quinta-feira, outubro 04, 2012

Artilharia eletrônica - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 04/10


Em queda nas pesquisas, Celso Russomanno terá novo teste hoje, último dia do palanque eletrônico. Com o cancelamento do debate da Globo, ganharam importância os comerciais de TV, que trazem risco potencial ao candidato do PRB. Enquanto José Serra e Fernando Haddad poderão usar até 30 inserções por emissora, Russomanno terá menos de um terço disso. Além disso, ataques a ele ficarão sem resposta, pois só suscitarão punição judicial num eventual segundo turno.

Paz e amor A crença de que Serra estará no segundo turno norteou a produção dos comerciais do tucano que vão ao ar hoje. O ex-governador evitará críticas aos adversários e estrelará inserção especial biográfica de 1 minuto no horário nobre.

Intrusos Dada a perspectiva de impunidade, os programas em bloco destinados aos vereadores devem ser invadidos. Os candidatos a prefeito devem aparecer na tela para reforçar o número de urna e apresentar a chapa.

De leve A princípio, a reação de Haddad contra a nota publicada por Edir Macedo em seu blog seria mais enfática. Mas o candidato foi orientado a não dizer nada que parecesse desacato aos evangélicos, para não aumentar a rejeição a ele nesse segmento.

Reduto O novo Datafolha mostra que, além de Serra, quem mais se beneficiou do acentuado declive de Russomanno no centro paulistano foi Gabriel Chalita. O peemedebista ganhou sete pontos em uma semana na região.

Mantra Para alvejar Serra, o ex-tucano Chalita será o mais enfático ao reafirmar, em seus comerciais de hoje, o compromisso de permanecer os quatro anos na prefeitura.

Locomotiva 1 O PT vê operação casada do governo paulista com a campanha de Serra na propaganda institucional do Metrô e da CPTM, veiculada nas principais emissoras de TV na semana que precede a eleição.

Locomotiva 2 Os comerciais destacam a celeridade na construção de novas linhas, contrapondo discurso de Fernando Haddad, que criticou o ritmo das obras nas administrações do PSDB ao dizer que havia "apagão dos transportes" na capital.

Conta... Ministros do STF chamaram de "cortina de fumaça" o argumento de Ricardo Lewandowski para absolver José Genoino, de que o empréstimo do Banco Rural que ele assinou foi quitado.

... outra Colegas afirmam que isso seria relevante para análise de gestão fraudulenta, mas não de corrupção ativa. "O PT distribui dinheiro a partidos e o presidente não sabe?", questiona um deles.

Prontidão Lewandowski pediu para ler seu voto ontem ao saber que Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto acertaram que, após o relator, a sessão seria encerrada. Para colegas, o revisor quis dividir as manchetes com Barbosa.

Feliz Natal Advogados aconselharam os réus do mensalão a ficarem calmos, porque, mesmo condenados, os eventuais mandados de prisão só serão expedidos depois das festas de fim de ano.

E agora... Apesar de apostarem que Dias Toffoli absolverá José Dirceu, advogados apontam precedente aberto pelo ministro na ação penal 481, da qual foi relator, e que poderia ser aplicado ao ex-ministro da Casa Civil.

... José? Ao condenar o deputado Asdrúbal Mendes (PMDB-PA) por esterilização cirúrgica irregular, Toffoli disse que indícios bastam para condenar por corrupção, já que o crime permite que os autores, por "falta de suficiente lastro probatório, escapem pelos desvãos".

com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

tiroteio

"O bispo Macedo não fez uma profissão de fé, mas uma confissão de culpa. O desespero trouxe à tona o padrinho de Russomanno."

DO PRESIDENTE DO PT PAULISTANO, ANTONIO DONATO, sobre o líder da Igreja Universal ter utilizado texto de seu blog para criticar Fernando Haddad (PT).

contraponto

Sapo de fora não chia

Durante debate entre candidatos a vereador realizado pela Folha anteontem, Luiza Eluf (PMDB) criticou a nomeação de ex-prefeitos do interior para subprefeituras da capital durante a gestão de José Serra (PSDB).

Andrea Matarazzo (PSDB), que era secretário de subprefeituras à época, pediu aparte para dizer que, para ser subprefeito era necessário ter perfil técnico adequado e competência, não importando a origem. Como a candidata continuou fazendo críticas, o tucano atalhou:

-Então, pelo seu raciocínio, o brasileiro Carlos Ghosn não pode ser presidente da Renault-Nissan!

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