segunda-feira, janeiro 07, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO


Cinco estados faturam 85% da verba de emendas



Levantamento feito pelos partidos de oposição revela que apenas cinco estados, das 27 unidades da federação, concentram 85% das emendas parlamentares empenhadas no ano de 2012. São eles: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Minas Gerais. Os recursos empenhados totalizaram pouco mais de R$ 2,7 bilhões. Só o DF, comandado pelo petista Agnelo Queiroz, levou R$765 milhões.


Politicagem

Goiás recebeu R$703 milhões, sendo R$657 milhões para obras na estrada que liga Goiânia, governada pelo PT, a Jataí, do PMDB.


Crédito é da União

Os R$20 milhões restantes da verba encaminhada para Goiás, governada pelo PSDB, foram destinadas à Universidade Federal.


Coincidência?

Em Minas, com gestão do PSDB, de R$151 milhões empenhados, quase R$100 milhões também foram para as universidades federais.


População é que sofre

Para o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), além de ter caído a liberação de emendas, o governo só executa o que é interesse partidário-eleitoral.


Governo federal não monitorou região alagada

Caxias, Angra dos Reis e Mangaratiba constam do mapa do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, do Ministério da Integração, mas não entraram no sistema de monitoramento 24h que poderia prevenir a nova tragédia de janeiro e que resultou em 5 mortos e quase 2 mil e 200 desabrigados, incluindo Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, onde consta monitoramento do governo federal e promessa de envio de pick-ups, GPS e PCs.


Big Brother

O ministério da Integração garantiu que mais de 200 municípios seriam monitorados e que até “até o final do ano” seriam 286 “prioritários”.


Bancada

Com a posse de Iara Bernardi (PT), Sorocaba (SP), volta a ter dois deputados federais. O outro representante é Jefferson Campos (PSD).


Mapa de doido

Criada para o desenvolvimento do Vale do São Francisco, a Codevasf incluiu não só o Piauí, mas também o Maranhão na gambiarra. Hum...


Aliança tucano-petista

O PSDB reclama do PT de barriga cheia: o ex-chefe de publicidade de FHC, Bob Vieira Costa, ganhou para sua agência, desde 2003, a conta da Caixa, estimada em R$ 600 milhões anuais. Com ajuda de Marcos Flora, petista tão discreto que nem figura na lista de sócios da agência.


Vida de gado

A tragédia da seca no Nordeste é notícia em vários jornais americanos, comovidos com o drama, que não perturba férias de presidenta Dilma, ministros e afins. O problema afeta a economia, mas ninguém nota.


Aloprou

Indicado para a liderança do governo na Câmara, o deputado e ex-ministro Berzoini contribuiu no Twitter para a importância do cargo, defendendo Genoino e acusando os críticos de aliarem-se ao “golpe”.


Nojo de políticos

Queima a orelha dos governantes nas redes sociais, com o desabafo de Zeca Pagodinho, diante do temporal no Rio: “A situação está ruim. É lixo puro. Dá de nojo de político, dá nojo desta gente bandida”.


Escapando

O chefe do escritório da CBF em Brasília, Vandembergue Machado, ainda não foi alcançado pela vassourada do José Maria Marin, atual presidente da entidade, na turma do antecessor Ricardo Teixeira.


Bateu, levou

O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha promete ser um "ferrinho de dentista" nos eventuais abusos de juízes contra advogados. Diz que rebaterá, “sem dó nem piedade”, ataques a prerrogativas de advogado.


Estatuto Penitenciário

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) promete dor de cabeça a Domingos Dutra (PT-MA), autor do projeto que cria “prisões 5 estrelas”: “Prefiro as cadeias cheias de vagabundos que os cemitérios cheios de inocentes”.


Prata é paraguaia

Desprezando profissionais da Infraero, o presidente Gustavo do Vale contratará por R$ 4 milhões consultoria de imprensa, que inclui sete jornalistas. O assessor Sidrônio Henrique descobriu que a estatal tem, entre os gerentes de comunicação, assistentes sociais, economistas...


Idade da Pedra

Duas invenções seculares se tornaram obsoletas sem ter auge no Brasil: sirene para anunciar a tempestade quando a meteorologia falha.

Poder sem pudor

Baixa tolerância à bajulação

Adhemar de Barros estava em plena campanha para presidente, em 1955, quando foi homenageado com uma festa-surpresa por assessores, no dia de seu aniversário. Iniciados os discursos, travou-se uma curiosa disputa para ver quem adulava mais o chefe. Cansado e impaciente, Adhemar acabou com a festa com o seu jeitão de lorde inglês:
- Agradeço, mas não suporto tanta bajulação. Peço que dêem o fora. Deu as costas e foi embora.

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