terça-feira, abril 16, 2013

Não às fusões - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 16/04

Os líderes do PT e do PMDB vão explicitar, na próxima votação de projeto que retira Fundo Partidário e tempo de TV dos novos partidos, que o mesmo se aplica às fusões partidárias. O alvo é a fusão PPS-PMN. No governo, há quem tema que este partido vire um biombo para o lançamento de uma candidatura ao Planalto. O sonho de consumo do PPS é atrair José Serra para este projeto eleitoral.

Lambança no comando aliado
Faltaram apenas dez votos para que o governo Dilma desferisse um golpe nos novos partidos. Por isso, PT e PMDB voltarão à carga esta semana para tirar dos novos partidos o direito ao Fundo Partidário e ao tempo de TV. Ontem, seus líderes se reuniram para lavar a roupa suja e evitar que se repitam erros cometidos. O PMDB reclama que a proposta só não foi aprovada, na semana passada, por imperícia do PT. Os relatos são de que o líder José Guimarães (PT-CE) forçou a votação sem ter combinado nada com ninguém. O resultado do que está sendo chamado de "negócio de amador" foram os ausentes do PT (23 deputados de 89), do PMDB (20 de 82) e do PSD (15 de 48).

O "promessômetro"
Uma das promessas que o DEM cobra da presidente Dilma é a de construir 2.883 postos de polícia comunitária. Em 2011, não foi gasto um centavo dos R$ 350 milhões previstos e neste ano nada foi aplicado dos R$ 9 milhões programados.


"Me senti como aquele goleiro que agarrou um pênalti de susto"
Alfredo Sirkis - Deputado federal (RJ), que está organizando o partido Rede, de Marina Silva, na votação que derrubou a urgência ao projeto que deixa sem Fundo Partidário e tempo de TV os novos partidos

Gosto amargo
O governador Sérgio Cabral está sendo aconselhado a renunciar ao governo e concorrer ao Senado. Isso fortaleceria a chapa oficial, que tem como candidato ao governo o vice Luiz Fernando Pezão (PMDB). Um ex-governador chegou a dizer a Cabral que estava arrependido de ter ficado sem mandato após deixar o governo estadual e fazer o sucessor.

Na torcida
O governador Eduardo Campos (PE), que não quer perder poder no porto de Suape, comemora como vitória os desacertos do Planalto na MP dos Portos. Ele recebe informações quentes dos bastidores do deputado Márcio França (PSB-SP).

Divisão na base
O governo Dilma já prevê sua derrota na MP dos Portos. Esta votação está sendo comparada com a do Código Florestal. A base aliada está dividida. O puxão de orelhas no líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que o Planalto tornou público, só piorou as coisas. Aliados dizem que o governo não tem votos para aprovar seu texto ideal e que o caminho será o veto.

A seis mãos
Ficou acertado ontem no Palácio do Jaburu, na presença da presidente Dilma e do vice Michel Temer, que será elaborado novo texto da MP dos Portos, pelo líder do governo, Eduardo Braga, pela Casa Civil e pela Advocacia Geral da União.

Fogo amigo
Pressionado pelo governo, por trabalhadores, por empresários e no Congresso, o líder do governo Eduardo Braga (PMDB-AM) se queixou, ao vice Michel Temer, pelo Planalto ter vazado que havia restrições ao texto de seu relatório.

A META DA FORÇA SINDICAL é anunciar no 1º de Maio, que o Partido Solidariedade chegou às 500 mil assinaturas de apoio à sua criação.

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