terça-feira, maio 08, 2012

Alerta geral! - ILIMAR FRANCO


O GLOBO - 08/05/12

A data do julgamento do mensalão ainda não foi marcada, mas os ministros do STF começam a se preocupar com eventuais manifestações. No julgamento das cotas raciais, um índio interrompeu, com um protesto, o voto do ministro Luiz Fux. Os ministros concluíram que é muito fácil entrar no plenário, gritar ou até mesmo atirar algum objeto contra um deles. Por isso, o tribunal encomendou um esquema novo e que seja mais eficiente para garantir a segurança no julgamento do ano.

De Eduardo Suplicy a Roberto Freire
Desde que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi aos Estados Unidos, em 1993, atrás da mulher (que já estava morta) do ex-assessor da Comissão do Orçamento, José Carlos Alves dos Santos, que não acontecia nada igual. Ontem, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), brilhou no Twitter. Após ler num site (de humor) que a presidente Dilma tinha mandado o Banco Central substituir, nas cédulas do real, a frase "Deus seja louvado" por "Lula seja louvado", ele protestou: "Isso é uma ignomínia!". Virou piada. Freire acabou pedindo perdão pela ligeireza: "Deveria ter analisado melhor e visto que a ignomínia era demais para ser verdade. Peço desculpas pelo erro".

"Estou pronto para dar explicação ao PSDB e à CPI. Eu quero ser ouvido pela CPI. Não é teatro. Não tenho dificuldade para explicar nada” — Carlos Alberto Leréia, deputado federal (PSDB-GO)

NOVA FORMA. Em sua primeira reunião no comando do Conselho Nacional de Justiça, hoje, o presidente do STF, ministro Ayres Britto, vai anunciar que na sua gestão haverá preferência para o julgamento de atos de improbidade administrativa. Ele pretende também aprovar uma resolução recomendando aos Tribunais de Justiça dos estados que deem prioridade para julgar os processos com o objetivo de ressarcimento do Erário Público.

Um de cada vez
Não haverá uma sessão conjunta de governadores, como quer o PSDB. Se depender da cúpula da CPI, eles serão ouvidos separados e nesta ordem: Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).

Blindado
Se depender do Palácio do Planalto, o governador Sérgio Cabral (Rio) não será chamado para depor na CPI do Cachoeira. A avaliação no governo, de conhecimento do PT e do PMDB, é que não há elementos que justifiquem ouvi-lo.

Zarattini contesta municipalistas
O relator da Lei dos Royalties do Petróleo, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), contesta as perdas anuais de R$ 6 bilhões, previstas pela Confederação dos Municípios. "Comparando meu relatório com o texto do Senado, os municípios não produtores perdem R$ 1,25 bilhão de 2013 a 2015. No ano seguinte, produtores e não produtores ganham o mesmo valor para dividir: R$ 7,3 bi. E, a partir de 2017, os não produtores vão receber mais com meu relatório do que com o texto do Senado", diz.

Na fila
Na próxima reunião da CPI do Cachoeira, dia 17, serão votadas as convocações do ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot e do empresário Fernando Cavendish. Este, com os pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Os vices
O presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), já definiu os seus vices. Nenhum da oposição. Os nomes são Sérgio Silva (PMDB-PR), Vicentinho Alves (PTR-TO) e um deputado petista: Cândido Vaccarezza (SP) ou Paulo Teixeira (SP).

NA MARCAÇÃO. Os deputados Iris Rezende (PMDB-GO) e Luiz Pitiman (PMDB-DF) amanheceram ontem na CPI. Foram ler tudo sobre os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF).

UM GRUPO de artistas, entre eles Letícia Sabatella, Marcos Winter e Osmar Prado, vão hoje na audiência da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Eles querem que a PEC do Trabalho Escravo seja votada até 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura.

QUEIXA de quem foi ler os documentos das operações Vega e Monte Carlo: "não há nada lá que já não tenha saído na imprensa". 

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