segunda-feira, fevereiro 11, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 11/02

'Não vemos os R$ 3 bi de desoneração', diz entidade

Ainda insatisfeito com parte das medidas do governo criadas para beneficiar a construção civil, o setor se reúne com o governo em Brasília após o Carnaval para reiterar a sua proposta.

Entre as medidas previstas para entrarem em vigor em abril, as empresas vão trocar 20% sobre a folha de pagamento por 2% do faturamento. Incorporadoras e o segmento da construção pesada foram excluídas.

"O setor propõe que o início das medidas seja adiado para 2015, de forma a permitir ajustes", diz Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Construção de São Paulo).

"Mas pedimos que em abril, em vez de substituir 20% da folha por 2% do faturamento, a alíquota seja reduzida de 20% para 12%."

Apenas 8% das empresas têm mão de obra totalmente própria, segundo uma pesquisa nacional, com mais de 200 construtoras feito pela Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

"Como a construção terceiriza muito, se passar a 2% do faturamento, as empresas passarão a recolher mais do que os 20% da folha. E essa medida será obrigatória", afirma Watanabe.

"Parte delas se considera onerada em vez desonerada. Não vemos essa desoneração de R$ 3 bilhões de que fala o governo", acrescenta.

Para José Carlos Martins, vice-presidente da Cbic, também faltam esclarecimentos. "O principal é saber como as construtoras vão vincular os terceirizados em suas obras para se beneficiarem da desoneração", afirma.

"Faltou discussão. Temos visto isso nas últimas medidas do governo. A intenção é boa, mas parte do setor se sente onerado em vez de desonerado"

TROCA DE CHEFE

O número de brasileiros interessados em trocar de emprego aumentou com o aquecimento do mercado de trabalho, de acordo com pesquisa da consultoria Hays em parceria com o Insper.

No ano passado, o mesmo levantamento apontou que 60% dos entrevistados consideravam a possibilidade de mudar de empresa. Neste ano, são 70%.

"Quando o desemprego cai, as pessoas se arriscam mais, pois sabem que, se der errado, tem bastante trabalho no mercado", diz Juliano Ballarotti, diretor da Hays.

A principal razão para os funcionários quererem deixar a companhia onde atuam são os chefes que não ajudam no desenvolvimento profissional, segundo a pesquisa, que ouviu 3.500 pessoas.

Perfume... Apesar de ter sido afetada pela greve da Anvisa, que atrasou a chegada de diversos produtos importados ao país, a Fendi Parfums registrou 20% de crescimento em vendas em 2012 em relação ao ano anterior.

liberado... A operação brasileira se destacou no ranking dos países que mais faturaram no período, de acordo com a marca. Para este ano, a estimativa da companhia aponta um crescimento superior a 30%.

Na tigela A Frooty Açaí, que fabrica alimentos com a polpa do açaí, irá construir uma fábrica em Belém. Em 2012, a empresa registrou crescimento de 28% e fechou o ano com 20 mil pontos de vendas. Para este ano, a meta é ampliar o volume de exportações.

CONDOMÍNIO ATRASADO

A inadimplência no pagamento de cotas de condomínio na cidade de São Paulo registrou alta de 21,2% em 2012 na comparação com o ano anterior, de acordo com um levantamento da empresa de administração condominial Lello.

No ano passado, cerca de 4% dos boletos emitidos para os moradores de apartamentos residenciais na capital paulista ficaram em aberto por 30 dias ou mais, ante 3,3% em 2011.

A inadimplência em 2012, embora tenha sido maior do que no ano anterior, ainda ficou abaixo dos números que vinham sendo registrados nos últimos anos, segundo aponta a pesquisa.

Em 2010, o número era de 4,3%. Em 2008, 6%.

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