quinta-feira, março 21, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 21/03

Volta de térmicas a carvão pode liberar R$ 6 bi em projetos
Cerca de R$ 6 bilhões em projetos poderão ser desengavetados se o governo federal permitir que usinas térmicas movidas a carvão participem do próximo leilão de energia, a ser realizado no segundo semestre deste ano.

Na terça, o ministro de Minas e Energias, Edison Lobão, sinalizou que a fonte deverá ser contemplada no próximo edital.

O último leilão que autorizou a participação das usinas a carvão foi realizado em 2008. Questões ambientais e de mercado (a energia de termelétricas é mais cara) foram responsáveis por excluí-las das disputas seguintes.

A volta do carvão ocorreria para garantir uma maior segurança energética e evitaria sustos em decorrência do nível dos reservatórios de água.

Hoje, a fonte gera 1,4% da matriz energética do país -a capacidade instalada é de 1.752 MW, segundo a Associação Brasileira do Carvão Mineral.

"Outros 2.452 MW, cujos projetos demandarão cerca de R$ 6 bilhões, estão aptos a participar de leilões, pois já têm licença ambiental prévia", diz o presidente da entidade, Luiz Fernando Zancan.

Um dos empreendimentos será o da Usitesc, das empresas Carboníferas Criciúma e Metropolitana, além do fundo de investimentos Energia PCH.

"Desde 2009 estamos aguardando. Chegamos a estar qualificados para o leilão de 2009, que foi cancelado", diz Kaioa Gomes, responsável pelo projeto de R$ 1,6 bilhão.

"Era inviável implantarmos a usina para operarmos no mercado livre, onde os preços são muito baixos."

A empresa MPX, de Eike Batista, também tem projetos já licenciados.

EM ALTA NA CRISE
O grupo paranaense Ouro Verde, especializado em locação e terceirização de carros e máquinas, investirá R$ 50 milhões para ampliar sua frota de veículos pesados.

Serão comprados cerca de mil equipamentos utilizados nos segmentos industrial e de mineração, como empilhadeiras e retroescavadeiras.

O setor da empresa que trabalha com essas máquinas registrou expansão de 97% no ano passado.

"No momento de dificuldade econômica, o empresário prefere alugar um equipamento do que investir na aquisição. Por isso, nos beneficiamos dessa incerteza de mercado e crescemos", afirma o presidente da empresa, Karlis Kruklis.

Para este ano, o executivo espera um aumento de cerca de 70% do segmento.

As máquinas industriais, ao lado de equipamentos para o setor sucroalcooleiro, como colheitadeiras e tratores, correspondem a dois terços do faturamento da companhia, que no ano passado foi de R$ 510 milhões.

A área agrícola, porém, não registrou crescimento em 2012. A previsão é que haja uma expansão de 20% neste ano.

A frota de veículos leves do grupo também será ampliada -receberá um aporte de aproximadamente R$ 200 milhões até dezembro.

R$ 510 MILHÕES
foi o faturamento em 2012

5.850
será o número de veículos pesados no final deste ano

20.000
será o total de veículos leves em dezembro

VIAGEM SEGURA
Parceria entre a operadora de turismo Agaxtur e a Interface Seguros (Ifaseg) possibilitará aos turistas a cobertura total do preço pago por pacotes.

Com o novo seguro, o cliente não precisará pagar multas de hotéis e voos e poderá cancelar a viagem dias antes, mesmo sem motivo grave.

O produto será lançado na próxima semana e vai valer para pacotes com destino a Bariloche na temporada de inverno 2013. O seguro sairá por R$ 59,90 (cobertura de R$ 2.000) com opções para atender valores maiores.

"Esperamos aumento de 30% na venda de pacotes, o seguro tira a insegurança do cliente", afirma Aldo Leone, dono da Agaxtur.

SUPERAVIT DE ESCRITÓRIOS
A oferta de escritórios e salas comerciais de alto padrão e alto luxo em Alphaville encerrou 2012 com uma taxa de disponibilidade de 43,5%, segundo um levantamento da Colliers International.

O volume locável no bairro aumentou aproximadamente 47% na comparação com 2011. Foram mais de 265 mil metros quadrados disponíveis em 2012 ante os 181 mil metros quadrados existentes em 2011.

"A tendência é que a absorção das unidades ocorra de forma lenta nos próximos anos", diz Sandra Ralston, vice-presidente da Colliers.

A escassez de mão de obra na região de Alphaville e os novos empreendimentos em São Paulo, como em Jurubatuba e Barra Funda, são alguns dos motivos da preferência de empresas pela capital, segundo Ralston.

PREÇO E ALGO MAIS
A maioria dos brasileiros leva em conta a confiabilidade das empresas e o preço dos produtos ao comprar on-line. Os resultados são de uma pesquisa da Rakuten, empresa que oferece serviços de internet, realizada em 12 países.

Pelo estudo, confiabilidade (59,50%) e preço baixo (56,10%) são as características mais importantes para o comprador virtual do Brasil.

"Ainda que o preço seja importante, os consumidores procuram mais. Querem marcas confiáveis que proporcionem boas experiências de compra", diz Alessandro Gil, da Rakuten Brasil.

E o varejo vai... Jean-Charles Naouri, CEO do Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar, foi eleito o melhor CEO no setor de varejo de alimentos na Europa, segundo o ranking da Institutional Investor de 2012.

...para os franceses Pela primeira vez, o grupo Casino entrou na lista das "mais respeitadas empresas europeias". Cerca de 3.000 gestores de fundos e analistas escolheram os melhores executivos em 36 setores.

Beleza A multinacional francesa L'Oréal irá expandir sua fábrica do Rio de Janeiro neste ano. A expectativa da empresa é dobrar sua capacidade de produção no local. O investimento será de aproximadamente R$ 14 milhões.

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