domingo, setembro 30, 2012

Perigo subterrâneo - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 30/09


Prevendo uso eleitoral da greve do metrô, marcada para quinta-feira, Geraldo Alckmin recorrerá preventivamente à Justiça do Trabalho para assegurar o funcionamento pleno do sistema nos horários de pico. Tucanos temem que Celso Russomanno e Fernando Haddad usem eventual paralisação dos trens, que afetaria quatro milhões de passageiros, para ilustrar o "apagão dos transportes" na capital, trazendo prejuízo à candidatura de José Serra a três dias do primeiro turno.

Meritocracia O governo paulista informou ao sindicato que não cederá à pressão para pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos metroviários de forma igualitária, como pleiteia a categoria. Alega que não mudará as regras da bonificação, que incluem metas de desempenho.

Filme velho Aliados de Alckmin classificam o movimento de "chantagista". "É uma mobilização claramente política", diz um secretário, lembrando do colapso gerado pela greve de maio último, que parou São Paulo.

Flash Antes de fechar a participação de Dilma Rousseff no comício de Haddad amanhã, João Santana e ela avaliaram a presença da presidente em São Paulo na quinta-feira. Desistiram porque seria impossível usar as imagens na TV, já que é o último dia do horário eleitoral.

Licença... Russomanno vai aproveitar o nascimento da filha para reduzir a agenda na última semana de campanha. O candidato reclama de cansaço e o seu QG acha que ele deve evitar desgaste.

... paternidade A mobilização do comitê também diminuirá. A ordem da coordenação é concentrar dinheiro e material impresso para a batalha do segundo turno.

Epílogo A Globo avisou os candidatos a prefeito que definirá terça-feira se realizará ou não o debate em São Paulo, previamente programado para quinta. A emissora aguarda decisão judicial sobre o pleito de Levy Fidélix (PRTB), excluído do evento.

Migração O ator que desde a semana passada defende Russomanno dos ataques dos adversários no horário eleitoral fazia a propaganda de Serra na campanha de 2004.

É guerra 1 Na reta final da campanha à prefeitura de São Paulo, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) partiu para o ataque contra Serra. Padilha afirma que o tucano, que já foi ministro da Saúde, cometeu um equívoco ao dizer que a cidade não recebeu verba para combater o crack.

É guerra 2 "A obsessão do Serra pela Presidência da República é tão grande que toda hora ele ataca o governo federal'', dispara Padilha.

Ibope Na contramão de Padilha, Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Aloizio Mercadante (Educação), Guido Mantega (Fazenda) e Celso Amorim (Defesa) não receberam nenhum pedido para gravar vídeos de apoio a candidatos petistas.

Vai sobrar Ministros de Dilma estão preocupados com o "clima de turbulência'' que poderá se instalar no Congresso no ano que vem após as condenações de parlamentares no mensalão.

Tufão Deputados que devem ser cassados, como João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), têm grupos dentro das bancadas, e o Planalto teme enfrentar rebelião em matérias-chave.

Folhinha Candidatos do PT em várias cidades conferem o calendário na esperança de que o voto de Joaquim Barbosa seja longo o bastante para que o relator não profira uma eventual condenação da antiga cúpula do partido antes do primeiro turno.

com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

tiroteio
"Nós sempre soubemos que os juízes e os ministros não são divindades. Pena que eles só descobriram agora."

DO DEPUTADO FEDERAL MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ), sobre os recorrentes desentendimentos entre membros do STF durante o julgamento do mensalão.

contraponto


Torcidas organizadas
Após participar de um talk-show em Belo Horizonte, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro foi abordado por estudantes de Direito que o reconheceram pela exposição no julgamento do mensalão e pediram para tirar fotos com ele. Kakay, como é conhecido, conversava com um a um, quando sobrou uma menina na fila.

Observando a cena, uma amiga da estudante indagou:

-Só falta você! Não vai tirar?

Ela respondeu, para surpresa geral:

-Eu não! Quero ser procuradora quando me formar e ele bateu muito no Roberto Gurgel...

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