O GLOBO - 23/09
Convalescendo de uma cirurgia de câncer no pâncreas e negociando a sua sucessão no partido, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão, desabafa: "Estou me recuperando. Não nutro esperanças nesse processo. Houve uma homogeneização de todos os acusados. As condutas individuais foram relegadas. Há um pacote genérico de sentenças”'.
Operação segundo turno
Está em curso a formação de uma força-tarefa pró-Fernando Haddad com o objetivo de levá-lo para o segundo turno em São Paulo. O PT negocia com PMDB e PDT, e pressiona o Planalto, para montar a seguinte equação: uma desistência "branca” dos candidatos do PMDB, Gabriel Chalita; e, do PDT, Paulo Pereira da Silva. Se der certo, são grandes as chances de Chalita assumir o Ministério da Educação em 2013. O atual ministro, Aloizio Mercadante, seria transferido para a Casa Civil. Candidata ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann voltaria ao Senado, o que lhe garante maior flexibilidade para percorrer as bases e ter contato direto com os eleitores.
“Estamos muito de blá-blá-blá e pouca objetividade. Temos de nos estruturar antes que o Movimento (Marina Silva) comece a dispersar”
Lincoln de L. F. M. de Oliveira
No fórum do site do Movimento Marina Silva
Divisão na base aliada
A exemplo do que ocorreu no Código Florestal, o PMDB não pretende chancelar na íntegra a MP do setor elétrico. O partido está inclinado a acompanhar as posições dos presidentes da Cemig, Djalma de Morais, e da Cesp, Mauro Arce.
PSB na cabeça
Quase todos negam que eles tenham conversado sobre política na audiência que tiveram quarta-feira.
Mas nela, a presidente Dilma (PT) e o vice Michel Temer (PMDB) constataram que o PSB sairá anabolizado das eleições. Ocorre que, das oito maiores capitais, os socialistas devem levar Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Curitiba.
Mistério...
O advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas foi ouvido por um assessor direto da presidente Dilma antes que ela decidisse contestar a citação feita a seu depoimento na Justiça pelo relator do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa (STF).
Não vai acabar nunca
O STF vai demorar muito para se liberar do julgamento do mensalão. Advogados dos réus estão preparando embargos de infringência que garantem novos julgamentos e novos relatores. Para usar o instrumento, os réus precisam ter quatro votos pela absolvição. Isso já ocorreu com João Paulo Cunha no crime por lavagem de dinheiro (foi condenado por seis a cinco).
O efeito Lula
Os petistas estão convencidos de que a presença do ex-presidente Lula nas campanhas está funcionando. O exemplo mais eloquente que os petistas gostam de citar é o de Salvador. Antes da ida de Lula só se falava na volta do carlismo.
Nem tanto ao céu nem tanto a terra
Os aliados relativizam o peso do presidente Lula nas eleições. Alegam que no âmbito municipal o apoio de fora nem sempre resolve. Citam o caso de Recife, onde Lula gravou para o PT e Geraldo Júlio, do PSB, pode vencer no primeiro turno.
desabafo de um político sênior, sobre o nível das campanhas: "Estou naquela fase da bestialização. Cuidando só de eleições municipais’!
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