No inevitável balanço de ganhos e perdas eleitorais, há boas e más notícias para quase todas as legendas. Avanços em algumas regiões foram compensados por recuos em outras e vice-versa. Mas é indiscutível que, ao voltar a ganhar na cidade de São Paulo, o PT e seu principal estrategista, Lula, saem das urnas com um cobiçado troféu, essencial para o partido tentar alcançar o Palácio dos Bandeirantes, cidadela jamais conquistada pelos petistas.
A vitória paulistana consegue ofuscar derrotas do PT em campanhas nas quais Lula e a própria presidente Dilma se envolveram diretamente. Caso de Manaus, onde o tucano Arthur Virgílio desta vez resistiu a Lula, considerado responsável em 2010 pela tentativa frustrada de Virgílio se manter no Senado. Agora, a ajuda do PT à candidata do PCdoB Vanessa Grazziotin, senadora que desbancara Arthur Virgílio em 2010, não surtiu efeito. Salvador, outra derrota do PT de Lula e Dilma, viu renascer o carlismo e, em certa medida, o DEM, com ACM Neto. No primeiro turno, a dupla Lula-Dilma já havia perdido em Belo Horizonte.
Mais uma frustração petista ocorreu em Campinas, onde o "poste" erguido por Lula, Márcio Pochmann, não reluziu como Haddad na capital: perdeu para Jonas Donizette, do PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos. Outro candidato do partido de Campos, Roberto Cláudio, venceu o PT em Fortaleza (Elmano), feito creditado mais aos irmãos Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro) que ao governador pernambucano.
O PSB, com 442 prefeituras, 27 das quais em municípios com mais de 100 mil habitantes, cacifa o nome de Eduardo Campos como peça do jogo político nacional. O recém-criado PSD, de Gilberto Kassab, amealhou 498 prefeituras, 20 de porte razoável. Os tucanos, por sua vez, vivenciam o desgosto da derrota para seu grande adversário em São Paulo. Não compensa, mas o partido, com 698 prefeitos - só perde para os 1.023 do PMDB -, cresceu em direção ao Norte e ao Nordeste.
Houve uma grande fragmentação partidária nestas eleições municipais: 11 legendas se dividem no controle das 26 capitais. Fica evidente a excessiva pulverização de partidos, mazela derivada da leniente legislação político-eleitoral brasileira. Caberá à presidente Dilma encontrar espaço no governo para tantos aliados, sem degradar ainda mais a qualidade administrativa, que já não é das melhores.
Destaca-se, ainda, o alto índice de abstenções no segundo turno (19% contra 16,4% no primeiro turno). Em São Paulo, incluindo votos nulos e brancos, 31% não escolheram qualquer candidato. O dado é grave. Tem-se, nestes números, a medida do desalento com o quadro político-partidário. Há uma espécie de fadiga de material na representação política. Esta realidade deveria levar as lideranças a trabalhar na renovação de quadros e da própria maneira de se fazer política no Brasil, onde se debatem pouco ideias e projetos, em benefício do compadrio e clientelismo.
A vitória paulistana consegue ofuscar derrotas do PT em campanhas nas quais Lula e a própria presidente Dilma se envolveram diretamente. Caso de Manaus, onde o tucano Arthur Virgílio desta vez resistiu a Lula, considerado responsável em 2010 pela tentativa frustrada de Virgílio se manter no Senado. Agora, a ajuda do PT à candidata do PCdoB Vanessa Grazziotin, senadora que desbancara Arthur Virgílio em 2010, não surtiu efeito. Salvador, outra derrota do PT de Lula e Dilma, viu renascer o carlismo e, em certa medida, o DEM, com ACM Neto. No primeiro turno, a dupla Lula-Dilma já havia perdido em Belo Horizonte.
Mais uma frustração petista ocorreu em Campinas, onde o "poste" erguido por Lula, Márcio Pochmann, não reluziu como Haddad na capital: perdeu para Jonas Donizette, do PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos. Outro candidato do partido de Campos, Roberto Cláudio, venceu o PT em Fortaleza (Elmano), feito creditado mais aos irmãos Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro) que ao governador pernambucano.
O PSB, com 442 prefeituras, 27 das quais em municípios com mais de 100 mil habitantes, cacifa o nome de Eduardo Campos como peça do jogo político nacional. O recém-criado PSD, de Gilberto Kassab, amealhou 498 prefeituras, 20 de porte razoável. Os tucanos, por sua vez, vivenciam o desgosto da derrota para seu grande adversário em São Paulo. Não compensa, mas o partido, com 698 prefeitos - só perde para os 1.023 do PMDB -, cresceu em direção ao Norte e ao Nordeste.
Houve uma grande fragmentação partidária nestas eleições municipais: 11 legendas se dividem no controle das 26 capitais. Fica evidente a excessiva pulverização de partidos, mazela derivada da leniente legislação político-eleitoral brasileira. Caberá à presidente Dilma encontrar espaço no governo para tantos aliados, sem degradar ainda mais a qualidade administrativa, que já não é das melhores.
Destaca-se, ainda, o alto índice de abstenções no segundo turno (19% contra 16,4% no primeiro turno). Em São Paulo, incluindo votos nulos e brancos, 31% não escolheram qualquer candidato. O dado é grave. Tem-se, nestes números, a medida do desalento com o quadro político-partidário. Há uma espécie de fadiga de material na representação política. Esta realidade deveria levar as lideranças a trabalhar na renovação de quadros e da própria maneira de se fazer política no Brasil, onde se debatem pouco ideias e projetos, em benefício do compadrio e clientelismo.
Interessante como tentam minimizar a grande vitória do PT em São Paulo a terceira maior arrecadação do Brasil que perde apenas para o próprio Brasil e o estado de São Paulo, cita ainda o segundo lugar do PSDB em números de prefeituras, mas omite descaradamente que os tucanos diminuíram em 11% as conquistas municipais em relação a 2008 e o DEM perdeu 44% em números reais. Nunca vi tanto destaque para Salvador, Manaus e Diadema como tenho visto em 2012, será porque? O que se observa claramente é que o PT saiu bem maior do que entrou nessas eleições, mesmo com o bombardeiro mensalão, nunca antes visto em terras tupiniquins. A desinformação patrocinada pelo grupo Globo e cia é lamentável e desprezível.
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