domingo, dezembro 23, 2012

Sem quarentena - VERA MAGALHÃES -


FOLHA DE SP - 23/12


Tão logo deixe a Prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab vai se dedicar a duas tarefas: a consulta interna no PSD sobre o apoio a Dilma Rousseff em 2014 e a candidatura própria do partido ao governo de pelo menos dez Estados, entre eles São Paulo. O prefeito tem demonstrado a aliados disposição de enfrentar, como candidato, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o candidato do PT. Ele defende voo solo mesmo se o PSD estiver com Dilma, como forma de fortalecer a sigla.

Pompa 
O PSD programa fazer um grande evento para anunciar o apoio a Dilma entre abril e maio, após a rodada de consultas aos Estados.

Pioneiros 
O primeiro Estado a entregar à direção nacional do partido uma resposta à enquete interna foi Roraima. A seção, comandada pelo deputado ruralista Moreira Mendes, disse "sim" à adesão à presidente.

Papel passado 
Só após a adesão formal ao governo, o partido de Kassab deve ingressar no ministério. O vice-governador Guilherme Afif voltou a liderar a bolsa de apostas para a nova pasta da Pequena e Micro Empresa. Além de ser uma área à qual sempre se dedicou, seria uma forma de constranger Alckmin, desafeto do prefeito.

Ativo 
Depois que retornou de viagem de férias, José Serra tem promovido rodadas de reuniões com deputados, secretários de Estado e conselheiros políticos. O tucano expressa desejo de participar ativamente da vida partidária e de eventos de entidades da sociedade civil, mas não menciona projetos eleitorais.

Onde pega 
Serra tem demonstrado a aliados preocupação com o cenário eleitoral para Alckmin em 2014. Ele tem insistido na importância de tentar preservar a aliança com o PSD de Kassab.

Caravana 1 
Eduardo Campos (PSB) deve intensificar nos primeiros meses de 2013 viagens a vários Estados, atendendo a convites para homenagens e outorga de títulos de cidadão honorário.

Caravana 2 
Nas visitas, o governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência aproveita para fazer contatos com políticos e empresários, principalmente fora da região Nordeste.

Ordem... 
Dilma decidiu fechar as portas do escritório da Presidência em São Paulo após envolvimento de Rosemary Noronha, a ex-chefe de gabinete da representação, com a quadrilha descoberta na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

de despejo... 
Interlocutores do Planalto afirmam que a presidente, que não viaja com frequência a São Paulo, deverá despachar da sede do Banco do Brasil ou requisitar uma sala no prédio da Petrobras em 2013.

RH 1 
A indicação de Paulo Vieira para a Agência Nacional de Águas passou pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra em agosto de 2009.

RH 2 
Em e-mail, Gilberto Miranda diz ao ex-diretor da ANA que Gim Argello (PTB-DF) esteve com a ex-braço-direito de Dilma, que teria lhe informado existirem cinco candidatos ao cargo. "O PT de São Paulo pediu também", relata o ex-senador.

Pós-Carnaval 
A Polícia Federal estima que deve concluir em março a análise de todos os documentos apreendidos na Operação Porto Seguro, que investiga tráfico de influência do grupo liderado por Paulo Vieira em órgãos do governo e agências.

Blefe 
A PF não conta com uma delação premiada de Paulo Vieira. Acha que ele usou a ameaça para mandar recados e tentar envolver pessoas contra as quais não há evidências no inquérito.

Plantão natalino Sem definição sobre a votação do Orçamento, Dilma determinou que as ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Miriam Belchior (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) fiquem em Brasília amanhã até meio-dia para comandar a negociação.

com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

tiroteio
"Lula é perseguido desde a ditadura. É um dos maiores estadistas da República. Debalde, portanto, é tentar atingi-lo em sua honra."

DO MINISTRO DE MINAS E ENERGIA, EDISON LOBÃO (PMDB), defendendo o petista após novo depoimento de Marcos Valério que o envolve no mensalão.

contraponto


Ajudante de Papai Noel

No coquetel de fim de ano da presidente Dilma Rousseff com ministros e líderes, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) foi o único a levar presente. Ao receber a sacola, Dilma disse para o ministro Paulo Bernardo (Comunicações):

-Paulinho, você não me trouxe nada?

Pego de surpresa, o ministro desconversou:

-Me dê essa sacola aqui, presidente. A senhora não pode ficar carregando isso por aí...


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