Já diz muito sobre a qualidade da administração pública brasileira a simples existência de um ministério voltado para a atividade da pesca, ora comandado por um senador, bispo evangélico e cantor gospel, que se declara incapaz de "colocar minhoca no anzol".
Tal inabilidade não deve, porém, ser superestimada; na realidade, é tão irrelevante quanto a própria pasta, criada pelo ex-presidente Lula para saciar apetites de comensais do petismo.
O objetivo vai sendo atendido, como atestam a própria nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) pela presidente Dilma Rousseff e o noticiário sobre a doação que o empresário José Antônio Galizio afirma ter feito, a pedido do PT, para a campanha eleitoral de 2010.
Trata-se do dono da Intech Boating, empresa que vendeu, em 2008 e 2009, 28 lanchas ao Ministério da Pesca, no valor de R$ 31 milhões.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou superfaturamento e outras irregularidades na operação. Entre elas, o fato comezinho de o ministério não ter poder fiscalizador, o que o levou a transferir parte das embarcações de vigilância para outros órgãos. Além disso, a empresa, pelas regras, precisaria ter produzido previamente ao menos três unidades para ser qualificada -e só havia construído uma.
Em 2010, a Intech doou, segundo o empresário, R$ 150 mil ao PT de Santa Catarina. A candidata a governadora pelo partido era a atual responsável pela pasta das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que, derrotada, assumiu a Pesca.
Altemir Gregolin, titular do ministério à época da transação, também pertencia ao PT catarinense -e assinou ordem para a compra das últimas cinco lanchas pouco antes de deixar o cargo.
Quatro das embarcações adquiridas encontram-se paradas há um ano, sem uso, numa marina perto de Florianópolis. A Intech diz que pretende cobrar R$ 400 mil do governo pela manutenção. Já o ministério informa que pediu "um plano de trabalho para solucionar as pendências que impedem a plena utilização" das lanchas.
Diante de tantos problemas, soa até tímida a declaração do antecessor de Crivella, o ex-ministro Luiz Sérgio, de que o pedido de doação feito ao empresário teria caracterizado um "malfeito".
Tudo nessa operação, na realidade, sugere desfaçatez, fisiologismo e desperdício de dinheiro público. A começar, aliás, pela criação do Ministério da Pesca.
Tal inabilidade não deve, porém, ser superestimada; na realidade, é tão irrelevante quanto a própria pasta, criada pelo ex-presidente Lula para saciar apetites de comensais do petismo.
O objetivo vai sendo atendido, como atestam a própria nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) pela presidente Dilma Rousseff e o noticiário sobre a doação que o empresário José Antônio Galizio afirma ter feito, a pedido do PT, para a campanha eleitoral de 2010.
Trata-se do dono da Intech Boating, empresa que vendeu, em 2008 e 2009, 28 lanchas ao Ministério da Pesca, no valor de R$ 31 milhões.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou superfaturamento e outras irregularidades na operação. Entre elas, o fato comezinho de o ministério não ter poder fiscalizador, o que o levou a transferir parte das embarcações de vigilância para outros órgãos. Além disso, a empresa, pelas regras, precisaria ter produzido previamente ao menos três unidades para ser qualificada -e só havia construído uma.
Em 2010, a Intech doou, segundo o empresário, R$ 150 mil ao PT de Santa Catarina. A candidata a governadora pelo partido era a atual responsável pela pasta das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que, derrotada, assumiu a Pesca.
Altemir Gregolin, titular do ministério à época da transação, também pertencia ao PT catarinense -e assinou ordem para a compra das últimas cinco lanchas pouco antes de deixar o cargo.
Quatro das embarcações adquiridas encontram-se paradas há um ano, sem uso, numa marina perto de Florianópolis. A Intech diz que pretende cobrar R$ 400 mil do governo pela manutenção. Já o ministério informa que pediu "um plano de trabalho para solucionar as pendências que impedem a plena utilização" das lanchas.
Diante de tantos problemas, soa até tímida a declaração do antecessor de Crivella, o ex-ministro Luiz Sérgio, de que o pedido de doação feito ao empresário teria caracterizado um "malfeito".
Tudo nessa operação, na realidade, sugere desfaçatez, fisiologismo e desperdício de dinheiro público. A começar, aliás, pela criação do Ministério da Pesca.
"Comentário idiota de um idiota," que não conhece a realidade brasileira e a importância do ministério da pesca pra o Brasil. E o senador Crivella é o cara ideal para assumir o posto pois é honesto e decente.
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