quinta-feira, maio 10, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 10/05/12

Canadense investe US$ 480 mi em mina de AL

A mineradora Vale Verde, subsidiária brasileira da canadense Aura Minerals, projeta para 2015 o início da exploração de uma mina de cobre em Alagoas.

A companhia deve investir aproximadamente US$ 480 milhões (R$ 940 milhões) no empreendimento. Cerca de 30% do capital será próprio.

"Nesses projetos, a divisão costuma ser essa: 70% é financiado", afirma o presidente da Aura Minerals, Jim Bannantine.

Pesquisas apontam que a reserva da mina é de 150 milhões de toneladas de cobre. A expectativa é que a exploração dure até 15 anos.

A empresa acredita que poderá produzir entre 6 milhões e 8 milhões de toneladas de concentrado de cobre por ano.

A princípio, 70% do produto será exportado. A mineradora, porém, espera receber incentivos fiscais do governo para comercializar a mercadoria no Brasil.

Os estudos de viabilidade do projeto foram iniciados há quatro anos e serão concluídos até setembro.

O cronograma prevê que as obras comecem no segundo semestre de 2013 e sejam entregues dois anos depois.

A mina, conhecida como Serrote da Laje, fica entre as cidades de Craíbas e Arapiraca (cerca de 125 km de Maceió).

Para que ela opere, será construída uma adutora na região. Uma parceria público-privada será responsável pelo projeto, segundo o secretário de Planejamento do Estado, Luiz Otávio Silva. Também está prevista uma subestação de energia.

números

150 milhões de toneladas é o tamanho da reserva

15 anos é o tempo de vida da mina

2 é o número de minas da companhia fora do país: uma no México e outra em Honduras

8 milhões de toneladas poderão ser produzidos por ano

2015 é quando a exploração começará

2 minas da empresa no Brasil já estão em operação, ambas no Mato Grosso

AVANÇO ESTRANGEIRO

Levou seis anos para a Coach, grife americana de acessórios clássicos, ingressar no mercado brasileiro. "Houve um contato inicial, mas começamos a avaliar seriamente a ideia há dois anos", diz o presidente global da marca, Ian Bickley.

"O Brasil não é um país fácil", diz, ao explicar a demora, depois de ressalvar a importância do mercado.

Com uma loja recém-aberta em SP e outra à espera da inauguração do shopping JK Iguatemi, a marca pretende ter de quatro a seis unidades em até dois anos, na capital paulista e no Rio.

"Nossa meta é alcançar entre 15 e 20 lojas em cinco anos, e cobrir as capitais mais importantes, como Brasília e Belo Horizonte", diz.

Há ainda, segundo Bickley, um bom espaço para uma marca como a Coach ocupar no país.

"A presença de grifes estrangeiras ainda é um pouco modesta. O mercado é dominado por marcas nacionais." A empresa associou-se ao brasileiro grupo Aste.

"É o nosso modelo no mundo todo: entrar com um sócio local, com maior conhecimento do país do que nós."

NÚMEROS

US$ 1,1 BILHÃO foi o faturamento no terceiro trimestre fiscal, terminado em março de 2012 (alta de 17%)

US$ 225 MILHÕES foi o lucro líquido do período(aumento de 21%)

ACEITOs PELA RELIGIÃO

O segmento de produtos e serviços aceitos pela Sharia -a lei islâmica- cresce entre empresas de vários

países, de acordo com levantamento realizado pela Economist Intelligence Unit.

Segundo o relatório, 54% dos entrevistados disseram que esse mercado já é significativo para seus negócios.

Quando perguntados sobre a importância que o segmento terá daqui a três anos nos negócios, o número aumenta: 68% dos entrevistados afirmam que ele será significativo.

Os motivos apontados pela maioria dos participantes foram a maior aceitação dos preceitos muçulmanos e o crescimento da população dessa religião, tanto em países muçulmanos quanto em não muçulmanos.

Comida e finanças voltados para esse grupo são apontados como os setores que mais crescem.

CONSUMIDOR ABORRECIDO

O pedido de danos morais em ações judiciais movidas por consumidores contra empresas está alto no Brasil, segundo levantamento do escritório Viseu Advogados.

Uma análise de ações referentes a relações de consumo apontou que em 90% dos casos há pedido de dano moral. O estudo abrange um estoque superior a 6.000 processos atendidos pelo escritório nos últimos anos. "Isso é cultural nos EUA, mas está crescendo no Brasil. Nosso mercado consumidor é muito novo e só agora está se aquecendo", diz Ricardo Motta, advogado.

O valor dos danos envolvidos nos casos estudados foi de R$ 3.800 em média. Os valores pedidos giram em torno de R$ 11 mil por ação.

NÚMEROS

90% é a parcela dos casos em que há pedido de dano moral

R$ 3.800 é o valor médio dos danos envolvidos

R$ 11 mil é o valor médio pedido pelos consumidores nas ações

6.200 foi a quantidade de casos analisados no levantamento

NEGÓCIO EMERGENTE

Muitas multinacionais ainda não estão preparadas para aproveitar o potencial da classe média e precisam inovar em seus modelos de negócios, mostra um estudo do Boston Consulting Group.

De acordo com a pesquisa, a batalha por esse segmento será a mais forte nas próximas duas décadas.

Esse público, diz o relatório, já é abastecido hoje por companhias locais que podem destronar as empresas globais. São citados os exemplos da Natura e da Embraer, no Brasil, além de empresas na China e na Índia.

A previsão, porém, é que o crescimento dos emergentes venha não só de Brasil, China, Índia, México e Rússia, mas também de países da África, do leste europeu e de outros da América Latina.

TROCA DE PRESIDENTE
A Orizon, empresa especializada em serviços de integração de processos para saúde suplementar, trocou de presidente.

Rodrigo Bacellar acaba de assumir a companhia.

Ele substitui Sergio Ferreira dos Santos, que presidiu a empresa nos últimos três anos e passará a ocupar o cargo de consultor.

A Orizon tem como acionistas Bradesco Seguros, Cielo e Cassi (autogestão do Banco do Brasil).

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