quinta-feira, abril 25, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 25/04

Hospitais privados investem mais para atender catástrofes
Alguns dos maiores hospitais brasileiros elevaram os investimentos em qualidade e segurança.

O aporte de recursos e a obtenção de certificações internacionais podem auxiliar no atendimento em eventuais acidentes durante grandes eventos esportivos como a Copa e a Olimpíada.

O capital alocado para essas áreas subiu de R$ 33,2 milhões, em 2008, para R$ 68,4 milhões, em 2012, de acordo com a Anahp (que reúne hospitais privados).

O montante abrange modelos de qualificação para aperfeiçoar processos de atenção, simulação de atendimentos, planos de contingência e treinamento para reação a situações excepcionais, como o atentando que deixou mais de 170 feridos na maratona de Boston.

Os recursos crescentes, entretanto, são de uma amostra pequena. Os hospitais associados à Anahp correspondem a 51 instituições como Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz e São Luiz.

"O atendimento de massa preocupa. Pode haver uma tragédia, com pisoteio, por exemplo", diz Francisco Balestrin, presidente da entidade do setor.

"A primeira atividade [no atendimento em catástrofes] é uma triagem imediata e no local do acidente que identifica os casos de maior urgência"

SUS e Sírio-Libanês preparam projeto para emergências
O Hospital Sírio-Libanês e a Força Nacional do SUS preparam um projeto com metodologia e capacitação para o atendimento em casos de um grande risco.

O plano visa formar gestores de emergência em saúde pública, inclusive para situações que envolvam um grande número de pessoas, afirma Paulo Chap Chap, superintendente do hospital.

O Sírio vai trabalhar de início nas 12 capitais da Copa. O Ministério da Saúde cadastrou médicos e enfermeiros para trabalharem durante os jogos e precisava treinar os profissionais. Durante dois meses, cem facilitadores serão capacitados para, por sua vez, preparar mil profissionais nas sedes, até maio do ano que vem.

Outro programa em andamento capacitará mais de 20 hospitais do SUS pelo país, identificados pelo Ministério da Saúde como centros de grandes emergências.

"O objetivo deste segundo treinamento é aprimorar o fluxo normal, não apenas o atendimento a catástrofes. Serão cursos de um ano.

"Aportamos a nossa expertise e recursos nos programas, mas eles provêm da nossa renúncia fiscal", Roberto Padilha, diretor de ensino do hospital paulistano.

O Sírio também investe para obter certificações internacionais, conforme Chap.

Além disso, vai incrementar a estrutura de sua própria sede para o dia a dia, de acordo com o superintendente do hospital.

"Vamos começar a inaugurar novos blocos no final deste ano. De 358 leitos, passaremos a 710 até o final de 2014", diz.

A nova ampliação é necessária para atender à demanda que o hospital já tem.

RUMO AO INTERIOR
O Outback Steakhouse inaugura mais cinco restaurantes neste ano. Um em Sorocaba (Shopping Iguatemi Esplanada), dois em São Paulo (shoppings Paulista e Tietê) e outros dois no Rio de Janeiro (shoppings Metropolitano e Nova América).

"Ir para Sorocaba é um marco. É no interior que os shoppings mais crescem", afirma Salim Maroun, presidente da Outback no Brasil.

Neste ano, a rede abriu unidades nos shoppings Aricanduva e União de Osasco (São Paulo) e BarraShoppingSul (Porto Alegre).

O próximo passo é a popularização da marca. "Meu sonho é oferecer luxo a um preço justo", diz Maroun.

O mesmo deve acontecer com a Applebee's, que tem 13 unidades no país. "Começamos vendendo para a classe A. Depois conquistamos outras classes", diz Derek Wagner, diretor para América do Sul, Central e Caribe.

44 restaurantes
é o tamanho da rede atualmente

8 unidades
terão sido inauguradas até o final deste ano

SAUDÁVEL VANTAGEM
Executivos da área de saúde veem o Brasil com maior potencial do que países como a China e a Alemanha.

É o que revela um estudo da Deloitte realizado com 295 líderes mundiais de empresas do setor.

Para 74% dos entrevistados, o Brasil é muito atrativo para a conquista de novos consumidores. A proporção é de 69% na China e de 27% na Alemanha.

"O rápido envelhecimento da população e o aumento do acesso a serviços de saúde fazem do país um ótimo lugar para se investir", diz Enrico De Vettori, sócio e líder da área de saúde da Deloitte.

O gasto médio dos brasileiros com remédios foi de US$ 190 por pessoa em 2012. O número é quase quatro vezes maior que os US$ 52 desembolsados pelos chineses.

De olho... As fabricantes de softwares de gestão estão interessadas no interior de São Paulo e no Nordeste.

...no mercado A SAP criou uma equipe em Campinas. A NeoGrid planeja crescer 20% no interior e no Nordeste.

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