domingo, maio 19, 2013

A lição - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 19/05

Ministros de partidos aliados que tiveram de engolir a nomeação de secretários-executivos petistas, no início do governo, estão tentados a substituí-los. A deixa é a saída do governo de Nelson Barbosa, Beto Vasconcelos, Alessandro Teixeira e Cezar Alvarez. Alguns tinham agenda própria. O que se diz é que não deu certo cada pasta ter dois ministros.

Ação e reação
Tensão nos dias que antecedem o anúncio do corte no Orçamento de 2013. O tamanho da tesoura depende do comportamento da arrecadação em abril. O corte será menor do que em 2012, quando foram contingenciados R$ 55 bilhões. O Planalto ainda avalia se corta parte das emendas parlamentares, que costumam ser congeladas no início do ano e que somam R$ 18 bilhões. Há o temor de que um corte brusco incendeie o movimento do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para aprovar o chamado Orçamento Impositivo, que obrigaria o governo a pagar todas as emendas, em especial as individuais, que somam R$ 8,9 bilhões.


"Se não fosse o comando do PMDB nas duas Casas (Câmara e Senado)... O PMDB garantiu a aprovação da MP dos Portos" 
Henrique Eduardo Alves Presidente da Câmara dos Deputados (RN)

A expectativa
A cúpula do PMDB está convencida, depois de tudo o que ocorreu na votação da MP dos Portos, de que "o Palácio do Planalto entendeu que é necessário ampliar o diálogo com o Congresso e a base aliada".

Fim de caso
O advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa deixou a defesa do ex-deputado Roberto Jefferson no STF. Barbosa não gostou de declaração de Roberto livrando o ex-presidente Lula do mensalão. O advogado ficou chocado com a declaração. Roberto explicou que o eventual indiciamento de Lula lhe traz mais embaraços.

Saia Justa
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, foi convidada a ir à Comissão Mista de Orçamento justamente na quarta-feira. Mas deputados avisaram que não seria simpático comparecer para anunciar cortes nas emendas parlamentares.

Procurando novos caminhos
Na direção do DEM, já há quem aposte que o prefeito de Salvador, ACM Neto, pode apoiar a reeleição da presidente Dilma. Antes, o partido avaliava que a boa relação com o governador da Bahia, Jaques Wagner, tinha natureza administrativa. Mas tudo mudou depois que três baianos do partido votaram com o governo na MP dos Portos.

Juntando os pedaços
A bancada do PT no Senado pediu um encontro com o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Os senadores reclamam que não é mais possível enfrentar a desarticulação política do Planalto nas votações mais importantes.

Com o fígado
A presidente Dilma Rousseff está sendo aconselhada por assessores mais técnicos a não "vetar com raiva", ou seja, a não embarcar nas reações mais iradas dos petistas ao definir os vetos da MP dos Portos.

MUDANÇA. O dirigente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira deve deixar a Executiva para assumir a presidência do partido em Brasília.

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