FOLHA DE SP - 28/07
Essas plataformas têm valor comunicativo e profissional que não as isenta de debate crítico acerca de seus aspectos mais controversos
Ninguém duvida da imensa utilidade das redes sociais como ferramenta profissional e recreativa. Organizam um gigantesco contingente de usuários conforme suas afinidades e facilitam toda forma de comunicação interpessoal. Tornam a vida mais prática.
Mais controvertidas são suas dimensões política e midiática.
À primeira vista um enorme fórum de livre debate, as redes são formadas por células que mais reiteram as próprias certezas e hábitos do que os submetem a discussão. Esta, quando ocorre, adquire tons de estéril guerrilha verbal.
Às vezes se formam consensos formidáveis e legítima mobilização, como visto em junho passado, mas que tendem a ser passageiros, além de superficiais. Talvez pela natureza fluida do veículo em que se expressam, falta-lhes organicidade e duração.
Tampouco cabe dúvida de que o jornalismo amador ou militante, impulsionado pela internet, ajuda a suplementar o sistema de informação como um todo. Nem por isso está isento de críticas.
Embora faça a apologia da veracidade, essa forma de jornalismo se mostra ainda mais sujeita a falhas do que as já frequentes no jornalismo profissional. Informações se divulgam sem comprovação, quase sempre embaladas nas estridentes convicções, autênticas mas parciais, de seu emitente.
Os usuários sabem disso, e seu comportamento sugere que as redes são antes uma ampla câmara de ressonância da própria mídia.
Levantamento publicado pela Folha mostrou que mais de 80% do conteúdo informativo tramitado pelo Twitter, por exemplo, relativo às jornadas de junho passado, era produzido pelo jornalismo profissional da imprensa e da TV.
Para os conglomerados empresariais que exploram as redes, política ou jornalismo são facetas secundárias do negócio.
Daí a desfaçatez com que "posts" noticiosos são censurados, como ocorreu duas vezes, somente na semana passada, com inserções desta Folha no Facebook. Daí a docilidade dessas empresas --todas norte-americanas-- em face das exigências paranoides de seu governo à custa da privacidade dos usuários mundo afora.
É honesto reconhecer um aspecto corporativo nestas críticas, pois as redes sociais e os buscadores de notícias se beneficiam comercialmente da audiência gerada por produtos jornalísticos que não criaram nem custearam.
Este é apenas um dos problemas a serem enfrentados pela legislação relativa ao Marco Civil da Internet, que a Câmara dos Deputados deve votar em agosto.
Admitir esse aspecto de interesse próprio, porém, não impede este jornal de contribuir para a crítica que as redes sociais, com todo o seu valor comunicativo e utilitário, merecem.
A ficha está caindo, o povo está acordando, os farsantes estão se assustando. Os governos do PT e dos seus aliados de ocasião têm evidenciado cabalmente sua carência de quadros competentes e honestos, necessários ao enfrentamento dos complexos problemas que assolam o País.
ResponderExcluirAs manifestações de rua pacíficas, apesar de todas as dificuldades e até mesmo em função delas, têm denunciado com coragem e competência as mazelas de nossa democracia representativa.
É indispensável agregar a esse esforço de denúncia um plano de ação para a mudança de rumo necessária.
Esse plano deve ter como objetivo uma vitória inequívoca nas eleições de 2014, para o Executivo e o Legislativo (Câmara e Senado), e o mínimo a ser exigido dos candidatos é Ficha Limpa.
Essa vitória terá de ser esmagadora, para evitar a necessidade de alianças espúrias.
Quem seria o melhor líder nessa luta para reconquistar a decência e a eficácia de nosso sistema de governo?
VOLTA FHC !!!