sexta-feira, janeiro 04, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 04/01


Obras de linha de energia atrasarão ainda mais em 2013

O atraso na construção de linhas de transmissão de energia impedirá que parques eólicos comecem a operar neste ano -como já ocorreu em 2012- e causará um prejuízo de cerca de cerca de R$ 600 milhões ao consumidor.

A estimativa é da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). A entidade também calcula que 70% das linhas que deveriam ser entregues em 2013 não ficarão prontas dentro do cronograma. O atraso será de 15 meses, em média.

Como as empresas responsáveis pelas usinas devem concluir as obras no prazo, elas terão direito de receber do governo mesmo sem os parques estarem operando.

No ano passado, o prejuízo foi de mais de R$ 300 milhões. "Em 2013, deve ser o dobro", afirma a presidente da entidade, Elbia Melo.

A previsão da associação é que usinas que somam 1,1 GW fiquem paradas no ano por não terem como transmitir energia. O número é quase o dobro dos 622 MW de 2012.

A demora na construção é, segundo Elbia, decorrente de um erro de cálculo feito em 2009, quando os primeiros leilões de parques e de linhas foram realizados.

À época, concluiu-se que as as obras levariam o mesmo tempo para serem concluídas. O sistema de transmissão, no entanto, exige até um ano e meio a mais que o estimado.

"A conta foi realizada com base no setor de outros países, mas há problemas com licenças, por exemplo, que demoram mais que o previsto."

A maior responsável pelas obras das linhas é a Chesf, que venceu licitações em 2009 e 2010. Procurada, ela não respondeu até o fechamento desta edição.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também não retornou.

LINHA PRÓPRIA
A empresa Bioenergy desembolsará R$ 110 milhões para construir um sistema próprio de transmissão no Maranhão, que atenderá 13 de suas eólicas.

"Vamos fazer a obra para não corrermos nenhum risco de atraso", afirma o presidente da companhia, Sérgio Marques.

Dessas 13 usinas, quatro deveriam ser instaladas no Rio Grande do Norte. Como a empresa enfrenta problemas de conexão no Estado, ela transferiu os parques para o Maranhão. Cada um deles está orçado em cerca de R$ 90 milhões.

A Bioenergy também vem tendo dificuldades com duas usinas que já estão em operação no Estado potiguar. O serviço das linhas de transmissão deles foi interrompido 36 vezes durante o ano passado.

As linhas que deveriam conectar essas eólicas já existem, porém precisam ser reforçadas para suportarem o volume de energia.

O prejuízo pelas 68 horas e 14 minutos de indisponibilidade dos parques é calculado, pela companhia, em R$ 227,6 mil.

A CPFL Renováveis é outra empresa que está com problemas no Rio Grande do Norte.

Sete usinas da companhia estão aptas a entrar em operação desde julho de 2012, mas permanecem sem injetar energia no sistema.

Assim como a Bioenergy, a CPFL Renováveis também depende de obras que são de responsabilidade da estatal Chesf.

PASSO POR PASSO
A cadeia de lojas de calçados e acessórios Via Uno vai fechar unidades em 2013.

A companhia, que tem mais de 200 lojas no Brasil e em países como França, México, Argentina, Peru e Chile, nega a informação de que serão encerradas dezenas de unidades.

A empresa, entretanto, confirma que haverá fechamentos nos próximos meses.

As mudanças fazem parte de um plano de reestruturação estratégica e suas pesquisas para a identificação de novos pontos para a expansão da rede estão mantidos, segundo a marca.

HOTEL NO PORTO
A rede hoteleira Intercity, com sede no Rio Grande do Sul, fechou contrato para instalar uma unidade em Cabo do Santo Agostinho (PE), a cerca cinco quilômetros do porto de Suape.

O empreendimento demandará um aporte de R$ 30 milhões.

A previsão da empresa é entregar o hotel em 2014, ano em que pretende inaugurar outras 12 unidades.

"Em 2013, abriremos apenas três. No ano seguinte, é que devemos ter uma grande expansão", afirma o diretor-geral da rede, Alexandre Gehlen.

Hoje, a empresa tem 19 hotéis em operação, sendo 18 deles no Brasil e um no Uruguai. A meta da companhia é chegar a 50 nos próximos 36 meses.

R$ 30 milhões serão investidos no novo empreendimento da rede

229 será o número de apartamentos do hotel

Por um fio O comércio atacadista de tecidos fecha o ano com queda de 2% na comparação com o ano passado, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinho do Estado de São Paulo.

Melhor opção EUA (32%), China (17%) e Brasil (10%) são os mercados que oferecem melhores oportunidades de investimento, na opinião de quase 7.000 profissionais ouvidos em pesquisa do CFA Institute sobre as perspectivas para 2013.

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