terça-feira, março 26, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 26/03

Demanda por imóvel na Turquia cresce, mas Brasil segue como principal emergente
Apesar de a Turquia ser a nova queridinha dos investidores internacionais do setor imobiliário, o Brasil continua como o país mais interessante entre os emergentes para a aquisição de imóveis.

Pesquisa da Afire (associação de investidores estrangeiros de imóveis) mostra que a demanda pela Turquia passou de menos de 5% em 2012 para mais de 10% neste ano.

No Brasil, houve uma queda de cerca de dois pontos percentuais que não foi suficiente para tirar o país do primeiro lugar do ranking.

"Alguns investidores tentaram vir para o país, mas encontraram dificuldades com a legislação muito complexa", diz Carolina Haro, sócia da consultoria Mapie.

Marcelo da Costa Santos, vice-presidente para América do Sul da Cushman & Wakefield, diz que o país deveria facilitar a entrada de estrangeiros, mas frisa que o interesse pelo mercado brasileiro vem crescendo exponencialmente.

O fluxo de capital estrangeiro investido apenas no setor corporativo brasileiro cresceu 44% no ano passado e chegou a US$ 7,7 bilhões, segundo levantamento da Jones Lang LaSalle.

"O Brasil ainda tem uma taxa de juros alta, se comparada com a do resto do mundo, o que atrai investidores. O crescimento do mercado aqui está limitado pela falta de imóveis. O que tiver disponível vende", diz o CEO da Jones Lang no Brasil, Fábio Maceira.

Pão de ló
O setor de pães e de bolos industrializados cresceu 9% e 12% em 2012 ante 2011, respectivamente, conforme um balanço da Abima (que representa os fabricantes de bolos, pães e massas).

O faturamento da indústria chegou a R$ 3,5 bilhões com os pães no ano passado e a R$ 663 milhões com os bolos.

"A tendência para este ano é de nova alta para os dois setores. Em cinco anos, o mercado de pães cresceu 55% e o de bolos 58%", diz Cláudio Zanão, presidente da Abima.

A expectativa agora é a inclusão do pão industrial na lista de produtos desonerados por impostos federais (PIS/Cofins). Cerca de 71% da população consome a mercadoria, segundo a associação.

"Temos conversado com o governo e estamos confiantes na desoneração. A decisão deve sair em dois meses. A redução no preço poderá chegar a 5%", diz Zanão.

Exportação global de serviços cresce 1% em 2012
A exportação de serviços no mundo cresceu apenas 1% no ano passado, segundo dados preliminares da Unctad (braço da Organização das Nações Unidas para o comércio e o desenvolvimento).

Após registrar queda de 2% no terceiro trimestre de 2012, a venda global de serviços para outros países se recuperou e fechou o quarto trimestre do ano com alta de 3% -na comparação com o mesmo período de 2011.

No Brasil, houve crescimento de 5% em 2012, ante o ano anterior.

Rússia e Índia tiveram um desempenho melhor, com 10% e 8%, respectivamente. Na China, a expansão foi relativamente modesta e alcançou 4%.

Nos países europeus, a retração foi de 3%. Na Suíça, a queda chegou a 7%.

O Brasil registrou números maiores de importação: aumento de 7% em 2012 e de 9% no último trimestre do ano.

Na China, foi registrado um crescimento anual de 19%. Na Rússia, de 16%.

Emergentes privados
O Conselho Empresarial dos Brics, que será criado amanhã em Durban, na África do Sul, terá como principal meta aumentar o comércio entre os países de US$ 286 bilhões para US$ 500 bilhões até 2015.

Cinco representantes de cada um dos países do grupo irão integrar a entidade. Do lado brasileiro, serão os presidentes da Weg, da Gerdau, da Marcopolo, da Vale e do Banco do Brasil, segundo informações da CNI.

O conselho deverá se reunir duas vezes por ano para buscar parcerias tecnológicas e mecanismos para reduzir as barreiras comerciais. Um relatório anual com a avaliação do setor privado sobre a evolução da integração econômica entre os países deverá ser elaborado.

A criação da entidade foi proposta pelo governo da África do Sul.

Sem descanso
O maior problema para o pequeno varejista brasileiro é o aumento da concorrência.

Entre os comerciantes que tiveram queda no faturamento em 2012, 45% culparam os concorrentes pelo desempenho pior, de acordo com pesquisa do SPC e da CNDL (confederação de dirigentes lojistas) com 615 pessoas em todo o país.

Enquanto o faturamento cresceu em 2012 para 41% dos entrevistados, para 28% houve retração da receita. Pouco mais de 30% declararam ter conseguido os mesmos valores do ano anterior.

"O setor mais aquecido fez surgirem outras pessoas competindo no mercado. Para se diferenciar, a estratégia foi o investimento em publicidade", diz Ana Paula Bastos, economista do SPC.

No campo A Reserva Votorantim (35 mil hectares no Vale do Ribeira), uma das maiores áreas de mata atlântica, receberá pela primeira vez alunos de pós-graduação da USP e da Unicamp. O objetivo é identificar novas espécies de flora.

Oriente A Fundação Dom Cabral recebe nesta semana, em São Paulo, 31 CEOs e executivos chineses que conhecerão as oportunidades de investimento no Brasil. A iniciativa é da escola de negócios Cheung Kong.

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