ZERO HORA - 13/03
Pouca coisa me escandaliza, mas fiquei perplexa com o vídeo que andou circulando pela internet, que mostra um culto da Assembleia de Deus conduzido pelo pastor Marco Feliciano – sim, o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o maior para-raios de encrencas da atualidade.
O vídeo mostra o momento da coleta de dízimos e doações, a parte mercantilista da negociação dos fiéis com o Pai Supremo, de quem o pastor se julga uma espécie de contador particular, pelo visto.
Entre frases inibidoras, como “Você vai mesmo ficar com esse dinheiro na sua carteira?”, dirigida a pessoas da plateia, e estimulando que os trabalhadores cedam uma porcentagem do seu salário dizendo “Aquele que crê dá um jeito”, aconteceu: alguém entregou seu cartão de crédito nas mãos do pastor. No que ele retrucou: “Ah, mas, sem a senha, não vale. Depois, vai pedir um milagre pra Deus, Ele não vai dar, e aí vai dizer que Deus é ruim”.
Entendi bem? Deus está à venda? Cobrando pelas graças solicitadas?
Essa colocação do pastor bastaria para abrir uma CPI contra os caras de pau que, abusando da esperança de gente sem muito tutano, arrecadam fortunas e depois vão fazer suas preces particulares em algum resort em Miami. Quem dera houvesse um Joaquim Barbosa para colocar ordem nesse galinheiro falsamente místico, mas quem ousa? Se essa simples crônica já sofrerá retaliações, imagine alguém peitar judicialmente um representante de Deus, ou que assim se anuncia.
Religiosidade é algo extremamente respeitável. Cada um exerce a sua com a intensidade que lhe aprouver, de forma saudável, a fim de conquistar bem-estar espiritual. Todas as pessoas religiosas que conheço, e são inúmeras, nunca precisaram comprar sua fé nem dar nada em troca – conquistaram-na gratuitamente através de cultura familiar ou de uma necessidade pessoal de conforto e consolo que é absolutamente legítima.
Religião é, basicamente, isso: conforto e consolo.
Já os crentes fazem parte de outra turma. São os que acreditam cegamente em pecado, castigo, punição e numa recompensa que só virá depois de algum sacrifício. Quando não pagam em espécie, abrem mão de prazeres terrenos como forma de penitência, para se tornarem dignos da vida eterna – que viagem.
É preciso ser muito iludido para acreditar que pagar a conta de luz é menos importante do que pagar pelo milagre encomendado a Deus através de seus “assessores” – e que, segundo o pastor Marco Feliciano, só será realizado se você não tiver caído na malha fina do Serasa Divino.
O que fazer para tirar os crentes desse transe? Colocar na cadeia esses ilusionistas que se apresentam como pastores? Duvido que ajude. A bispa Sonia e seu marido Estevam Hernandes foram condenados por lavagem de dinheiro e de nada adiantou. Se fossem condenados por lavagem cerebral, quem sabe.
Concordo com a primeira parte do seu texto plenamente, até o ponto que você começa a falar dos crentes de forma muito generalizada e preconceituosa, como se todos os crentes fossem iludidos e idiotas.
ResponderExcluirQuanto o seu conceito de pecado que apenas fazem com que as pessoas abram mão dos “prazeres terrenos” não esta vendo o impacto das atitudes que dão prazeres a alguns mais que causam danos enormes a outros. Por exemplo, o prazer de um de um homem que busca uma mulher na rua para praticar sexo com ela fora do casamento, e o mesmo que causa a sensação de culpa, abandono e de ser apenas usada na mesma mulher, que dissemina DST’s, que fazem com que filhos cresçam desamparados sem o seu pai. Todo o conceito bíblico de pecado não é apenas porque “Deus não gosta”, e sim porque são resultados de sentimentos egoístas que causam danos em outras pessoas. Eu desafio a você colocar alguma coisa que a bíblia diz que é pecado e que sua pratica não causa dano a ninguém.
Religião é como você disse mesmo, apenas conforto e consolo e assim como a religiosidade não serve pra nada, a não ser para que as pessoas criarem o seu mundinho acharem que são mais santas do que as outras.
