sexta-feira, agosto 17, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Abusos e situações de ilegalidade não serão tolerados”
Ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) sobre a greve na Polícia Federal

PARALISIA DA VALEC GEROU A PRIVATIZAÇÃO DE FERROVIAS

A decisão da presidente Dilma de confiar ao setor privado a tarefa de construir e operar ferrovias é uma tentativa de enfrentar a incapacidade da estatal Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. de fazer o serviço. Sua diretoria assumiu após a “faxina ética” de 2011, mas não tem sido capaz de construir um só quilômetro de ferrovia há mais de um ano. Batendo cabeças, os diretores brigam entre si e mal se falam.

FORA DOS TRILHOS

A paralisia da Valec fez reduzir de 30 mil para cerca de 1.500 o número de trabalhadores nos canteiros de obras da ferrovia Norte-Sul.

MARCA DO PÊNALTI

Na Casa Civil do Planalto consolida-se a certeza de que a direção da Valec é tão inexperiente quanto incompetente, para dizer o mínimo.

MUITA AREIA...

José Eduardo Castelo Branco era só um subsecretário de prefeitura na Baixada Fluminense quando foi nomeado presidente da Valec.

ESTATAL DEPENADA

José Francisco das Neves, o “Juquinha”, demitido da presidência da Valec, sob suspeita de corrupção, acabaria preso por fraudar licitações.

GREVE NA PF PODE IMPEDIR DISTRIBUIÇÃO DE URNAS

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) ganhou uma preocupação adicional, provocada pela greve na Polícia Federal, corporação a ele subordinada. É que a partir da próxima semana o Tribunal Superior Eleitoral vai iniciar a complexa distribuição de 500 mil urnas eletrônicas, Brasil afora, destinadas às eleições de outubro. O problema é que a distribuição é realizada sob a proteção de agentes e delegados da PF.

GREVE QUE DESGASTA

Citados para substituir o ministro Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal, José Eduardo Cardozo sofre desgaste com a greve na PF.

TAMBÉM QUERO

O ministro Luís Adams, chefe da Advocacia Geral da União, também pretende a vaga de Cezar Peluso, como ministro do STF.

UM FRACASSO

Escalado para “administrar” pelegos e centrais sindicais, o espanhol José Feijoo, ex-CUT e assessor de Gilberto Carvalho, tem fracassado.

NÃO TEM PAPO

Militantes do PT no Recife celebram a informação, recebida de São Paulo, sobre a recusa do ex-presidente Lula de receber o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), apesar da insistência.

PASSANDO POR CIMA

Chamado no PT de “Imperador”, Eduardo Campos estaria usando o ex-deputado Maurício Rands para cooptar petistas e “tratorar” o candidato a prefeito do PT, senador Humberto Costa (PT), líder nas pesquisas.

TAREFEIRO

Ministros do STF desconfiam que o ministro Ricardo Lewandowski teria assumido a tarefa de irritar o relator do caso do mensalão, para provocar a impressão de “desequilíbrio” do ministro Joaquim Barbosa.

PARLA!

Após longo e silencioso, o ministro Brizola Neto (Trabalho) recebeu ordem do Palácio do Planalto para abrir o bico sobre a greve dos servidores, mesmo apenas produzindo puro “embromation”.

SECA VOA 

Empresas de aviação responderam “sim” ao convite da Sudene para aderir ao plano para revitalização da aviação regional no Nordeste, integrando, para começo de conversa, 18 municípios com aeroportos.

PINDAÍBA

Mais um capítulo da novela da Bancoop, acusada de desvio de fundos para o PT: a Justiça considerou a cooperativa “insolvente” por não ter R$ 15 mil para pagar uma de suas vítimas.

ANATEL MUITO BOAZINHA

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) denunciou que a TIM derruba ligações de propósito, para aumentar o faturamento, mas não decretou intervenção na empresa nem ordenou que ela devolva o dinheiro tomado ilegalmente da clientela. Estranho, muito estranho.

DESRESPEITO

Ao perceber que estava sem internet, ontem, um cliente telefonou à NET Virtua para registrar sua reclamação, e foi surpreendido com a informação de que seu problema seria resolvido “até o dia 20”.

TEM MARMELADA

A ONU (Organização das Nações Unidas) alertou para a escassez de alimentos, com a alta dos preços e problemas climáticos. No Brasil, sem pão, sempre sobrará circo. 


PODER SEM PUDOR

SINAL DE PODER

Eleito governador de Minas Gerais, Tancredo Neves lembrou que precisava arrumar um cargo importante para um amigo de todas as horas, Feliciano Libânio da Silveira, o Sanico, hoteleiro em Alfenas. Procurou-o:

- O que você deseja no meu governo, Sanico?

- Só uma coisa, Tancredo: quando você for anunciar o secretariado, sala lotada de jornalistas e de políticos, me chame na frente de todo mundo e cochiche qualquer coisa no meu ouvido...

Sanico sabia que os sinais podiam ser mais importantes que os cargos.

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