domingo, fevereiro 03, 2013

PT saudações - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 03/02

Embalado pelos recém-divulgados indicadores de emprego e renda, o PT reunirá Lula e Dilma Rousseff no seminário que marcará uma década da sigla no governo federal. Previsto para o dia 20, no Anhembi, em São Paulo, o primeiro grande ato petista pós-julgamento do mensalão será aberto por Rui Falcão, que fará discurso de motivação para a militância. Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, apresentará programação de nove plenárias em capitais até novembro.

Recado 1 Mensagem de Dilma que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) levará amanhã à tarde ao Congresso lista metas tidas como prioritárias para o governo em 2013. Entre as destacadas no texto estão as de saúde: construção de 900 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e 4.000 UBSs (Unidades Básicas).

Recado 2 O documento contempla ainda vitrines da gestão petista que, embora vinculadas a outros ministérios, têm ligação com a pasta de Alexandre Padilha, como os programas "Crack, é possível vencer" e "Viver sem limites", de acessibilidade.

Para depois Na conversa com Sérgio Cabral, Dilma falou sobre a eleição no Rio em 2014. O PT quer emplacar Lindbergh Farias (RJ) como candidato, mas o governador defende seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os dois ficaram de aprofundar a discussão mais adiante.

Sem limites Quem observa a rotina de Cabral garante que ele se mexe para ganhar visibilidade nacional. Como exemplo, integrantes do governo citam o patrocínio à candidatura de Eduardo Cunha (RJ) à liderança do PMDB na tentativa de ampliar sua influência na Câmara.

Questão... Após conversas de Aécio Neves com tucanos paulistas, defensores de sua candidatura ao Planalto saíram frustrados com Geraldo Alckmin. Esperavam que o governador assumisse sua candidatura à reeleição, esvaziando embrionário movimento da ala de José Serra para lançá-lo à Presidência.

... de tempo Embora digam que Alckmin não alimenta pretensão nacional, aliados do governador não querem antecipar a campanha. "Eleição é em ano par", diz o governador, em privado.

Voto... Em documento a ser protocolado hoje, às 15h, na Mesa Diretora, o PSOL registrará a candidatura de Chico Alencar (RJ) à presidência da Câmara. Sem chances de prosperar, o deputado quer catalisar o descontentamento de colegas com os três nomes hoje no páreo.

...de protesto 
Na justificativa, assinada pelo líder da bancada, Ivan Valente (SP), o partido faz pesada crítica sobretudo ao PMDB. "Seus candidatos são bem conhecidos não como notáveis, apesar de antigos e experientes parlamentares, mas como notórios frequentadores de territórios nebulosos na vida pública."

Em casa Outra coincidência com a crise de 2007 chamou a atenção dos senadores: naquele ano, quando Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou à presidência da Casa para não ser cassado, quem assumiu foi Tião Viana (AC). Agora, o primeiro vice-presidente é seu irmão, Jorge.

Catarse De um senador petista, sobre a motivação de Renan para voltar à presidência, sob risco de deflagrar nova crise: "É um desafio pessoal. Ele age como o menino que cai na água, quase se afoga, mas pula de novo para provar que sabe nadar''.

Já chega  Constrangida pelo apoio tímido a Renan, a bancada do PT acordou que, em caso de recrudescimento das acusações, não vai se expor para defender o presidente do Senado no Conselho de Ética e no plenário.

Tiroteio

Em vez de dialogar com os sindicatos, Dilma passou janeiro ouvindo tubarões. É o capital vencendo o trabalho também no governo.
DO DEPUTADO PAULINHO DA FORÇA (PDT), sobre a presidente ter feito rodada de conversas com grandes empresários no Planalto desde o início do ano.
contraponto

Junto e misturado

Durante solenidade em que entregou casas do programa Minha Casa, Minha Vida, anteontem, em Castanhal (PA), Dilma Rousseff discursou enaltecendo as parcerias do governo federal com Estado e município.

O prefeito Paulo Titan, do PMDB, aproveitou a deixa e explicou que conseguira a proeza de governar com os apoios do PT e PSDB na Câmara.

Embalado pela confraternização de rivais políticos, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), completou:

-Presidente, eu só tenho dois adversários no Estado: a pobreza e a desigualdade.

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