Jesus não veio para trazer religião, ele veio para trazer uma vida nova para as pessoas e fazer uma transformação completa que retira todo o fardo de culpa e aflições que assolam todas as pessoas que ainda não o conhecem.
Jesus veio pra trazer um amor verdadeiro, independente da cor, sexo e praticas. Um amor que cura e liberta.
Aqui no RS temos igrejas serias que não estão atrás de dinheiro e que trabalham apenas para levar o verdadeiro evangelho e para as pessoas, motivo pelo qual Jesus veio e morreu na cruz. Eu mesmo frequento uma delas e estou muito satisfeito e teria o maior prazer em te passar o endereço para que você possa experimentar e depois tirar as suas conclusões.
Grande abraço.
Neimar Chagas
Com relação a coluna da Martha Medeiros, só tenho a dizer que é válida a coluna oportunista dela para dar um certo ibope às colunas dela.
ResponderExcluirOutra é que ela fala dos crentes de forma preconceituosa.
lamentável para uma colunista dita como intelectual.
Bom, tenho certeza q a colunista não precisa fazer "média" com ninguém para ter ibope.
ResponderExcluirSe não sabem ela é ateia (ou ateu, como dizem ser o correto) mas tenho certeza q a falta de fé não lhe tira o mérito nem o direito de criticar a mercantilização da fé. Pelo contrário, a autoriza.
Preconceituosa, tanto ou mais do que o Pastor que ela esculacha na matéria. Não quer crer em Deus, é direito dela, mas achar que todos que creem são alienados é fanatismo, aliás, não crer em nada também é uma forma de crer! Sou evangélico, e eu até posso ser alienado, sou só um estudante de Direito, pobre e no conceito dela, com certeza sou idiota, mas duvido que ela tenha coragem de pensar o mesmo de evangélicos conhecidíssimos, médicos, advogados, juízes, desembargadores, jornalistas e escritores(muito melhores que ela)etc... No fim das contas, sabendo que ela é seguidora do ateísmo, fica claro, é só uma disputa por território, e nesse caso ela tem razão de estar pirada, os evangélicos cada vez crescem mais no Brasil e no mundo!
ResponderExcluirFinalmente alguém teve audácia e coragem suficientes para falar a verdade,MARTHA MEDEIROS, e alertar às pessoas para a grande falcatrua dos charlatões religiosos. Quem precisa de Igrejas ou convencimento de crer em alguma coisa? Parece que estamos na Idade Média! Inclusive, a pergunta que não quer calar: Por que as Igrejas não pagam impostos? Quantos políticos usam de seus "fieis"seguidores para subir os degraus da politicalha? Portanto, concordo em gênero, número e grau com a corajosa Martha Medeiros.
ResponderExcluirNão vi em nenhuma parte do texto ofensas à Bíblia ou aos Evangélicos. Pelo contrário, bastante respeito até. A crítica foi aos "crentes" e aos, aí sim oportunistas, que se aproveitam dos "crentes". E é só vocês abrirem o Google e procurarem definições pra "crente":
ResponderExcluir"Popularmente, diz-se que é crente aquela pessoa que acredita de forma ingênua ou equivocada em algo, criando alguma expectativa, por exemplo: 'Ela está crente que vai ser aprovada no exame.' Ou ainda, o indivíduo crédulo e ingênuo, que acredita em tudo o que lhe dizem."
Neimar Chagas, em nenhum momento a colunista falou o sentido que vc viu, e tenho certeza que ela incluiu em prazeres TUDO QUE DÁ PRAZER A TODOS OS ENVOLVIDOS, SEM CAUSAR MAL A NENHUM.
ResponderExcluirInfeliz colocação da Martha Medeiros, identificando crentes como pessoas ignorantes, esta na defesa dos pobres e oprimidos ou apenas esculachando as pessoas que acreditam em Deus.
ResponderExcluirRealmente existe falsos profetas, mas não acho digno da tua parte falara assim da religiosidade e das pessoas que levam a sério os cultos.
Burra! Massa de manobra de pastor charlatao!!!
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