quinta-feira, dezembro 27, 2012

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“É muito doloroso ver companheiros se enriquecendo”
Ministro Gilberto Carvalho sobre os escândalos de corrupção nos governos petistas


HABEAS CORPUS LIBERTARIA MENSALEIROS PRESOS

A decretação da prisão dos mensaleiros, como queria a Procuradoria-Geral da República, meteria numa enrascada o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, e a própria instituição. Advogados de mensaleiros já preparavam habeas corpus, que seriam examinados pelo ministro mais velho presente em Brasília – no caso, Marco Aurélio Mello, que certamente mandaria libertar os sentenciados.

AUTORIDADE COATORA

Eventuais habeas corpus não seriam examinados pelo ministro Joaquim Barbosa por ser ele a autoridade coatora.

SEM DÚVIDA

Os criminalistas mais experientes não têm dúvida que o ministro Marco Aurélio respeitaria a Constituição e decisões do colegiado do STF.

SURPRESA

Ao recusar a prisão de mensaleiros, Joaquim Barbosa surpreendeu a opinião pública, habituada a suas decisões duras contra os réus.

SERVIÇO PÚBLICO

Véspera das Festas, servidora da TV Câmara saiu de licença médica alegando “crise nervosa” porque seu gato suicida pulou do 3º andar.

BASTOS AGORA RECLAMA DE ‘TENDÊNCIA REPRESSIVA’

Ex-ministro da Justiça de Lula, quando a oposição denunciou o uso da Polícia Federal, subordinada ele, como polícia política do “petismo”, o advogado Márcio Thomaz Bastos, que este ano teve clientes como Carlos Cachoeira e José Roberto Salgado (Banco Rural), reclama agora que “em 2012, a tendência repressiva passou dos limites”, em artigo no site Consultor Jurídico. O criminalista é um dos mais caros do País: segundo o noticiário, teria cobrado R$ 17 milhões de Cachoeira.

PELE DE CORDEIRO

Thomaz Bastos se queixa também da criação de uma “sociedade de lobos, na qual todos desconfiam de todos”, mas não fez mea culpa.

ADVOGADO ‘CÚMPLICE’

O ex-ministro de Lula diz “a ignorância e a má-fé” o confundiram com os clientes, chegando até a ser tido cúmplice do “suposto criminoso”.

UM MANIFESTO

Colegas elogiaram o artigo de Thomaz Bastos. José Carlos Dias o achou “magnífico” e até propôs torná-lo um “manifesto” de advogados.

FALTA CONFIANÇA

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) acredita que o Congresso não delibera sobre vetos presidenciais, desde 2008, com medo da traição possibilitada pelo voto secreto. “O PT não confia em sua base”, disse.

CARGA PESADA

O Rio vai dar trabalho ao ministro Joaquim Barbosa no Conselho Nacional de Justiça: são investigados um desembargador, vários juízes de Varas de Falência e um recém-promovido no Tribunal de Justiça.

LEI DA SELVA

Além das empresas aéreas, as locadoras também abusam dos preços. Um leitor de Brasília quis alugar um mesmo carro que usara dias antes, pagando R$ 122 a diária, e a Localiza impôs um novo preço: R$ 176.

CONTROLE, JÁ

O deputado Luiz Couto (PT-PB) criticou o preço das passagens aéreas que impossibilitou a viagem da CPI do Tráfico de Pessoas para uma audiência pública em Salvador: “Tem que haver um controle”, defende.

GOVERNO DE FACTOIDES

Para o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), 2012 termina mal, com o PIB mixuruca. Acha que o governo tem apenas propostas midiáticas, com showzinhos de factoides, sem melhorar a competitividade do País.

FIO DESENCAPADO

Tem cheiro de “queimado” a vitória, antecipada aqui, da americana ArmaLite na licitação de 400 carabinas 5.56 por R$ 1,6 milhão para a Polícia Rodoviária Federal. E vencerá de novo a licitação de fuzis semiautomáticos calibre 308 para a PM de Mato Grosso, sexta (21).

PERDEU, ROSE

O salário de R$ 11 mil de “Rose” deixa no chinelo o holerite dos diretores da Cedae, estatal de águas do Rio, com gratificação de R$ 15 mil e outros penduricalhos. Os mortais ganham só reajuste da inflação.

DOENÇA SEM CURA

Aumentou em até 30% o movimento dos hospitais públicos do DF, com o final dos mandatos de prefeitos não reeleitos em cidades do entorno. Para se vingar do eleitor ou para escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal, eles paralisaram os serviços locais de saúde, incluindo o Samu.

BLOCO NA RUA

Lula, sem querer, deu uma grande ideia para o próximo carnaval: vêm aí os foliões do bloco Vagabundos do ar-condicionado.


PODER SEM PUDOR

UM SOCO DE CINEMA

Ao chegar na Câmara para trabalhar, em 1990, o jovem deputado Eduardo Siqueira Campos, então no PDC, soube que Brandão Monteiro (PDT-RJ) fizera violento discurso contra seu pai, governador de Tocantins. Eduardo é do tipo boa praça e encontrou Monteiro ainda no plenário. Ao vê-lo, o deputado do Rio insultou-o e a seu pai, outra vez. Eduardo pediu que parasse, mas Monteiro, que tinha fama de valentão, insistiu. O filho virou fera ferida: fechou os olhos e desferiu um soco de cinema, único de sua vida, que pegou em cheio e entrou para a História, deixando Brandão nocauteado no chão do plenário.

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