associado aos rejeitados pela massa.

O ninho
Uma convicção ganha corpo no PMDB devido a insistência do PT em disputar o governo do Rio. Os peemedebistas avaliam que os petistas temem que o Rio de Janeiro passe a significar para o PMDB o que São Paulo representa para o PSDB. 

Mão de obra
Os Ministérios da Educação e do Trabalho vão turbinar o Pronatec com recursos do seguro-desemprego. Serão oferecidas novas vagas para cursos de reciclagem e formação, no Sesi, voltadas para o manejo de novas tecnologias. 

O governo acredita que com os médicos cubanos vai se ampliar o interesse em trabalhar no Brasil. Eles seriam a prova que o programa é para valer.

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