terça-feira, junho 18, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP -18/06

Empresa investe R$ 550 milhões com foco em hotéis quatro estrelas
A GJP Hotels & Resorts anuncia hoje a expansão da bandeira Prodigy, com o projeto de chegar a 20 unidades no país até 2016.

Comandada por Guilherme Paulus, a empresa investirá R$ 550 milhões para atender o crescimento da classe média e a procura por turismo de lazer e negócios.

Cerca de R$ 480 milhões dos recursos serão próprios. Para Paulus, demanda não falta: "As pessoas sempre vão precisar de cama para dormir", afirma o fundador da operadora de turismo CVC, vendida em 2011.

A aposta da bandeira é em estruturas da categoria quatro estrelas que, segundo o presidente, ainda não recebeu muita atenção no Brasil.

"Queremos vislumbrar uma nova fatia de mercado, com apartamentos mais amplos e confortáveis, um café da manhã melhor e um fitness center' de cortesia, por exemplo", descreve.

A Prodigy, uma das três marcas da GJP, está presente em São Paulo, Aracaju (SE) e Barra do Piraí (RJ).

Já estão em construção hotéis próximos aos aeroportos Santos Dumont, no Rio, e Tancredo Neves, em Confins (MG), por exemplo.

Também estão no plano de investimento unidades em Gramado (RS), Porto de Galinhas (PE) e Brasília (DF).

A empresa ainda estuda outras áreas, como no interior de São Paulo, onde visualiza um crescimento originado pela expansão do aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O Prodigy de São Paulo, localizado na região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, passará por obras de modernização, orçadas em R$ 5 milhões.

A GJP ainda planeja investir em suas outras duas bandeiras, Wish e Linx.

O grupo hoteleiro, que registrou faturamento de R$ 120 milhões no ano passado, tem a meta de chegar aos R$ 150 milhões em 2013.

Compras aos domingos
Uma pesquisa do Sincovaga (do comércio varejista paulista de gêneros alimentícios) indica que 88% dos empresários do setor apoiam a abertura de supermercados aos domingos e aos feriados.

O domingo é apontado como o terceiro dia de maior movimento, atrás do sábado e da sexta-feira.

Foram ouvidos donos de 100 empresas varejistas em São Paulo e na região metropolitana entre 6 e 15 de maio.

"É uma exigência do consumidor e do mercado. Se não tivesse venda, não abriria", diz Álvaro Furtado, presidente da entidade.

A pesquisa indica que 58% dos empresários não oferecem benefícios, como plano de saúde e cesta básica.

"Tentamos orientar as empresas, mas a resistência é grande. Com as menores, é ainda mais difícil de negociar, pois elas têm menos recursos", diz Furtado.

"Os empresários querem abrir de domingo e feriado, mas não oferecem moeda de troca", diz o diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Josimar Andrade.

Em busca de negócios
Representantes da Prefeitura de São Paulo e da Brain (associação de empresas e entidades, como a BM&FBOVESPA) reúnem-se hoje na sede do Banco Mundial, com o coordenador do ranking Doing Business, Jean Lobet.

O objetivo é discutir critérios da pesquisa. Atualmente, o país é o 130º, entre 185 economias avaliadas.

"O Brasil piorou quatro posições na última medição, mas não está tão mal", diz Paulo Oliveira, diretor-presidente da entidade, que participará da reunião com Marcos Cruz, o secretário municipal de Finanças.

"O país avançou em áreas não detectadas pela pesquisa, como proteção a investidores, acesso ao crédito e à eletricidade", acrescenta.

Um dos itens em que o país é mal avaliado é na abertura de empresas, afirma Oliveira.

"Leva cerca de quatro meses para fazer o registro de uma empresa e o principal gargalo, responsável por atraso de aproximadamente 90 dias, está na prefeitura, que vai promover mudanças."

O ranking não favorece indicadores em que o Brasil vai bem. "Um exemplo é o crédito: temos a alienação fiduciária, mas valorizam o aval."

ZONA DE EQUILÍBRIO
A maioria das empresas brasileiras ainda não dá suporte para funcionários equilibrarem a vida pessoal e o trabalho, segundo levantamento da consultoria Hays.

A pesquisa ouviu 700 companhias e 7.500 funcionários. Para cerca de 60% da amostra, esse cenário ainda não é uma realidade.

Dos entrevistados, 71% entendem que isso seria possível com horas de trabalho flexíveis, enquanto 29% afirmam que o equilíbrio seria atingido com trabalho remoto ou a distância.

Os dados estão na terceira edição do Guia Salarial da Hays, realizada com o Insper, que será divulgada hoje.

"Foi a primeira vez que perguntamos na pesquisa sobre horas flexíveis, mas sentimos que essa opção está crescendo no Brasil", diz Mark Bowden, diretor-geral da consultoria no sul da Europa e na América Latina.

Enquete... A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) iniciou ontem uma pesquisa para saber a opinião dos consumidores sobre o faturamento da energia elétrica. O objetivo é atrair quem não costuma participar das audiências públicas do setor.

...elétrica A consulta aborda novas formas de cobrança e se há preocupação com a geração por fontes renováveis, entre outros temas. As respostas, que podem ser dadas no site da agência, devem subsidiar as revisões tarifárias das distribuidoras em 2015.

Discussão... O presidente da Desenvolve SP vai se reunir hoje com representantes do setor de sucata de ferro e aço para discutir o programa de incentivo à renovação de frotas de caminhões do Estado de São Paulo.

...de aço Desde o início do projeto, só uma companhia preencheu os requisitos ambientais para reciclar os veículos. "Queremos mais empresas, mas quem define as exigências é a Cetesb", diz Milton Luiz, diretor-presidente da agência de desenvolvimento.

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