quinta-feira, novembro 22, 2012

CPI: base racha - ILIMAR FRANCO


O GLOBO - 22/11

A base do governo vai rachar na votação do relatório da CPI do Cachoeira. O PMDB é contra indiciar Policarpo Júnior, diretor de "Veja" em Brasília. "O PMDB vai votar contra. Não há fundamentação", diz o líder Henrique Alves (RN). O relator Odair Cunha (PT-MG), que levou um bafo de José Dirceu e da bancada petista, diz que "há elementos" para incluir o jornalista no relatório final.

A CPI está desandando
Integrantes da CPI do Cachoeira, inclusive petistas, ficaram pasmos com o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). Avaliam que a lista ampla dos que devem ser investigados, que inclui o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, produzirá o efeito de unir os adversários do relatório. A estes devem se somar aqueles que sempre criticaram a ausência de investigação sobre o governador Sérgio Cabral. Membros da CPI dizem que o relator fez a opção por agradar determinadas plateias petistas e produziu "um relatório para ser derrotado". Entre os críticos, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) ironiza: "A pizza não cabe no forno. Ela é muito grande".

“Há uma inversão dos papéis e dos fatos. O investigador (o procurador-geral da República, Roberto Gurgel) vira investigado”
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
Senador, protestando contra o relatório da CPI do Cachoeira

Escolha antecipada
A bancada do PMDB fez um abaixo-assinado para que o líder Henrique Alves (PMDB-RN) antecipe a escolha de seu substituto. Em vez de fevereiro, 60 deputados que assinaram o pedido, querem que a eleição ocorra em 19 de dezembro.

Novo líder
Depois de reuniões no Planalto com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o vice Michel Temer, e os líderes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Braga (PMDB-AM), a presidente Dilma bateu o martelo: Braga segue líder no Senado em 2013 e o senador Walter Pinheiro (PT-BA), na foto, será o líder no Congresso.

Produzir e saber mais
São duas as obsessões da presidente Dilma. Em todas as suas conversas privadas e entrevistas ela martela nas ideias fixas: aumentar a produção industrial e melhorar a Educação, principalmente a fundamental e a técnica.

Com a corda toda
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), está impossível nas últimas semanas de reinado. Deputados pressionavam pela votação de um projeto que libera o PIS para deficientes. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pediu a Maia para consultar o Planalto. "O senhor tem cinco minutos para consultar o governo", disse o presidente da Câmara para um Chinaglia atônito.

Candidato alternativo
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), candidato a presidente da Câmara, encomendou uma pesquisa de intenções de voto. Foram ouvidos 350 deputados. O resultado foi animador: Henrique Alves (PMDB-RN) 36%, contra 32% dele.

Ponto de vista
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) levou uma bronca da presidente Dilma. Ela ficou irritada por este ter exaltado como "a cara do Brasil" a adolescente Pâmela Lescano, que deu à luz no banheiro da escola em que fazia o Enem.

O PLANALTO está na expectativa que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, deflagre uma campanha nas ruas pela aprovação da MP da Energia.

Um comentário:

  1. Anônimo9:42 AM

    Sérgio Cabral não foi indicado por que a única coisa que tem contra ele é sua relação pessoal com Cavendish, e isso não é motivo.

    ResponderExcluir