sexta-feira, fevereiro 01, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Era, sem dúvida, rosa chiclete Ping-Pong”
Celso Kamura, cabeleireiro de Dilma, sobre roupa “vermelho-PT” usada por ela na TV


PSB ARTICULOU ‘RASTEIRA DE FACHADA’ CONTRA RENAN

A tentativa do PSB de lançar ontem, de última hora, o senador Antônio Carlos Valadares (SE) candidato ao Senado contra Renan Calheiros (PMDB-AL) foi uma jogada dupla do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Segundo senadores, Campos quis marcar posição contra o PMDB, forte concorrente para 2014 e, ao mesmo tempo, se distanciar do PSDB, que apoiou Pedro Taques (PDT-MT).

JOGO DUPLO

Eduardo Campos quer sair candidato em 2014, com apoio do PSDB, ou desbancar o PMDB da vice-presidência de Dilma.

FORA DE HORA

A ideia de lançar Valadares nos 45 do segundo tempo, são indícios de jogo apenas para “marcar posição”.

ALVO COMUM

Adversário político de Renan em Alagoas, o senador Benedito de Lira (PP) foi um dos primeiros a incentivar Valadares a entrar na disputa.

PRA BOM ENTENDEDOR

Valadares reclamou à presidente Dilma, em voo de Sergipe a Brasília, das condições em que Renan disputaria. Dilma ficou em silêncio.

GURGEL ADMITE QUE MP NÃO TEM COMO INVESTIGAR

Para disfarçar a intenção de detonar a candidatura de Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que só denunciou o senador sexta (25), a uma semana da eleição, por falta de tempo, alegando o julgamento do mensalão em 2012. Se só pode cuidar de um caso por vez, está demonstrado que o Ministério Público não tem mesmo condições nem a devida qualificação para dar uma de polícia e investigar crimes.

PERGUNTA NO CONGRESSO

Além de analisar provas e oferecer denúncia – seu trabalho –, o Ministério Público ainda quer investigar. A próxima bandeira será julgar?

MUITO TRABALHO

Fechadas em janeiro, as principais boates com “mulheres de luxo” de Brasília ficaram lotadas por três dias do encontro nacional de prefeitos.

MABEL LIDERA

O PMDB fez as contas, ontem, e concluiu que Sandro Mabel (GO) já tem sete votos de vantagem sobre Eduardo Cunha (RJ), o segundo na corrida pela liderança do partido na Câmara, a ser definida domingo.

VIROU PIADA

Informado pela secretária que o líder do PTB Jovair Arantes “foi ver a Rose [de Freita]”, o candidato a presidente da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG), não resistiu: “Ah, está me traindo com a Rose”.

TESTANDO

A equipe de informática aproveitou o dia ontem para testar os 539 tablets instalados nas bancadas do Plenário, a serem inaugurados nas eleições para presidente da Câmara, segunda. O custo: R$ 609,7 mil.

JÂNIO DISPUTADO

Jânio Quadros Neto desmentiu a notícia do eterno candidato Levy Fidelix de que a Fundação Jânio Quadros poderá abrigar o acervo do ex-presidente, “cedido” à Secretaria de Cultura de Minas. Também desautoriza o nome de Jânio na Fundação de Fidelix.

SEGURA A LÍNGUA

O PMDB ameaça desbancar o PSDB da Primeira Secretaria do Senado caso os tucanos façam alarde sobre a decisão de retirar apoio ao peemedebista Renan Calheiros a presidente do Senado.

E AS REGRAS?

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questiona a legitimidade de candidaturas que não são do maior partido, o PMDB, ao comando do Senado: “É jogar no lixo o critério da proporcionalidade”.

JOGO DE CENA

Inúteis as viagens de Rafael Correa (Equador), Cristina Kirchner (Argentina) e do ex-presidente Lula a Cuba: médicos cubanos impedem visitas ao moribundo Hugo Chávez, apesar da constante “recuperação”.

GO NUTS

Os investidores estrangeiros que já não entendem a política cambial gangorra do ministro Guido Mantega (Fazenda) começam também a desconfiar da Petrobras, em seu pior momento desde Getúlio Vargas.

QUEM AVISA...

Os bombeiros do DF deveriam checar o Anexo 1 da Câmara. E o corredor de acesso ao arquivo, perto da TV Câmara. Uma “ratoeira”.

PENSANDO BEM...

...o Brasil está precisando de um “fiscalizador-geral de incêndios da República”.


PODER SEM PUDOR

REALIDADE E FICÇÃO

Logo após deixar o governo, em 2002, FHC fez uma viagem de férias com dona Ruth. Os dois apenas, sem seguranças ou assessores. Escolheram uma remota ilha dos mares gregos. Num restaurante, um grupo de turistas olhava insistentemente e cochichava. Um rapaz fortão do grupo se dirige ao casal, que temia alguma provocação.

- Desculpe - perguntou o rapaz -, o senhor trabalha na TV Globo, não?

E Fernando Henrique, com aquele sorriso mordaz:

- Trabalhava, meu filho, trabalhava. Meu contrato terminou.

- Ah, sim... Valeu, tchau.

FHC ainda ouviu o rapaz se gabar com a turma:

- Num falei? Num falei? É ele mesmo!

O caso foi analisado pelo sociólogo FHC e pela antropóloga Ruth.

Concluíram que, no Brasil, a força da TV é tão poderosa que realidade (Jornal Nacional) e ficção (novela das 9) se misturam facilmente.

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