quinta-feira, agosto 23, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 23/08


Indústria da construção civil reduz estimativa de crescimento para 2012


Impactada pelos efeitos da crise no setor, a indústria da construção civil decidiu reajustar sua expectativa de crescimento para este ano.

A estimativa para 2012, que era de 5%, foi revista para 4%, segundo Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, sindicato do setor.

Os novos cálculos tomaram como base os dados recentes de desaceleração do emprego, de consumo de cimento e de outros indicadores que apontam diminuição na atividade.

"Quando fixamos em 5%, no final do ano passado, esperávamos um cenário diferente para este ano. Ainda está em um bom número para a atual conjuntura. Mas estamos preocupados com 2013 e 2014", afirma.

Após tangenciar resultados negativos devido à crise em 2009, houve um crescimento exuberante de mais de 11% em 2010.

O aquecimento, porém, já havia sido neutralizado com uma elevação de pouco mais de 3,5% no ano passado.

Embora o resultado da construção ainda deva superar o estimado para o PIB do país neste ano, o setor demanda que o governo adote medidas para deslanchar o programa Minha Casa, Minha Vida na menor faixa de renda das famílias, de acordo com Watanabe.

"O desempenho das contratações é o indicador mais atual. Continuamos a contratar e o estoque se mantém alto, mas isso vem se desacelerando", afirma.

O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 0,84% em julho, com a admissão de mais 28,1 mil trabalhadores.

A alta acumulada chegou a 7% nos primeiros sete meses do ano, ante mais de 8% em igual período de 2011.

Em 12 meses, o crescimento acumulado foi de 6,41%, segundo o SindusCon-SP. O resultado também é inferior ao avanço acumulado de agosto de 2010 a julho do ano passado.

JOIA RARA
Karime Xavier/Folhapress 
O mercado brasileiro ganha importância para a Cartier. Com novas lojas, a joalheria passa a investir em serviços que ainda não realizava no Brasil, reservados apenas às butiques mais relevantes no mundo, como as de Londres, Paris e Nova York.

No Brasil por conta da abertura da nova loja em São Paulo, Juan Carlos Delgado, diretor para a América Latina da grife, diz que, na região, o mercado brasileiro é o segundo, após o mexicano.

A grife também terá uma nova loja no Rio. "Depois disso, queremos crescer organicamente por pelo menos dois anos", diz o executivo.

Entre os novos serviços, o cliente poderá montar a joia com as características do diamante que quiser. "No início, daremos retorno sobre a disponibilidade e os preços. Depois, a consulta será imediata", diz Maxime Tarneaud, da marca no Brasil.

Desfecho... 
Cerca de 87% dos executivos de finanças consultados pelo Ibef-SP (instituto dos profissionais da área) afirmam que o câmbio deve encerrar o ano estável. Entre eles, 60,9% indicam que o dólar estará cotado entre R$ 2,00 e R$ 2,05 até o fim de 2012.

...financeiro 
Sobre a inflação, mais de 46% dos diretores esperam estabilidade.

Expansão 
A Raízen, joint-venture entre Cosan e Shell, abrirá a 700ª loja no país da rede de conveniência Select amanhã em Manaus (AM). Planeja abrir 200 em todo 2012.

Japão-Brasil 
A consultoria KSI Brasil abrirá em outubro em seu escritório de São Paulo uma área para atender empresas japonesas interessadas em investir no país.

ÂNIMO
Os brasileiros estão mais contentes com o desempenho macroeconômico do país, segundo pesquisa do Ipsos.

O estudo, que mede todos os meses a percepção de 24 países em relação à economia local, mostrou que em julho 67% dos entrevistados achavam que a situação do Brasil era boa ou muito boa.

Na comparação com os outros países dos Brics, apenas na Rússia caiu o número de pessoas que acredita que a economia vai bem.

MASCULINO
O estilista Sérgio Kamalakian acaba de ingressar no mercado masculino de multimarcas.

O empresário até o momento só trabalhava com a grife de roupas para homens que leva seu nome.

Agora, nas unidades em que vende suas criações, estarão também marcas estrangeiras como Comme des Garçons, Jonathan Adler, Diesel, entre outras.

Kamalakian considera o multimarcas um mercado pouco disputado.

"Vi essa oportunidade com a queda da Daslu. Minha concorrência é só a das aeromoças", disse.

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