domingo, julho 14, 2013

Padilha fica - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 14/07

O programa “Mais Médicos” se tornou a prioridade absoluta do ministro Alexandre Padilha (Saúde). Ele se dedicará quase que exclusivamente ao tema até novembro, quando o Congresso votará a MP. Além disso, tem a responsabilidade de executar o projeto, cujos primeiros resultados ocorrem em março de 2014. Foi avisado que não deve sair para disputar eleição sem garantir total êxito.

Abaixo da cintura
O Conselho de Medicina do Pará abriu procedimento contra o ministro Alexandre Padilha (Saúde), que tem registro médico no estado. É retaliação pela vinda dos estrangeiros. O ministro aguarda a notificação da Justiça.

O fim do canetaço
O comando do Congresso comemora: o governo Dilma vai ter que conversar com a base aliada antes de enviar novas MPs e projetos de lei. Pela nova sistemática de apreciação, se em 30 dias elas não forem votadas, trancam a pauta do Congresso. A coordenação política do Planalto, reunida na quinta-feira, concluiu que, a partir de agora, o Executivo vai ter que negociar com o Parlamento antes de enviar suas propostas. Como diz um dirigente do Congresso, o Palácio não poderá mandar nada quadrado, terá que negociar antes para enviar um texto redondo e palatável. O primeiro projeto que passará por essa nova forma de negociação será o marco civil da internet.

“O governo Dilma, com esses aliados, como diria Luiz Eduardo Magalhães, não tem risco de dar certo”.
Miro Teixeira Deputado federal PDT-RJ

Ele tem a força
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), saiu com a faca e o queijo na mão no novo sistema de votação dos vetos presidenciais. Agora, vetos bomba, como Código Florestal, Portos e fator previdenciário, dependem de sua vontade para serem votados. Renan fez acordo, com o Planalto, de não votar, mas eles são uma carta na sua manga.

Ajuda amiga
No PSDB, eventual saída de José Serra para concorrer a presidente pelo PPS vem sendo tratada como “natural” e “a vida segue”. Se ocorrer, ajudará a levar a disputa para o segundo turno, o que, no fim, é ótimo para Aécio Neves.

Adeus, Gmail
A presidente Dilma, ministros mais próximos e principais assessores lançavam mão do Gmail, até se descobrir que os EUA espionam o Brasil. Era considerado muito mais seguro que o e-mail do governo e por onde trocavam informações mais sigilosas. Agora, estão abandonando as contas, em busca de algo mais confiável. Por ora, o melhor é conversar pessoalmente.

Os interlocutores
Na votação dos Royalties, foi o ministro Aloizio Mercadante quem alinhou ao governo o líder do PMDB, Eduardo Cunha. Sobre a infidelidade do PSB, coube ao vice Michel Temer conversar com o ministro Fernando Bezerra Coelho.

Correndo contra o tempo
O Ministério da Educação está aumentando a partir do ano que vem em mais 3.600 vagas de entrada nas faculdades públicas de Medicina em todo o país. Atualmente, existem 4.600 vagas.

O Senado vai instalar a CPMI da Copa do Mundo. Sua criação teve assinaturas de 178 deputados e 27 senadores, nenhum do PT.


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