quarta-feira, maio 01, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“As pessoas querem um serviço melhor”
Ministro Paulo Bernardo (Comunica-ções) sobre a qualidade da telefonia celular


SÁNCHEZ OBTEVE BEIJINHOS E GRANA PARA O ESTÁDIO

Além de roubar beijinhos da presidente Dilma, na festa de reabertura do Maracanã, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sánchez, o ex-jogador Ronaldo e o ex-presidente Lula, seus parceiros preferenciais, conseguiram o que queriam: a Caixa Econômica Federal, que já patrocina o clube paulista, vai enterrar R$ 400 milhões públicos para finalizar a obra do Itaquerão, um estádio de propriedade particular.

CENÁRIO

Enquanto Ronaldo entretia a plateia, em campo, os parceiros Sánchez e Lula convenciam Dilma a meter dinheiro do contribuinte no Itaquerão.

EXPLICAÇÕES

Envolvendo dinheiro público, o Ministério Público Federal em São Paulo ficou curioso sobre as garantias oferecidas à Caixa.

ARGUMENTOS

Outro detalhe que os procuradores querem saber: os argumentos utilizados pelo Banco do Brasil para pular fora do esquema.

QUEM MANDA

O desembaraço de Andrés Sánchez no Maracanã, anotado em colunas sociais, insinua constrangedora ascendência sobre Dilma e Lula.

PUCCINELLI COBRA ‘ATENÇÃO’ DE DILMA PARA APOIÁ-LA

O governador André Puccinelli (PMDB-MS) disse à presidente Dilma que tem intenção de apoiar sua reeleição em 2014, mas apenas sob a condição de receber a “mesma atenção” que o PT na briga por sua sucessão no Estado. Em reunião no Planalto semana passada, André prometeu montar palanque para Dilma caso ela divida apoio entre Nelson Trad (PMDB), seu candidato, e o senador Delcídio Amaral (PT).

BRAÇO DIREITO

O acordo entre Dilma e Puccinelli – que se aliou ao tucano José Serra nas eleições de 2010 – tem sido costurado pelo vice Michel Temer.

JOGO DUPLO

Puccinelli reclamou, na conversa com Dilma e Temer, que o senador Delcídio sinaliza coligação com o PMDB enquanto acena para o PSDB.

DÉJÀ VU

O governador pediu ainda à presidente que o PT resolva o cabo de guerra entre o ex-governador Zeca do PT e o grupo de Delcídio.

SEM MOVER PALHA

O chanceler Antonio Patriota finalmente se pronunciou sobre a candidatura do colega embaixador Roberto Azevedo à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC): “É uma campanha que está ganhando fôlego”. Sem a ajuda dele, faltou dizer.

VELHA TÁTICA

Jogo jogado: o Banco do Brasil entrou em greve na véspera do feriado, emendando a folga, tática conhecida na Caixa e outras estatais, de antecipar férias com o mês de dissídio, ignorando quem lhes paga.

CAMISA DE FORÇA NELE

Sugestão no Twitter: autor prolífico de projetos de lei e de emendas amalucadas, como tentar subjugar o STF ao Congresso, é preciso estabelecer “controle social do deputado Nazareno Fonteles” (PT-PI).

DESUNI-VOS!

Acabou a mística do 1º de maio petista: fugiu da data até o top-top Marco Aurélio Garcia, aspone para assuntos internacionais aleatórios do Planalto: faz palestra em Buenos Aires, Argentina.

ERA SÓ PRESSÃO

Em visita surpresa ao Porto de Santos, segunda à noite, o ministro Leônidas Cristino (Portos) ficou surpreso com a falta de caminhões e filas. Foi informado pelos funcionários que a pressão dos terminais de granéis de soja diminuiu após votação do parecer da MP dos Portos.

CONVITE DESFEITO

Marina Silva nega ter feito convite ao deputado Geraldo Magela (PT) para se filiar

e disputar o governo do DF pelo Rede, em 2014. Não é o que conta relator do projeto que dificulta a criação de novos partidos.

FORÇA-TAREFA

O presidente da Câmara, Henrique Alves, criou grupo de trabalho com delegados, promotores, deputados e Ministério da Justiça para tentar consenso, até 30 de maio, em torno da PEC 37 que deixa ainda mais claro na Constituição que investigar é papel da polícia.

UNI-VOS!

Longe da trapalhada com o Supremo, o presidente do PT, Rui Falcão, passa o 1º de maio em Cuba, após o encontro em Havana do Foro de São Paulo. Com ele, o líder do partido na Câmara, José Guimarães.

PENSANDO BEM...

...o 1º de maio sem Lula e Dilma nos palanques ninguém esquece.


PODER SEM PUDOR

QUEM GOSTA DE TRABALHAR

José Aparecido de Oliveira governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti.

- Vou lá! - decidiu, irritado.

Atravessou a rua sozinho e encarou os manifestantes.

- Quanto você ganha? - provocou um deles, às suas costas.

Ele se voltou, num gesto rápido, e disparou, dedo em riste:

- O que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!

Os manifestantes caíram na gargalhada. Aparecido ganhou o respeito deles, obtendo o fim da greve e, sobretudo, daquele barulho infernal.

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