terça-feira, março 13, 2012

Sacramentado - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 13/03/12


Com o apoio do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, o futuro ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ) foi a São Paulo obter o aval do presidente da CUT, Artur Henrique. Ele também conversou previamente com o chefe de gabinete da presidente Dilma, Giles Azevedo. Um experiente líder trabalhista garante que, quando seu nome for anunciado, ele terá de imediato a adesão de 80% do partido.

O significado e os efeitos da escolha
Mesmo que isso signifique o fortalecimento de um polo de oposição interna, o presidente do PDT, Carlos Lupi, não vai se opor à escolha da presidente Dilma para o Trabalho. O líder do PDT, André Figueiredo (CE), na conversa que teve ontem com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), também não contestou a decisão da presidente. Mas ponderou que os trabalhistas — como fizeram na votação do Funpresp; na votação da emenda 9 no governo FH; na reforma encaminhada no governo Lula — vão continuar votando contra qualquer proposta que implique na privatização das aposentadorias do setor público.

"O Serra vai montar uma chapa puro sangue. Não há outra saída, o PSD não tem nem tempo de TV” — Sérgio Guerra, deputado federal (PE) e presidente do PSDB

CRUELDADE. O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) e a ministra Eleonora Menicucci (Mulheres) decidiram pedir explicações oficiais do governo da Espanha pelo tratamento dispensado à brasileira aposentada Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, que foi deportada, depois de ficar três dias detida, sem alimentação, acesso a seus remédios e à sua mala. O Brasil vai cobrar essa e outras denúncias de abusos e maus-tratos.

Desterro
O atual imbróglio da Rio+20 envolve a Cúpula dos Povos. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, quer esconder o evento, que reunirá a sociedade civil, transferindo-o do Aterro do Flamengo para a Quinta da Boa Vista.

Gradual
Em conversa ontem com o governador Sérgio Cabral, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da Lei dos Royalties, disse que vai propor uma transição para amenizar a perda de arrecadação do estado e dos municípios fluminenses.

Fogo no circo
A escolha de Eduardo Braga (PMDB-AM) para líder do governo no Senado aprofunda a crise do PR com o governo. Além de não conseguir emplacar seu sucessor no Ministério dos Transportes, o presidente do partido, senador Alfredo Nascimento (AM), teve que engolir a promoção de seu adversário político. A decisão da presidente Dilma também cristaliza a divisão da bancada do PMDB do Senado, já que Braga pertence ao grupo minoritário dos independentes. E dá combustível para a briga pela sucessão do presidente do Senado.

Na ativa
Depois de ter anunciado sua aposentadoria da política, o ex-presidente do PFL Jorge Bornhausen se integrou à comitiva do prefeito Gilberto Kassab em Madri e participou das reuniões para a indicação de Alfredo Cotait para vice de Serra.

Novo rito
Os líderes partidários do Senado receberam ofício da Secretaria Geral da Mesa com a composição da comissão que analisará as medidas provisórias. Mas eles esperam comunicação oficial do STF para indicar os integrantes.

FURO. Como esta coluna antecipou na edição, de 14 de fevereiro: “A preferência da Fifa para mascote da Copa é o tatu-bola”. Ontem foi oficializado.

FERMENTO. Militares da reserva contrataram um digitador para agilizar a postagem das novas adesões à nota com críticas à presidente Dilma, tendo como pano de fundo a criação da Comissão da Verdade.

SOBRE A INFORMAÇÃO de que rodou a baiana para ter um carro oficial em sua primeira visita ao Rio, o ministro Marcelo Crivella (Pesca) diz: “Você acha que eu ia colocar essa banca toda?”.

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