quarta-feira, fevereiro 27, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 27/02

Setor químico prevê deficit de US$ 30 bi para 2013

A indústria química brasileira deve bater mais um recorde neste ano. Depois de ter encerrado 2012 com um deficit comercial de US$ 28,1 bilhões -o maior já registrado-, o setor prevê um acréscimo de 7% no número.

"O deficit de 2013 ficará em US$ 30 bilhões se o PIB do país crescer 3%", afirma o presidente-executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Fernando Figueiredo.

Os dados deste início de ano não foram animadores. Houve queda de 2,03% na produção em janeiro ante o mesmo mês do ano anterior.

A baixa foi puxada pelos segmentos de petroquímicos básicos (-8%) e de intermediários para fertilizantes (-4%).

Os números consolidados de 2012, que serão apresentados hoje, mostram que o índice de produção está no mesmo patamar de 2007.

"Nesse tempo, o consumo aparente cresceu 7,1% ao ano, enquanto a produção permaneceu igual. O consumo está todo sendo atendido pela importação. Tivemos cinco anos perdidos", afirma Figueiredo.

De acordo com o presidente da entidade, o resultado negativo é decorrente da falta de aportes no setor.

"O custo de investimento no país é caro. Desde maio do ano passado, estamos conversando com o governo para que haja uma desoneração da matéria-prima para tornar o setor competitivo, mas nada tem acontecido."

SALA DE AULA BRASILEIRA
A francesa Insead, quarta melhor escola de negócios europeia segundo o ranking do "Financial Times", passará a incluir o Brasil em um dos módulos de seu MBA Executivo a partir deste ano.

Uma turma de 40 alunos, todos executivos com mais de dez anos de mercado de países como Estados Unidos, El Salvador, Síria e China, entre outros, desembarcará no país em setembro para participar de debates com empresários e líderes locais.

O Brasil será o primeiro país dos Brics a receber um módulo do curso -hoje, além das aulas no campus do Insead em Fontainebleau, nos arredores de Paris, os alunos participam de atividades em Abu Dhabi e Cingapura.

Segundo o professor do Insead Luiz Felipe Monteiro, entre os temas abordados entre os executivos estão a internacionalização de empresas brasileiras, as oportunidades entre consumidores do topo e da base da pirâmide social do país e os desafios que o Brasil irá enfrentar após a realização dos grandes eventos esportivos.

Imposto menor é preferível a benefício fiscal, mostra pesquisa
Sete em cada dez empresários de alto escalão afirmaram que aceitariam abrir mão de benefícios fiscais em troca de seus países reduzirem a carga tributária local.

A informação é de pesquisa da empresa Grant Thornton realizada com 3.400 companhias de 44 países.

Dos entrevistados, 67% responderam apoiar a redução de tributos mesmo que implique corte de vantagens fiscais que possuem hoje.

No Brasil, esse percentual é maior: 80%.

"Há um entendimento por parte dos empresários que desonerações pontuais e benefícios fiscais concedidos para superar momentos de crises econômicas não são suficientes", afirma Leandro Scalquette, sócio da auditoria.

Não à toa, diz, 61% dos empresários informaram que seus países não estão agindo de forma suficiente em relação a medidas fiscais para aliviar pressões econômicas. No Brasil, o percentual é de 74%.

Os países com maiores percentuais de insatisfação são Argentina (92%), Japão (86%), Polônia e Espanha (ambos com 82%).

A pesquisa também revela que 67% das companhias no mundo não consideram trocar seus comandos (headquarters) de país para conseguir corte na carga tributária. No Brasil, esse percentual chega a 82%.

As empresas mais resistentes a mudar estão situadas em países como Nova Zelândia (94%), Geórgia (92%), Suíça (90%) e França (88%).

Da praia... A marca de roupas de surfe HB abrirá neste ano suas primeiras lojas próprias. Deverão ser cinco unidades nos próximos dois anos. A primeira será instalada em Santo André (SP).

...para o shopping A grife -de origem australiana, mas comandada por empresários brasileiros- está hoje em lojas multimarcas e em cinco franquias no Estado do Rio de Janeiro.

Caminho... A grife de roupas e acessórios masculinos Reserva, que trabalha atualmente com 26 unidades próprias e em 550 lojas multimarcas, vai se expandir por meios de franquias.

...contrário A companhia pretende focar seu projeto de expansão nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do país. Hoje, ela está nos Estados de SP, MG, RJ e BA, além do Distrito Federal.

COMPULSÃO
Quatro em cada dez (43%) brasileiros fazem compras em momentos de impulsividade, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) a ser divulgada hoje.

Pelo levantamento, 48% dos entrevistados das classes AB já compraram por impulso, contra 39% das pessoas das classes C e D. O motivo é a maior disponibilidade de renda dos mais ricos, de acordo com a economista do SPC Brasil Ana Paula Bastos.

"Apesar do maior número de compulsivos nas classes AB, são as C e D que sofrem mais com o descontrole nas compras devido à baixa autoestima e à necessidade de se afirmar socialmente."

A baixa autoestima é o principal motivo de compra por impulso para 48% das pessoas das classes C e D.

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