sexta-feira, fevereiro 15, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 15/02

FedEx começa a operar no país em julho de 2014
A FedEx marcou para julho do ano que vem o início do serviço de entregas expressas dentro do Brasil. E sua chegada já agita o líder de mercado, Correios, dono do serviço Sedex.

A gigante americana comprou, em 2012, a brasileira Rapidão Cometa. A integração completa, com o fim da marca Rapidão, ocorrerá em 31 de julho de 2014, segundo o presidente da divisão para América Latina e Caribe da FedEx Express, Juan Cento.

Embora seja uma empresa de transporte principalmente aéreo, a companhia pretende usar a rede terrestre da Rapidão para crescer no Brasil, com uma logística parecida com a dos Correios -uso de espaço nos aviões de companhias brasileiras.

A diferença, diz o executivo, é que vão garantir o horário de entrega de maneira rigorosa, senão em 24h (o pacote mais caro), em um tempo mais alargado para atender as necessidades de preço local, e sem restrição ao tamanho e peso de encomendas.

A FedEx garante o horário da entrega ou devolve o dinheiro nos países onde opera.

"O Brasil tem uma rede boa por terra, considerando a infraestrutura ruim [condição das estradas]", diz Cento. "A logística está nas rodovias. Há mais caminhões de entrega no país que em qualquer outro latino-americano."

Nos Correios, o clima é de preparação. Líder de mercado, a estatal vê encolher seu mercado cativo -de correspondências- e quer manter a força no setor de encomendas.

Em 2011, o governo alterou a lei que determina as atribuições da estatal, permitindo operação no exterior e participação em outras empresas.

Com isso, os Correios abriram escritório de prospecção de negócios em Miami e, na semana passada, entregaram à Claro a operação de 2.400 linhas de "smartphones" para começar em maio o rastreamento on-line das encomendas do Sedex.

Essa tecnologia é padrão na FedEx internacional e será replicada no Brasil, diz Cento.

Nem 15% das boates têm padrão de seguro internacional
Menos de 15% das casas noturnas brasileiras devem seguir as práticas internacionais de avaliação de riscos e seguros, de acordo com Roberto Zegarra, especialista em gestão da continuidade de negócios da Marsh.

A demanda das pequenas e médias boates por serviços de seguro é dificilmente mensurável, aponta o executivo, e se enquadra no cenário brasileiro cujas condições favoreceram o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), no mês passado.

Fatores que elevaram a dimensão da tragédia, como o material usado no isolamento acústico e a precariedade das rotas de fuga, seriam recusados por peritos de seguradoras. As companhias pediriam ajustes antes de assinar qualquer contrato, indicam especialistas.

Os próprios donos das boates de menor porte se desinteressam diante das altas exigências feitas pelas companhias do setor para fechar seus contratos de cobertura.

"Quando uma seguradora observa que uma empresa se protege, conhece as normas e segue a legislação, sente-se mais à vontade e pode oferecer um seguro mais barato", afirma Zegarra.

"O que vimos na tragédia do Sul é uma bomba relógio que pode ocorrer em qualquer lugar pois poucas empresas têm preocupação com o risco"

'País tem um dos piores regimes aduaneiros'
O chefe de operações internacionais da FedEx Express, Michael Ducker, afirma que o Brasil deveria observar obstáculos ao investimento, como as regras aduaneiras.

"O Brasil tem um dos piores regimes aduaneiros do mundo. Levo 24 horas para trazer uma encomenda para São Paulo. Mas demoram três dias para liberá-la em Viracopos, não importa o melhor que façamos. Esses custos são importantes e deveriam ser enfrentados", diz.

Para o executivo, a solução desses problemas é tão importante quanto investir em estradas e aeroportos para receber investimentos.

Apesar dos problemas, o executivo vê como "brilhante" o futuro do país e sugere a investidores observar o retorno em prazo mais longo.

O chinês Gene Huang, da área de economia da empresa, começa a enxergar os primeiros sinais de recuperação do crescimento nos EUA, na China e no Brasil. Como a FedEx é uma empresa que atua em diversos países transportando cargas, diz ele, tem o pulso da atividade.

Para o Brasil e a China, Huang afirma que os estímulos dados pelos governos começam a surtir efeito e serão visíveis em 2013.

"A pior parte ficou para trás, especialmente no Brasil", diz. "Nós esperamos ver mais transações comerciais neste ano do que em 2012".

Velho Continente
As expectativas econômica e de renda melhoraram discretamente na União Europeia no último trimestre do ano passado, de acordo com índices da GfK que variam de -100 a 100 pontos.

O indicador que mensura a expectativa econômica do consumidor fechou 2012 em -42 pontos, após atingir -47 em setembro.

A expectativa de renda também teve uma leve recuperação nos últimos meses e passou de -57 em setembro para -51 em dezembro.

A Espanha ultrapassou Portugal na lista dos mais pessimistas. O índice de expectativa econômica espanhol terminou o ano em -53 (dois pontos abaixo do português).

Os consumidores alemães, que haviam começado 2012 otimistas, mudaram seu modo de analisar a situação econômica e o indicador chegou a -18 pontos.

A propensão a comprar no país, porém, continua positiva e registrou 20 pontos. O índice também é positivo na Áustria e na Bulgária.

Crédito... O Santander e a Telefônica Vivo fecharam acordo e terão cartões de crédito disponíveis nas bandeiras Visa e Mastercard.

...na linha A parceria ampliará a oferta de produtos e serviços do banco. A empresa de telefonia também tem cartões de crédito com o Itaú.

Onda... O segundo navio de uma frota de 20, da parceria logística entre a Fibria e a empresa sul-coreana STX Pan Ocean, já deixou a Coreia. A embarcação chega no fim de fevereiro ao Espírito Santo.

...coreana O contrato é de 25 anos. O primeiro navio, Arborella, deixou o Brasil no fim do ano com uma carga recorde de 53 mil toneladas de celulose rumo aos Estados Unidos, segundo a empresa.

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