quinta-feira, maio 31, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 31/05

Ambev investe em ampliação de fábrica e em maltaria do RS

A Ambev está com novos investimentos no Rio Grande do Sul. Depois de ter aberto um centro de distribuição no Estado, em abril, a companhia vai investir R$ 85 milhões na ampliação da fábrica de Sapucaia do Sul.

Nessa unidade, serão realizadas obras para expandir em 40% a fabricação de refrigerantes. A planta receberá uma nova linha para embalagens PET, que poderá envasar 43 mil garrafas por hora.

No primeiro trimestre de 2012, o volume de refrigerantes vendidos pela Ambev cresceu 5,8% ante o mesmo período do ano passado.

A menina dos olhos da empresa no Estado, porém, é a maltaria de Passo Fundo, que será inaugurada no segundo semestre, provavelmente entre agosto e setembro, segundo João Castro Neves, presidente da companhia.

De início, a unidade que transforma cevada em malte terá capacidade de produzir 110 mil toneladas por ano. Até agora, foram investidos R$ 100 milhões na planta. Nos próximos dois anos, serão mais R$ 100 milhões.

"Para nós, a maltaria é muito importante porque estamos aumentando a transformação de cevada em malte aqui no Brasil. Há 15 ou 20 anos, quase toda a cevada maltada era importada e hoje estamos entre 30% e 40%."

Companhias no país reduzem aportes em ação sustentável

O investimento em práticas sustentáveis realizado pelas empresas brasileiras caiu, segundo estudo da Deloitte com um grupo de companhias que faturaram juntas R$ 700 bilhões em 2011.

O volume de empresas que aderem ao movimento, porém, aumentou.

Em 2009, 29% das empresas direcionavam entre 1% e 3% de suas receitas para ações sustentáveis. Em 2012, o índice caiu para 7%.

As empresas que destinam uma fatia menor, de 0,1% da receita para iniciativas na área aumentaram. Eram 15% em 2009 e passaram para 21% nos últimos meses.

"O investimento caiu, mas o interesse cresceu. Hoje há ações sociais, outros recursos vão para institutos ou fundações", afirma Fernando Ruiz, responsável pela pesquisa.

"Estamos em um momento mais de manutenção e maturidade do que foi injetado antes", acrescenta.

O volume de empresas interessadas no tema cresceu. Em 2009, 78% das companhias responderam que adotavam ações sustentáveis. Em 2012, subiu para 84%. Entre as que pretendem adotar a prática, a maioria são pequenas e médias.

Alta do dólar prejudica mais quem comprou viagem em sites

A recente valorização do dólar tem gerado consequências no turismo brasileiro.

Além da queda da procura para viajar a cidades europeias e americanas, com aumento dos destinos nacionais, as operadoras também esperam recuperar clientes que haviam passado a adquirir pacotes pela internet.

"Muita gente que comprou passagens pela internet tomou um susto com a fatura do cartão de crédito nos meses de abril e maio", afirma o diretor-geral da Nascimento Turismo, Plinio Nascimento.

"As pessoas acham que economizam ao buscar pela internet, mas ficam mais vulneráveis à oscilação do dólar. Vamos trazer parte do mercado de volta", diz Aldo Leone Filho, presidente da Agaxtur.

Entre os destinos que vêm sendo mais procurados para as férias de julho estão as cidades sul-americanas, como Buenos Aires e Santiago.

MUDANÇA DE HÁBITO

Altos executivos, como presidentes, diretores e altos gerentes, não mudaram muito seus costumes relacionados a sedentarismo, estresse e alimentação nos últimos anos.

O tabagismo, por outro lado, teve queda, de acordo com levantamento da operadora de saúde Omint com 18,5 mil executivos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em 2004, os fumantes representavam 18% do total da população avaliada.

Em 2011, eles correspondem a cerca de 11% do total.

"Hoje é proibido fumar em vários lugares. Isso faz com que a conscientização se torne uma mudança de hábito. Esse público tem acesso a informação", diz Caio Soares, diretor-médico da Omint.

ANTES Da farmácia

A gestão de negócios é a principal preocupação para 73% dos distribuidores de laboratórios brasileiros, de acordo com estudo da Abradilan (associação do setor).

Os custos logístico e de mão de obra são os mais importantes de se manterem baixos, dizem executivos do setor.

"Temos uma margem de lucro reduzida, pois o preço dos remédios é controlado e nós somos intermediários entre fabricantes e farmácias", diz o presidente da Total Comércio, Francisco Chagas.

A preocupação com a gestão dos negócios também tem o objetivo de minimizar o impacto de uma possível redução do consumo, que já é verificada nos medicamentos mais caros.

"As farmácias passam a comprar menos unidades de cada remédio, o que dificulta ainda mais a nossa logística", afirma Geraldo Monteiro, diretor-executivo da Abradilan, que atua em 82% das cidades do país.

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