segunda-feira, julho 16, 2012

CLAUDIO HUMBERTO


Sem Renan, lugar de Sarney é desejado por quatro

O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), é o favorito para suceder José Sarney na presidência do Senado, mas se ele sair da disputa quatro senadores devem apresentar candidatura: além de Edison Lobão (MA), sugerido pela presidenta Dilma, Eunício Oliveira (CE), Eduardo Braga (AM) e Luiz Henrique (SC) pretendem o cargo. Segundo a praxe, o partido de maior bancada (no caso, o PMDB) indica o presidente.

Sinal de alerta
O Planalto avalia que sem Renan na presidência do Senado, como sugeriu Dilma, o PMDB dividido pode favorecer os “independentes”.

Olho em 2014
Bem posicionado nas pesquisas para o governo de Alagoas, em 2014, Renan Calheiros pode optar por uma dedicação maior à candidatura.

Ascendência
Dilma quer Edison Lobão no lugar de Sarney por aspirar a ascendência sobre o presidente do Senado. Mas Lobão não é assim, dizem amigos.

Marco da mineração
Por enquanto o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está mais preocupado com a elaboração do Marco Regulatório da Mineração.

Caixa de Pandora: propina chegou até por Sedex
O processo da Operação Caixa de Pandora, ocorrida em 2009, contém revelações curiosas. Um mês antes da ação da Policia Federal, por exemplo, o Ministério Público Federal interceptou um pacote com R$ 63 mil, em dinheiro vivo, que, segundo o operador do esquema e delator Durval Barbosa foram enviados por Sedex pela CTIS, empresa de informática do DF. Ninguém da CTIS aparece nos vídeos de Durval.

Mandou, chegou
O pacote de R$ 63 mil que chegou por Sedex foi entregue à promotora de Justiça Alessandra Queiroga, que já investigava o esquema.

Única fonte
Toda a denúncia do MPF, na Operação Caixa de Pandora, é baseada nas declarações do delator, em muitos casos sem provas, nem vídeos.

Desistência
O delator declarou à PF, em depoimento, que o dinheiro enviado por Sedex era para Arruda outras pessoas, mas que desistiu de entregá-lo.

Poder sem pudor

Saúde das pesquisas
Candidato a prefeito de São Paulo, em 1985, Jânio Quadros enfrentou Fernando Henrique Cardoso, que tinha o apoio do presidente (José Sarney), do governador (Franco Montoro) e do prefeito (Mario Covas), o engajamento de artistas da Globo e tanta confiança que até posou na cadeira do prefeito. O Ibope previu a vitória de FHC e Jânio chamou as pesquisas de “desonestas”. O dono do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse que não o processaria por considerá-lo “um doente”. Jânio ironizou:
- Ele deve ser melhor médico do que pesquisador.
Jânio venceu e desinfetou a cadeira usada por FHC.

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