domingo, abril 28, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 28/04

Considerado um dos melhores do mundo, aeroporto de Hong Kong investe R$ 8,2 bi

Eleito o quarto melhor aeroporto do mundo em 2013 por pesquisa da consultoria inglesa Skytrax, o aeroporto de Hong Kong terá recebido cerca de R$ 8,2 bilhões em investimentos em melhorias desde sua inauguração, em 1998, até 2015.

O montante é 37% maior que o total que será aportado em Guarulhos entre este ano e 2032.

Hoje o aeroporto chinês tem capacidade para 74 milhões de passageiros por ano --número que deverá ser atingido entre 2019 e 2020.

No ano passado, foram 56,5 milhões. No mesmo período, 32,8 milhões de pessoas passaram por Guarulhos.

Para que o aeroporto mantenha a qualidade de seus serviços, duas expansões já estão sendo realizadas. Uma terceira está em fase de estudos de impacto ambiental.

Além de fazer os investimentos, a Autoridade Aeroportuária de Hong Kong, órgão estatal que administra o empreendimento, controla de perto os serviços prestados por empresas terceirizadas, segundo Cissy Chan, diretora do aeroporto.

Até o tempo que as lojas levam para cobrar dos clientes e as consequentes filas dos free shops são analisados.

"Você [a empresa] não tem como fazer tudo sozinho. Por isso, [o controle e a parceria com as terceirizadas] é uma peça-chave", afirma.

Cerca de 65 mil pessoas trabalham atualmente no local. Apenas 1.300 são funcionárias diretas.

Outro diferencial do aeroporto são os preços dos serviços e dos produtos comercializados pelas lojas, que não podem ser diferentes dos praticados em outros pontos da cidade.

"Duas checagens são feitas por ano para garantir que os valores sejam iguais", diz Albert Yau, gerente de varejo.

No aeroporto, há cerca de 350 lojas e restaurantes operados por mais de cem empresas diferentes, segundo dados do órgão estatal.

PARCERIA SÁBIA

O banco UBS e a Casa do Saber assinaram um contrato de patrocínio para a criação de um estúdio, que possibilitará colocar as aulas na internet, e a manutenção de bolsas de estudos para professores da rede pública e estudantes de baixa renda.

Para o empresário Jair Ribeiro, um dos fundadores e membros do conselho da Casa do Saber, o centro de cursos livres entra em uma nova fase. "Queremos democratizar o conteúdo da Casa. Ainda não temos o modelo, mas será a um preço bem acessível", afirma.

"Estamos voltando para o Brasil e queríamos um parceiro com a nossa cara. Cuidamos do ciclo de vida do cliente, não apenas de investimentos", diz Edinardo Figueiredo, CEO de gestão de patrimônio do UBS.

Não há risco de as pessoas quererem só o ensino à distância, segundo Ribeiro.

"Copiam o nosso modelo e, mesmo assim, o último trimestre foi o mais forte desde a criação da Casa", diz.

"Há demanda para tudo. O público da Casa do Saber quer vivenciar, por exemplo, a proximidade com um colunista da Folha que dê um curso aqui."

FRESCOS E FRUTADOS

Produtores franceses da região do Beaujolais, entre Lyon e Mâcon, estão de olho no crescimento do mercado de vinhos no Brasil.

A Inter Beaujolais, instituição francesa que representa cerca de 2.800 produtores, esteve no Brasil, na ExpoVinis, uma das maiores feiras do setor, para abocanhar uma fatia desse mercado promissor.

"Os brasileiros bebem vinhos argentinos e chilenos, que são mais fortes, mas já procuram bebidas mais frutadas e frescas. O Beaujolais responde a essa nova expectativa", diz Anthony Collet, diretor da Inter Beaujolais.

Para conquistar o consumidor, a instituição vai investir em ações de capacitação profissional, de importadores a sommeliers.

As exportações representam 40% da produção de toda a região. "A participação do Brasil ainda é pequena, mas a expectativa é de crescimento de dois dígitos neste ano, tanto em volume como em receita."

Collet compara o Brasil à China. "Hoje os dois possuem crescimento similar no consumo de vinhos."

A Inter Beaujolais recebe apoio financeiro da União Europeia para expandir as suas exportações.

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