segunda-feira, julho 09, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 09/07

Setor farmacêutico pede redução tributária

A indústria farmacêutica vai levar ao Conselho Nacional de Saúde, nesta semana, um estudo em que reuniu argumentos que apontam que a queda da carga tributária no setor pode elevar o consumo e a arrecadação.

O trabalho, finalizado em junho, afirma que após a redução do ICMS de medicamentos de 18% para 12% no Paraná, o preço para o consumidor caiu e a arrecadação cresceu 132%. Em 2008, com alíquota de 18%, o Paraná arrecadou R$ 76,8 milhões com o ICMS dos medicamentos. Em 2010, após a queda, a receita foi para R$ 178,6 milhões, segundo a entidade.

A ideia é pressionar por reduções nas alíquotas que hoje estão em 19% no Rio, 18% na maioria dos Estados e 17% no Nordeste, todos para 12%, segundo Nelson Mussolini, do Sindusfarma.

"Geralmente, fazemos pedidos semelhantes diretamente às autoridades. Essa é a primeira vez que vamos levar o caso ao conselho, um órgão vinculado ao ministério que tem a participação de trabalhadores e usuários do SUS. Agora solicitaremos participação da sociedade civil."

Ambição Nacional

O presidente do BNDES quer olhar para o futuro quando se trata de prioridades na política industrial.

Luciano Coutinho diz que o governo rediscute a metodologia de apuração do conteúdo local -que estabelece limites mínimos de valor agregado decorrente de produção nacional.

"Quero fidedignidade, clareza e transparência para poder enxergar qual é o efetivo de conteúdo local. Não nos move uma intenção punitiva. Queremos entender e calibrar nossa política para apoiar o processo de melhoria da indústria."

O economista diz que o ambiente global e integrado requer "horizontes diferentes". Em certos casos, avalia ele, é impossível chegar a um conteúdo local muito alto: "As economias de especialização e escala internacionais não permitem chegar lá e ser competitivo".

Para o pesquisador e especialista em setores de alta complexidade, como biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais, a prioridade de alguns setores deve ser agregar mais valor nos componentes mais sofisticados, de mais engenharia. Segundo Coutinho, o Brasil pode estar na contramão em relação a isso. "Precisamos ambicionar ter competitividade nos sistemas mais intensivos de capacidade de manufatura, engenharia; esse é o grande desafio."

"O Brasil já ultrapassou a fase em que trabalho barato era fonte de competitividade. Precisamos tê-la agora nos sistemas mais intensivos de capacidade de manufatura, engenharia; esse é o grande desafio"

Boleto no celular

Os latino-americanos são os mais dispostos a utilizar celulares para o pagamento de contas, segundo a Nielsen.

Europeus e norte-americanos, por outro lado, são os menos propensos a adotar o mecanismo.

A pesquisa fez mais de 28 mil entrevistas em 56 países.

Saúde Integrada

A Intersystems investirá US$ 20 milhões até o final de 2013 no Brasil para disputar licitações de informatização e compartilhamento de dados clínicos dos pacientes.

A companhia já realiza projetos similares no Distrito Federal, em Passo Fundo (RS) e no Chile (onde serão investidos outros US$ 20 milhões). Com esse tipo de iniciativa, as informações de cada paciente ficam disponíveis em todos os hospitais e postos de saúde da localidade contratante.

"No Brasil, existe uma dificuldade maior para realizar essa integração, pois há hospitais municipais, estaduais e federais", diz Carlos Eduardo Nogueira, principal executivo da companhia na América Latina.

Em 2011, o faturamento da empresa foi de US$ 500 milhões, sendo 6% no Brasil. "Queremos crescer 50% em dois anos."

Treinado A Ambev vai investir mais de R$ 30 milhões em treinamento e qualificação neste ano. Parte do valor será destinado ao programa de trainee da companhia. O valor investido no ano passado foi de R$ 26,7 milhões.

Líquido... A Alcoa informa que iniciou fornecimento de metal líquido no Maranhão. A tecnologia já era utilizada pela empresa na unidade de Poços de Caldas (MG).

...metálico O embarque de alumínio líquido começa a ser realizado a partir da unidade da Alumar, em São Luís (MA), segundo a empresa.

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