segunda-feira, junho 24, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 24/06

Empresa chinesa fabricará smartphones no país em julho
A chinesa Huawei vai começar a produzir seus primeiros smartphones em Sorocaba (SP) no mês que vem. Serão mais de 100 mil unidades neste ano.

Os smartphones da marca que serão fabricados no país custarão entre US$ 300 e US$ 600, segundo o executivo, diz Veni Shone, CEO da Huawei do Brasil.

"Dependerá do modelo, ainda não podemos dizer exatamente. Os smartphones têm de ser feitos aqui para reduzir as taxas e oferecer preços melhores", segundo ele.

O forte da empresa no país é a produção de equipamentos para redes de telefonia e ela tem planos de expandir a fábrica de Sorocaba, os escritórios e abrir lojas.

A ampliação da planta ainda está em fase de negociação com proprietários de áreas na cidade. Os escritórios dependem do movimento das operadoras.

"Se elas forem para outras regiões, nós iremos também. E as lojas estão em estudos."

O ano de 2012 foi um ano difícil para a empresa no Brasil, com perda de receita.

"O resultado neste ano deverá ser igual ou um pouco maior que o de 2012", afirma.

Os altos custos trabalhista e tributário tornam difícil produzir no país, que deveria investir mais em educação, como a China, observa ele.

Shone tem aulas de português aos finais de semana.

"Aos sábados, durante três horas, porque aos domingos, tenho de fazer reuniões para entender melhor o Brasil. Quando morei em outros países não precisava trabalhar tanto. O Brasil é mais complicado", acrescenta.

14
são as sedes regionais no mundo

3.000
são os funcionários no Brasil

6
são os escritórios no país, que ficam em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife

3
são as outras unidades: em Manaus (fábrica), em Campinas (centro de pesquisa e de treinamento) e Sorocaba (planta e centro de distribuição)

PARA BRASILEIRO VER
O Consulado- Geral Britânico em São Paulo vai fazer um "road show" por cidades brasileiras para estimular investimentos de empresas nacionais no Reino Unido. A meta é levar para lá 30 companhias brasileiras até 2016.

"As empresas brasileiras estão mudando de uma época de exportação para uma época mais de internacionalização", diz John Doddrell, cônsul-geral em São Paulo.

Serão mais de 40 atividades entre agosto e setembro. O evento começa em São Paulo e vai a Recife, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e, possivelmente, Campinas.

Os setores de maior interesse são: tecnologia, serviços financeiros, ciências da vida, energia e engenharia para infraestrutura, área em que o país ainda tem grandes projetos.

"Queremos atingir mil empresas e levar entre 10 e 15 interessadas para ver as oportunidades lá, em outubro", afirma. "Londres é um centro financeiro e de tecnologia, ideal para fazer negócios", acrescenta.

Há 40 companhias brasileiras no Reino Unido. O crescimento foi de 30% desde 2010.

Pacto... A Fapesp firmou um acordo com a ATN (grupo de universidades australianas) para cooperação em pesquisa científica e tecnológica, válido por cinco anos.

...tecnológico Cada uma das partes deve investir até R$ 200 mil por ano no financiamento de projetos de bioenergia, aviação e nanotecnologia, entre outras áreas.

DESEMBOLSO IMPULSIVO
Super e hipermercados são os locais que mais fazem consumidores comprarem por impulso, segundo uma pesquisa do SPC Brasil que será divulgada amanhã sobre o uso de crédito pelos brasileiros.

Dos 604 entrevistados em todas as capitais do país, 34% disseram encher os carrinhos com mais itens do que planejavam (nas classes A e B, foram 29% e, na C, 38%).

"O homem é o que mais costuma gastar no supermercado porque não se preocupa com promoções, nem em mudar de marca, e compra mais produtos congelados" diz Ana Paula Bastos, economista do SPC Brasil.

Quando foram questionados sobre quais produtos geram gastos inesperados, 56% apontaram peças de roupas.

Como era permitido dar várias respostas, aparecem ainda na lista calçados e acessórios (43%), perfumes e cosméticos (29%) e livros (15%).

LIGA NA PRODUÇÃO
A Cipatex, que produz ligas plásticas e químicas, investiu cerca de R$ 20 milhões para passar a fornecer 8.000 toneladas de geomembranas (manta de liga plástica) durante oito meses para uma empresa chilena.

Com a vitória na licitação internacional para oferecer o produto, a empresa prevê aumentar em 25% a sua produção neste ano.

Saltos em alta
O valor da produção das fábricas de calçados brasileiras foi de R$ 23,9 bilhões em 2012, um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior, segundo a Abicalçados (associação do setor).

O aumento foi motivado pelo aquecimento do consumo interno, de acordo com Abdala Jamil Abdala, diretor da entidade e presidente da Francal (feira de calçados).

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