O GLOBO - 06/02
Mais transparente, a administração de Maria das Graças Forster está sujeita acríticas que podem ajudar a companhia a melhorar seus resultados
Como maior companhia aberta brasileira, os balanços da Petrobras são sempre aguardados com grande atenção pelo mundo financeiro, especialmente o que está diretamente voltado para o movimento das bolsas de valores. Os números divulgados oficialmente acabaram confirmando que 2012 não foi bom para a empresa — ainda que os resultados do quarto trimestre tenham sido um pouco mais favoráveis do que os projetados pelos analistas do setor —, devido à série de problemas que a Petrobras herdou no ano passado, difíceis de serem superados.
As ações caíram ainda mais — desde 2010, antes desta nova queda, já haviam retrocedido 36%. Justifica-se, porque o lucro de R$ 21,2 bilhões foi 36% inferior ao de 2011, e o pior resultado nos últimos oito anos.
A Petrobras investe o equivalente ao dobro de todas as inversões feitas pelo governo federal. A atividade da companhia é vital para a economia brasileira, ao responder por 95% da produção nacional de petróleo e deter o controle das onze unidades de refino que fornecem grande parte dos combustíveis e demais derivados consumidos no país. O grupo Petrobras também opera a rede de dutos e terminais portuários pela qual trafegam produtos distribuídos pelo Brasil afora.
Em face dessa presença marcante na economia brasileira, a companhia nunca fez parte dos planos de privatização executados nas últimas décadas. Porém, não se trata de uma companhia puramente estatal. Parcela considerável de suas ações está em poder de investidores, institucionais e individuais, no Brasil e no exterior. Se por um lado o controle em poder do Tesouro se justificaria pelas funções consideradas estratégicas e missões específicas dentro de políticas de Estado, por outro, a Petrobras está sujeita a obrigações e deveres com o mercado. Não fosse assim, seu capital deveria ser fechado, para que pudesse prestar contas somente à União.
Esse caráter duplo da Petrobras tem sido desrespeitado nos últimos anos. No governo Lula, o uso político-partidário da companhia chegou ao ponto de comprometer a administração, com reflexo negativo visível em quase todas as suas atividades operacionais. No governo Dilma, há uma nova orientação, para que a companhia recupere eficiência — o que possibilitou essa melhora nos resultados do quarto trimestre.
No entanto, a ingerência indevida sobre os rumos da Petrobras não foi inteiramente anulada, pois a empresa está sujeita a uma política de preços para os principais combustíveis que distorce o mercado e lhe causa consideráveis perdas financeiras. Maria das Graças Forster, ex-diretora da área de gás e energia, assumiu a presidência com a missão de recuperar a estatal, e sua atuação de fato tem sido mais transparente. A exposição a críticas, em decorrência dessa maior transparência, fará bem à empresa e a ajudará a melhorar gradualmente seus resultados.
Os danos impostos à companhia...(PETROBRÁS) são parte da herança desastrosa deixada pelo presidente FHC e seu genro David Zylbersztajn à frente da ANP para a Presidente Dilma, que não descansará enquanto não reerguer a Companhia e o Petróleo É NOSSO!!!! e não o que disse o genro de FH para as empresas estrangeiras
ResponderExcluir"O PETRÓLEO É VOSSO", um verdadeiro Canalha a serviço do capital estrangeiro...e do próprio bolso.