terça-feira, março 19, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 19/03

'Bancos estão mais seletivos', diz sindicato da micro indústria
As restrições dos bancos para conceder empréstimos podem ser responsáveis pela queda no número de pequenas empresas que buscam crédito.

A avaliação é do presidente do Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado), Joseph Couri, que afirma que os bancos estão cada vez mais seletivos.

"Estão restringindo muito o financiamento a pequenas companhias", diz.

Por outro lado, afirma, há muitas micro e pequenas empresas no Cadin (cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal), frequentemente, em razão de pequenos valores. Em breve, o Simpi fará uma pesquisa sobre o segmento.

Dados da Serasa Experian mostram que o número de empresas que procuraram por crédito em fevereiro de 2013 recuou 4,8% em relação ao mesmo mês de 2012.

O grupo das micro e pequenas empresas foi justamente o responsável pela retração.

Segundo a pesquisa, houve queda de 6% na busca do setor por crédito em fevereiro de 2013.

Para as PME, o resultado também é negativo na comparação entre os meses de janeiro de 2013 e de 2012.

As empresas médias, por outro lado, tiveram alta de 10,8% na procura por crédito em fevereiro deste ano ante o mesmo período de 2012.

As grandes se saíram ainda melhor, tiveram crescimento de 19,8% na procura por financiamento.

Na comparação por setor da economia, serviços (0,6%) foi o único que apresentou alta. Indústria (-7,9%) e comércio (-8,3%) registraram retração, mostra a pesquisa.

SOBREMESA
O faturamento do mercado de sorvetes no Brasil cresceu 26,5% em 2012, segundo as estimativas de um levantamento da Mintel, empresa de pesquisa global. A evolução em 2011 também foi positiva, 17,1% ante 2010.

Segundo o estudo, o setor vem crescendo, em média, 33% nos últimos cinco anos. Foram R$ 4,1 bilhões de reais de faturamento e 452 milhões de litros vendidos em 2012.

O Brasil é o 4º maior mercado de sorvetes no mundo, atrás de EUA, China e Japão. O consumo per capita, no entanto, é de apenas 2 kg por pessoa/ano, quase nove vezes menor do que nos EUA (17 kg pessoa/ano).

Isso coloca o país em 29º no ranking de volume de sorvete per capita.

Um dos fatores que influenciam o baixo consumo por habitante, segundo a pesquisa, é o preço do litro do produto, R$ 9 em média no Brasil, enquanto que nos EUA custa cerca de R$ 4.

FRENTE FEMININA
A rede de hotéis Accor criou uma rede, a Waag ( Women at Accor Generation), para aumentar a promoção de mulheres. "O objetivo é, em 2015, ter 35% de mulheres na direção de hotéis", diz Dominique Colliat, vice-presidente-sênior do Sofitel Américas.

"E de chegar à paridade muito rapidamente." Hoje são apenas sete mulheres em 120 unidades no mundo.

"A maioria das diretoras estão em hotéis latinos", diz.

Plano... A Confederação Nacional da Indústria (CNI) definiu uma agenda estratégica com dez pontos para tornar o país mais competitivo nos próximos anos. Os dados são do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que reuniu 520 empresas.

...industrial Inovação, educação, menos burocracia, modernização nas relações do trabalho e mudanças no sistema tributário são alguns pontos apontados no documento. As metas e ações para cada um dos assuntos serão divulgadas em maio.

CATA-VENTO
A capacidade instalada dos parques eólicos do país deve crescer, pelo menos, 60% neste ano.

Em 2012, essa capacidade era de 2.500 MW -o equivalente a 2% da matriz energética brasileira.

A previsão da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica) é que, com a conclusão de novos parques, esse número salte para 4.000 MW até dezembro. Dados da Anatel, no entanto, apontam que será para cerca de 6.000 MW.

"O ano passado foi ótimo para o setor. Tivemos ventos bons e aumentamos a capacidade de gerar energia de 1.000 MW para 2.500 MW", afirma Elbia Melo, presidente da entidade.

"Tendo essa perspectiva, 2013 também será um ano bom, pois vamos alcançar 4.000 MW", acrescenta.

Enquanto isso, as hidrelétricas caminham em sentido oposto, diz Elbia.

"Do ponto de vista relativo, os reservatórios estão diminuindo. O número de habitantes do país está crescendo, mas o das hidrelétricas não, porque o Ministério do Meio Ambiente dificilmente libera as licenças de construção."

O ano passado também foi positivo ao setor devido à seca. "Épocas com pouca chuva têm muito vento. Por isso, as fontes hídrica e eólica são complementares."

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