quinta-feira, agosto 02, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Isso é coisa de gente aloprada”
Celso Russomano (PRB), repetindo Lula para negar envolvimento com Cachoeira


TOFFOLI SOB AMEAÇA DO MPF, SE JULGAR O MENSALÃO

Membros do Ministério Público Federal estão à espreita: se o ministro Dias Toffoli não alegar suspeição para se retirar do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, poderá ser alvo de ação com base na Lei dos Crimes de Responsabilidade, e estaria sujeito a julgamento de impeachment no Senado. A lei 1079, de 1950, é a mesma utilizada no impedimento do ex-presidente Fernando Collor.

DECISÃO SAI HOJE

Sob pressão de outras ações judiciais, o ministro Dias Toffoli anunciará hoje se participará ou não do julgamento do mensalão. 

LIGAÇÕES PERIGOSAS

Dias Toffoli foi advogado do PT, chefiou a Advocacia-Geral da União no governo Lula e manteria relações com advogados e réus do processo.

VISÃO DE PALHAÇO

O deputado Tiririca (PR-SP) acha que o mensalão “vai dar em pizza”. A propósito, o dono do PR, Valdemar da Costa Neto, é réu no processo.

A HORA É AGORA

A bancada do PSDB na Câmara combinou ontem usar o julgamento do “mensalão” para desgastar ao máximo o PT nas eleições este ano.

PANDORA: EMPRESAS TERÃO DE SE EXPLICAR À JUSTIÇA

Terão de se explicar à Justiça empresas de informática que receberam ilegalmente quase R$ 110 milhões do governo Arruda, no DF, entre 2005 e 2010, a título de “reconhecimento de dívida”. Na denúncia da Caixa de Pandora ao Superior Tribunal de Justiça, a procuradoria-geral da República destacou que a Linknet recebeu R$ 70,7 milhões, a Adler R$ 13,9 milhões, a Call Tecnologia R$ 7,8 milhões e R$ 3,9 milhões para a CTIS, que curiosamente não teve qualquer diretor denunciado. 

FINGINDO-SE DE VIVAS

Ainda atuam no setor público várias empresas enroladas na operação Caixa de Pandora, que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.

TSE PODE SALVAR CTIS

A CTIS, por exemplo, espera ganhar fôlego num mega-contrato de R$ 150 milhões, no TSE, para dar manutenção a urnas eletrônicas.

MAUS LENÇÓIS

Deputados ironizam a trapalhada de Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, após ameaçar juiz: “Ela está literalmente em maus lençóis”.

PRESSÃO SOBRE MENSALÃO 

Relator da CPI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (PT-SP) admite que o escândalo do bicheiro “aumentou a pressão política” sobre o julgamento do “mensalão”. Mas não deve alterar o resultado: “Não acredito que um ministro vai se deixar influenciar por isso”, afirma.

LUTO PETISTA

É preta a logomarca de campanha de Iriny Lopes, candidata do PT à prefeitura de Vitória. Nesses tempos de mensalão, os petistas estão escondendo a estrela vermelha, marca do partido.

PAUTA HUMANITÁRIA

Colegas do veterano jornalista investigativo Bartolomeu Brito, vítima de um AVC, vão exibir seus talentos artísticos na segunda (13), no Teatro Odisseia, Centro do Rio, para custear o tratamento especializado.

JUÍZO PRÉVIO

Líder do DEM, o deputado ACM Neto (BA), que participou da CPI dos Correios, critica a pressão pela suspeição do ministro Dias Toffoli: “Não devíamos fazer juízo prévio antes do julgamento do mensalão”.

O DIABO A QUATRO

Candidato a vereador, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia perde a eleição, mas não a piada: comparou a “folguedos políticos à la Marx”, em Brasília, a entrada da Venezuela no Mercosul. Não Karl, mas Groucho.

REPARANDO O PREJUÍZO

Além de cinco vices, o PPS lançou oito candidatos próprios nas capitais de São Paulo, Rio, Aracajú, Maceió, Vitória, Porto Velho, São Luís do Maranhão e Belém. Hoje, o partido não comanda qualquer prefeitura. 

MACACO VELHO

O ex-governador Joaquim Roriz tem sido assediado por pré-candidatos de cidades do entorno de Brasília. Ele se esquiva advertindo: “Começar campanha agora, no mínimo, é demonstração de imaturidade política”.

PARA SE PROTEGER DO PT

O deputado Vilson Covatti (PP-RS) defende a fusão dos partidos PP, PR e PTB com o PMDB logo após as eleições municipais: “Sou a favor de fundir e confundir tudo, para não sermos massacrados pelo PT”.

A PAUSA QUE ENDOIDECE

O presidente maluquete Evo Morales não quer mais a “imperialista” Coca-Cola na Bolívia. Prefere o produto nacional “Coca-Coca”. 


PODER SEM PUDOR

PRONOMES TROCADOS

Benedito Valadares era governador de Minas Gerais quando foi a uma exposição agropecuária em Curvelo. No discurso de abertura, jurou:

- Determinei à Caixa Econômica e aos bancos do Estado a concessão de empréstimos agrícolas a prazos curtos e juros longos. Um assessor corrigiu, em voz alta:

- É o contrário, governador.

Ele respondeu:

- Desde que o dinheiro venha, os pronomes não têm importância.

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