quarta-feira, agosto 22, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Daqui a pouco, teremos ‘minha cela, minha vida’”
Ophir Cavalcante (OAB), ironizando o aumento da pena máxima no novo Código Penal

PAULO PRETO DIRÁ NA CPI QUE SUA ÉTICA É A DO SERRA

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”, revelou, ontem, a amigos que somente vai “elogiar” o ex-governador José Serra (PSDB), durante seu depoimento na CPI do Cachoeira, dia 29. “Afinal de contas, somos como irmãos siameses”, diz, em tom enigmático. Homem de confiança dos esquemas de arrecadação de dinheiro para o tucanato, Paulo Preto antecipa que dirá na CPI: “Minha ética é a ética do Serra”.

QUEM?

José Serra chegou a negar ser amigo de Paulo Preto, que reagiu lembrando que o ex-governador o conhece “muito bem”. 

FONTE

Paulo Preto foi diretor da Dersa, empresa pública paulista que cuida da infraestrutura de transporte e logística no governo de São Paulo.

CONEXÃO 

A Delta estaria por trás do Consórcio Nova Tietê, contratado pela Dersa para ampliação da Marginal Tietê, daí a convocação a depor na CPI.

DESVIO

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) acha que, na CPI, Paulo Preto poderá lançar luz sobre o suposto desvio de dinheiro público para o PSDB.

MINISTROS DO STF COLECIONAM GAFES DE ADVOGADOS

Ministros do Supremo Tribunal Federal aparecem sisudos, nas sessões de julgamento do mensalão, na TV, mas nos intervalos se deliciam com as gafes dos advogados de mensaleiros. Um dos defensores usou a expressão epitáfio para qualificar o cliente. Outro, ao concluir sua defesa, olhou para o alto e disse “amém”, em vez de pedir absolvição. Teve até quem chamasse Ministério Público de parque, e não parquet.

OLHA O NÍVEL

O PSDB-SP não tem do que se queixar: um candidato a vereador em Promissão concorrerá na cédula com o nome de “Pau Doce”. 

PERGUNTA NO CAFEZINHO

Quem vai ficar com a cereja do “bolo” do mensalão fatiado pelo Supremo?

CRIANÇAS DE LONGE

O Brasil doou US$ 100 mil, através da ONU, para crianças e jovens vulneráveis na Armênia. Quer contribuir para “um futuro melhor”. 

MEIA-BOCA

Com votação fatiada no Supremo Tribunal Federal, o ministro Cezar Peluso deve participar apenas da sentença de alguns réus. À dos demais, vai assistir de casa, pela TV, porque se aposentará no dia 3.

‘EDUCASSÃO’ POPULAR

O governo do DF promove, hoje, eleição direta para diretor de escolas, em uma disputa aberta até a serventes. Os eleitos farão um cursinho de gestão. Não admira que o DF tenha sido reprovado com nota 3,8 no Ideb, estudo do Ministério da Educação que mede qualidade do ensino.

NÃO FALTOU AVISO

Auditoria do TCU comprovou denúncia desta coluna, em 2011: faltam efetivo e equipamento na PF contra o tráfico de drogas nas fronteiras. Policiais usam o próprio celular nos rincões do Acre e Amazonas.

CASA DA MORTE

A “Casa da Morte” em Petrópolis, espécie de “aparelho” clandestino do Centro de Informações do Exército, durante a ditadura, foi desapropriada ontem. Vai virar memorial em homenagem às vítimas.

IRRESPIRÁVEL

Rico empresário chinês vai vender ar limpo em latas, contra a poluição, doando parte da renda à caridade, diz a agência Efe. Aqui, de uma tal de caixa 2 sai um cheiro brabo de dinheiro “não contabilizado”. 

SÓ COM FIGA

Assessor de assuntos aleatórios, o top-top Marco Aurélio Garcia tem concorrente: conhecido pé-frio e artífice das trapalhadas mensaleiras, Lula agora é “consultor” da CBF para troca de técnico. 

RH NA BERLINDA

Incapaz de administrar aeroportos e o próprio quadro de funcionários, a Infraero resolveu contratar consultoria para recursos humanos. Aposta-se na estatal que a primeira a rodar será a superintendente contratante.

ESTRELA SOLITÁRIA

Próximo presidente do STF, o ministro Joaquim Barbosa substituiu José Carlos Moreira Alves, que durante 28 anos se notabilizou como um dos mais brilhantes da História. Aposentado, hoje se diverte acompanhando o glorioso Botafogo, seu time do coração.

PENSANDO BEM...

...de tanto aparecer, até em chá de cadeira no Rio, a bandeira olímpica ainda vai virar estandarte de passista no Sambódromo. 

PODER SEM PUDOR

SEMPRE ALERTA

Benedito Valadares, que já fora interventor em Minas, recebia a visita do ex-senador Gilberto Marinho e seu colega, Victorino Freire, para tratar de um assunto polêmico. Ou melhor, para ouvir: apenas Valadares falava. Os convidados ouviam compenetrados. De repente, o anfitrião parou de falar.

- O que foi, Benedito? - perguntou Marinho.

- Parou de falar sem mais nem menos. Continue, por favor! - pediu Freire.

Desconfiado, Valadares mudou de assunto:

- Não vou falar mais, não. Vocês estão prestando muita atenção...

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