terça-feira, janeiro 22, 2013

A hora é essa - SONIA RACY


O ESTADÃO - 22/01


Barack Obama iniciou ontem sua segunda estada na Casa Branca – garantia, segundo Gabriel Rico, CEO da Câmara Americana de Comércio no Brasil, de que teremos continuidade nas relações com os EUA. O executivo da Amcham, porém, concorda que o País precisa resolver gargalos para aumentar sua capacidade competitiva e diminuir a desconfiança.

O que mais aproxima os dois países atualmente?

Meio ambiente, a busca por energias renováveis e a necessidade de mais transparência na gestão pública. Outra questão que encontra eco no Brasil se refere às armas, que voltaram à mesa de negociações nos EUA.

A infraestrutura ainda é um problema. O que fazer?

Só para se ter ideia, os EUA investiram no mundo inteiro, em 2011, cerca de US$ 400 bilhões – e outro tanto em 2012. No Brasil, foram só US$ 10 bilhões. Ou seja, ainda temos muito a crescer.

Quer dizer, dinheiro existe.

Sim, mas o Brasil precisa aproveitar, principalmente porque a Europa está parada.

Companhias norte-americanas adquiriram muitas empresas brasileiras em 2012.

O que foi bom. Porém, temos de fomentar um ambiente que propicie a criação das chamadas startups – empresas criadas do zero.

Que gargalos impedem esse tipo de investimento?

O mais importante é reduzir o nível de desconfiança. Só assim se cria um cenário propício aos negócios.

A Amcham vai bater mais nesta tecla em 2013?

Nossa luta será pela simplificação do regime tributário e da legislação trabalhista; e pelo aprimoramento de mecanismos que incentivem mais as PPPs. /DANIEL JAPIASSU

Sessão extra
Há quem defenda que, com o Vale Cultura, os teatros brasileiros exibam peças também às terças, quartas e quintas-feiras. Isso possibilitaria um movimento maior e poderia baratear entradas no futuro.

Indagada a respeito, Marta Suplicy avisa: não interfere no mercado, mas vê com bons olhos a proposta. A ministra tem encontro com produtores culturais esta semana.

Data vênia
Ficou mais difícil para Rocha Mattos conseguir sua reinscrição na OAB-SP. Encaminhado para o Tribunal de Ética e Disciplina, o pedido terá de passar pelo crivo do conselho.

Vênia 2
E advogados vão ouvir as famílias de viciados. Para dar suporte ao projeto do governo de São Paulo que prevê internação compulsória de dependentes de drogas.

“Vamos tentar entender melhor os problemas dessas famílias”, diz Cid Vieira de Souza Filho, da OAB-SP.

Recomeçar
A Vai-Vai deixará o Bixiga. Motivo? As ruas ao redor da quadra ficaram apertadas para os ensaios. Ainda sem local definido, a agremiação também se antecipa à construção da Linha 6 do metrô – cujo trajeto passará pelo bairro.

Em tempo: domingo, Raul Cutait e José Luis Oliveira Lima curtiram ensaio da escola.

Na toca
Quem anda recluso é Luís Inácio Adams. Às vésperas da reforma no primeiro escalão do governo Dilma, aguarda conclusão da sindicância na AGU – prevista para o fim do mês.

Com base no pente-fino, a presidente decidirá se ele fica no cargo após as denúncias que derrubaram seu ex-braço direito.

Doce…
Alex Atala inicia ofensiva para regulamentar a venda do mel Jataí – produzido por pequenas abelhas brasileiras e utilizado no D.O.M.

A briga é antiga. E será abordada em palestra do chef no Madri Fusión. “A regularização vai gerar renda para quem precisa”, disse à coluna.

…mel
Aliás, o governo de MG mandou 60 kg de pão de queijo, 2,4 mil garrafas de cachaça, 90 kg de café gourmet e outras iguarias para o evento na Espanha.

Quer promover a culinária como… atrativo turístico.

Jogo sujo
Embalado pelo escandaloso caso de doping de Lance Armstrong, Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping do atletismo, reforça que a fiscalização no Brasil ainda é incipiente.

O País “precisa combater o problema de maneira sistêmica”, afirma Paiva. “Trata-se de uma questão social, não apenas relativa ao esporte. Há uma cultura de uso de substâncias nas academias”, diz o advogado.

Jogo 2
Favorável ao aumento da punição mínima em caso de doping, ele ressalta que o ciclismo, esporte de Armstrong, sempre foi bastante polêmico.

E defende um choque de gestão: “Muitos corredores do Tour de France já admitiram usar produtos ilícitos”, explica.

Jogo 3
O COB afirmou que não se pronunciará sobre o caso Armstrong e que tem uma política educativa com relação ao doping.

Segundo o comitê, são públicas no site cartilhas de orientação aos atletas, relacionando substâncias proibidas – bem como uma campanha de conscientização para os esportistas.

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