terça-feira, abril 02, 2013

À milanesa - SONIA RACY

O ESTADÃO - 02/04

Paulo Szot, premiado barítono, estreou no mitológico Teatro Scala, de Milão, semana passada. Interpretando um personagem quase 30 anos mais velho, na ópera A Dog’s Heart, do russo Alexander Raskatov. O cantor, que faz rasante no Brasil em julho – e vai ganhar homenagem da New York Philharmonic este ano –, falou com a coluna por telefone.

Como está sendo se apresentar no Scala, de Milão, um dos teatros mais importantes do mundo?

Milão tem tanta história. Estou muito feliz, é a primeira vez que me apresento lá. Para qualquer cantor de ópera, é um sonho, o que sempre imaginei.

Como foi a preparação para essa ópera?

É uma peça muito difícil, contemporânea. O compositor estava nos ensaios. Tive de treinar efeitos vocais que nunca tinha feito. Mas vem sendo muito interessante e inovador. É estimulante para um artista fazer algo novo. Tenho 43 anos e estou interpretando um personagem de quase 70, um cientista maluco.

Tem planos de vir ao Brasil?

Eu vou cantar com a Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio de Janeiro, em julho. Por enquanto, é isso.

Acha que o público de ópera no Brasil vem aumentando?

Desde que comecei a cantar óperas, percebi um movimento favorável do público em relação a elas. As óperas do Teatro Municipal, por exemplo, sempre estão lotadas. O que acontece, às vezes, são problemas de gestão. É difícil seguir uma linha artística na programação. Tem muita coisa boa acontecendo.

O que achou da escolha de John Neschling para dirigir o Teatro Municipal?

Fiquei contente. Ele sempre vem com resultados positivos, sabe conduzir reformas. Sou um grande admirador dele.

O que tem no seu iPod hoje?

Amo música popular e jazz. Mas, pela falta de tempo, por estar estudando sempre, levo no meu iPod a trilha que estou ensaiando. A música é meu trabalho. No tempo livre, sempre busco um pouco de silêncio. /MARILIA NEUSTEIN

Das artes
Fernanda Feitosa, criadora da SP-Arte, fez as contas. Durante esta semana da feira – que abre com coquetel na quarta à noite – vão acontecer 59 eventos. Serão, ao todo, 9 jantares, 7 brunches, 20 exposições, 13 visitas guiadas a ateliês e 3 festas grandes.

Vai dar conta? “Claro”, afirma ela. Tudo com o objetivo de fazer crescer o mercado brasileiro, que hoje responde por somente 1% do mundial.

Arte 2
Nem bem começou a semana de arte e chegam rumores sobre a Arte-Rio. Fala-se sobre a saída de um dos quatro sócios.

Arte 3
E quem aterrissa hoje para a SP-Arte é Bernard Fornas, presidente mundial da Cartier e conhecido colecionador.

Dolce vita
Vistos no Fasano do Rio, este feriado, Carlinhos Cachoeira e sua Andressa. Na piscina, de boné e óculos escuros, o contraventor passou quase despercebido. Bem como no jantar de sexta-feira santa, no Fasano Al Mare.

Bad girl
O que levou a John John a associar sua imagem a Lindsay Lohan? “Nós a convidamos para conhecer a marca, dada sua personalidade divertida e descontraída. Achamos que seria interessante trazê-la”, explica Marcio Camargo, do Grupo Restoque.

Bad girl 2
A atriz americana foi internada três vezes em clínicas de reabilitação, acusada de roubar um colar em joalheria e condenada a prestar 480 horas de serviço comunitário.

Bem recebido
O recluso sultão Qaboos bin Said abriu as portas do palácio real, em Omã, para receber Michel Temer. Que entregou carta de Dilma, convidando o governante a visitar o Brasil.

Atenção
Além de recente arrastão em restaurante, a Rua Itacolomi, em Higienópolis, tem sido foco de assaltos a mão armada e roubos de carros.

Do bem
Antonio Matias, Maria Alice Setubal e Gary Stahl, comandam, hoje, o lançamento do Prêmio Itaú-Unicef. Na Fecomercio, em São Paulo.

“Menas” dinheiro
São Paulo sente o impacto da redução das tarifas de energia e do desaquecimento da economia. Segundo Andrea Calabi, secretário da Fazenda do Estado, março fechou com queda de arrecadação de 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2012, puxando a média do trimestre para o negativo – menos 0,2%.

Preocupa? “Não, vamos recuperar e cumprir as metas do Orçamento”, prevê.

Bochicho
Nova maldade pelos corredores financeiros de São Paulo: fala-se que a relação de André Esteves com Lula já não é tão boa quanto foi…

Recuperados
Liquidantes do Banco Cruzeiro do Sul e a gestora Verax recuperaram R$ 40 milhões em operações de crédito do fundo exclusivo Tamisa – que serão incorporados à massa falida do banco.

E foram tomadas medidas judiciais para conseguir outros R$ 30 milhões do mesmo fundo.

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