sexta-feira, junho 01, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“O que é importante é que haja um julgamento”
Ex-presidente FHC, sobre o processo do mensalão do governo Lula

EMPREITEIRAS FIZERAM 63 DOAÇÕES AO PT EM 2011

Partido mais rico do País, o PT arrecadou R$ 50,7 milhões em 2011, ano em que não houve eleições, sendo metade de empreiteiras que têm contratos com o governo. Somente a Andrade Gutierrez doou R$ 4,6 milhões. Houve doações também de pessoas físicas, 33 no total, mas, curiosamente, apenas duas em cheques. Todas as demais foram em dinheiro. As doações estão registradas na Justiça Eleitoral.

DINHEIRO EM CAIXA

O PT obteve 89,5% das doações a partidos em 2011. Seu adversário PSDB, R$ 2,3 milhões (4,3% do total), e o PMDB, R$ 2,8 milhões.

SALDO POSITIVO

Pessoas físicas respondem por 33 doações ao PT, no ano de 2011, do total de 126. Empresas privadas doaram 93 vezes. 

SEM QUEIXAS

O consultor e ex-ministro Antônio Palocci está mesmo bem de vida. Em 18 de agosto de 2011, presenteou o PT com um cheque de R$ 11.800.

PERGUNTA NO BANHEIRO

Depois de dólares na cueca, chegou a era da grana na calcinha, encontrada há dias na Câmara dos Deputados?

PREFEITO PETISTA DO RECIFE IGNORA ORDEM DE LULA

Baixinho abusado, o prefeito do Recife, João da Costa (PT), resolveu enfrentar Lula e sua facção, que controlam a direção do PT, e reafirmou sua candidatura à reeleição. Ele venceu as prévias contra o lulista Mauricio Rands, secretário de Governo de Pernambuco, mas a direção do partido anulou a vitória. Na quarta (30), Rands desistiu, numa jogada para fazer do senador Humberto Costa (PT) o “tercius”.

OLHO NO SENADO

O governador Eduardo Campos (PSB) quer Humberto Costa candidato. O suplente, Joaquim Francisco (PSB), poderia ser senador por 6 anos.

LEXOTAN

A aparente tranquilidade do governador Sérgio Cabral, em relação à Delta na CPMI, contrasta com o nervosismo de auxiliares próximos. 

NAS NUVENS

Do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) sobre a quebra de sigilo da Delta nacional: “Agora, o céu é o limite”. 

TENTANDO OUTRA VEZ

O secretário-geral da CUT-DF e ex-candidato a deputado Cícero Rôla já tentou antes, em 2008, o impeachment do ministro Gilmar Mendes, do STF, mas o processo foi arquivado no Senado.

CORRENDO POR FORA

O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) descobriu “quase oculto no Diário Oficial” um termo aditivo no valor de R$ 16 milhões da Prefeitura do Rio de Janeiro para uma obra da Delta. 

RIO EM OBSTRUÇÃO

O relator do projeto que redistribui royalties do petróleo, Carlos Zarattini (PT-SP), fez acordo com Estados não produtores e com Espírito Santo e São Paulo. Já com o Rio de Janeiro, a negociação não sai do lugar.

TEMPO DE TV

Para o senador Sérgio Petecão (AC), a Justiça Eleitoral deve definir, em breve, o tempo do PSD na TV: 

“Agora que Lula brigou com homens da Suprema Corte, não sei se ele consegue adiar mais, não”.

OUTRAS ENCRENCAS

O deputado Silvio Costa (PTB-PE), que xingou o senador Pedro Taques (PDT-MT) na CPI, já comprou encrenca com o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

DESTRAMBELHADO

Após conversa desastrada entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, os deputados se divertem com uma piada: “Se, como metalúrgico, Lula perdeu o dedo, como advogado, perderia a cabeça”.

BOLSA-FERRARI

A fortuna dos ricos no chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) cresceu 18,5% em 2011, aponta pesquisa do Boston Consulting Group no jornal Libération. Na Europa e nos EUA, a riqueza estancou em 6,9%. 

O DONO DO PEDAÇO

O presidente do PDT e ex-ministro Carlos Lupi mais uma vez rachou o partido: decidiu que o congresso da Juventude Socialista será no Ceará, terra do afilhado político, deputado André Figueiredo.

PENSANDO BEM...

...Com tanto mutismo dos depoentes, a CPMI do Cachoeira deveria ter um tradutor de sinais. 

PODER SEM PUDOR

O QUASE MINISTRO

Durante anos, o paulista Castilho Cabral acreditou que quase foi ministro de Jânio Quadros. Tudo por causa de um telefonema nos dias em que o presidente eleito se encontrava em Paris: “Monsieur Castilhô... Monsieur Quadrôs...”, anunciou o telefonista. A voz de Jânio apareceria em seguida:

– Castilho, meu bem! Preciso de você no ministério, mas quero uma resposta agora...

Subitamente, um ruído cortou a conversa, naqueles tempos sem DDD.

– Monsieur Castilhô, São Paulô... – insistia o tal telefonista, entre chiados.

Era tudo uma brincadeira de dois amigos, Otto Lara Rezende (o “telefonista” parisiense) e José Aparecido de Oliveira, imitando Jânio.

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