quinta-feira, julho 11, 2013

Mais poder ao PMDB - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 11/07

Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva discutiram anteontem a relação com o PMDB e definiram que uma forma de tentar resolver a crise com o Congresso é dar mais poderes a Michel Temer. O ex-presidente, que nunca foi próximo a Temer, fez elogios a ele. Uma ideia é que o vice "apadrinhe'' o substituto de Ideli Salvatti em eventual troca nas Relações Institucionais para mostrar coesão perante a bancada peemedebista da Câmara, principal foco de resistência à presidente.

Última palavra Lula e Dilma deverão conversar novamente ainda neste mês, antes da visita do papa Francisco ao Brasil. Auxiliares da presidente afirmam que ela usará o recesso para fazer trocas na equipe ministerial.

007 Na reunião para discutir indícios de espionagem norte-americana no Brasil, Dilma perguntou duas vezes a José Eduardo Cardozo (Justiça) e ao general José Elito (GSI) se tinham "absoluta certeza'' de que a Polícia Federal e a Abin não sabiam de operações dos EUA no país.

De volta à... Aprovado ontem sem alarde na CCJ do Senado, o projeto de lei que estabelece nova definição para organização criminosa passou com uma emenda que reduz a pena mínima para os condenados por esse crime.

... vaca fria O texto original previa pena de 3 a 10 anos de reclusão. Emenda aprovada pela Câmara e ratificada pelo Senado baixou o intervalo para de 3 a 8 anos. O texto foi defendido pelo relator Eduardo Braga (AM), líder do governo no Senado.

Pausa Do senador e presidenciável tucano Aécio Neves (MG) diante do número de projetos que ampliam gastos públicos votados no esforço concentrado do Congresso: Ou o Senado entra logo em recesso ou quebra o Brasil''.

Alô A cúpula do PPS terá nova conversa com José Serra daqui a duas semanas, quando o tucano voltar do exterior. Apesar do contratempo na fusão com o PMN, o partido acredita que Serra ainda está disposto a discutir uma candidatura presidencial.

Sem sinal Já Eduardo Campos (PSB) procurou Roberto Freire (PPS) para retomar as conversas sobre 2014, mas não obteve resposta.

Para tudo As centrais sindicais farão uma reunião na sexta-feira para avaliar a manifestação nacional de hoje. Dirigentes já ameaçam convocar greve geral em meados de agosto caso as reivindicações dos trabalhadores não sejam atendidas.

Média Em reunião com sindicalistas anteontem, Renan Calheiros (PMDB) defendeu a redução do número de ministérios e disse que o Planalto poderia fazer cortes na Esplanada para bancar as pautas trabalhistas que foram vetadas por Dilma, como o fim do fator previdenciário.

Largada Apesar de dizer que está em "ano sabático", Gilberto Kassab (PSD) cumpriu agenda de autoridade no último fim de semana, em visita à etapa paulista da Fórmula Truck. Passeou pelos boxes e deu entrevista destacando a importância do esporte para São Paulo.

Na mira Eduardo Campos recebeu esta semana o juiz aposentado João Gandini, que presidiu um processo de improbidade contra Antonio Palocci em Ribeirão Preto. Ele foi candidato a prefeito pelo PT e está de malas prontas para entrar no PSB.

Gospel A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ), relatora da lei do Ecad na Câmara, ajudou a derrubar no Senado emenda defendida pela bancada evangélica e aprovada pela Câmara que isentava entidades filantrópicas de pagar direitos autorais pelo uso de músicas.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio
"É um tiro no pé a invasão do PT no protesto das centrais sindicais. O partido é governo e é este governo que será questionado nas ruas."
DE JOÃO CARLOS GONÇALVES, secretário-geral da Força Sindical, sobre a participação do PT na mobilização de trabalhadores marcada para hoje.

contraponto


Aliado em transe
Senadores do Centro-Oeste se reuniram na terça-feira com o ministro Guido Mantega para reivindicar recursos para financiamentos na região. Na sala de reuniões da Fazenda, posicionaram-se de um lado Waldemir Moka (PMDB-MS) e Delcídio Amaral (PT-MS). Do outro, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Blairo Maggi (PR-MT), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Ruben Figueiró (PSDB-MS).

Diante da disposição das cadeiras, o ex-governador do Mato Grosso, da base aliada, arriscou uma explicação:

--Aí, do outro lado, ficam os governistas. Aqui, os de oposição e os que estão de mudança!

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