segunda-feira, março 12, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 12/03/12
60 obras em estradas serão licitadas até o mês de maio

Empresários da indústria de construção pesada de São Paulo esperam a liberação de cerca de 60 obras para licitação até o mês de maio.

O número de projetos que receberão recursos no curto prazo foi informado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) em reunião na semana passada com diretores das companhias ligadas ao Sinicesp (que reúne empresas de construção), de acordo com Silvio Ciampaglia, presidente do sindicato.

Mais de R$ 10 bilhões serão investidos pelo governo estadual no programa de recuperação de rodovias até 2014, segundo a entidade.

"Agora nos foi mostrado um panorama mais correto das obras que vão ser postas em concorrência. Serão cerca de 60 entre março e maio", afirma Ciampaglia.

"Estávamos aguardando isso e nos foi dito que as licitações serão, em breve, publicadas no Diário Oficial", acrescenta ele.

Demoram em média dois meses entre a licitação e a assinatura de um contrato, segundo Ciampaglia.

"Isso significa que entre junho e agosto os contratos estarão em andamento."

O volume de vagas de trabalho geradas deve ficar em torno de 6.000, de acordo com cálculos de Ciampaglia.

A parte mais importante das obras corresponde à recuperação de rodovias estaduais.

"O governo anterior investiu muito em estradas vicinais, que atendem mais os municípios. Agora vem a recuperação da malha de rodovias estaduais", afirma.

Sem medo de arriscar

Redpoint e eVentures, duas firmas de "venture capital" (capital de risco) de Silicon Valley, nos EUA, estão se unindo para formar um fundo no Brasil.

Com mais de US$ 3 bilhões sob sua administração no exterior, eles entraram em negócios que engatinhavam no mercado de internet, como Groupon e Netflix.

No Brasil, as duas firmas tinham investido separadamente em quatro empresas em estágio inicial: Grupo Xangô, Shoes4you, Viajanet, 55Social.

O escritório em SP será dirigido pelo francês Yann de Vries e pelo brasileiro Anderson Thees.

"Nos interessamos por e-commerce, celular, media e computação em nuvem", diz o alemão Mathias Schilling, fundador do eVentures/BV Capital. "Não temos medo de fracassar." Cerca de 30% das "startups" não decolam, acrescenta o americano Jeff Brody, fundador do Redpoint.

Para ele, é essencial estar em solo brasileiro.

"Aprendemos na China que, para encontrar oportunidades e apoiar empreendedores, não adianta ficar só voando para cá. Foco e acesso são indispensáveis para o sucesso."

"Não adquirimos o controle das empresas, diz Schilling. "Compramos cerca de 25% e ficamos entre cinco e sete anos, podendo passar de dez."

Estudos renováveis

A Associação Brasileira de Energia Eólica prepara um centro de pesquisas para desenvolver tecnologia para o setor de energia renovável.

O centro, porém, depende do sucesso de uma rede de pesquisas que está em formação. Até o final deste semestre, o plano da rede será apresentado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

"Esperamos que o governo entre [no projeto], pois os estudos podem ampliar a energia renovável no país e diminuir a emissão de gases", diz o presidente da associação, Ricardo Simões.

As pesquisas devem englobar diferentes partes da cadeia de produção.

Dinheiro no bolso

A expectativa de renda na Alemanha aumentou em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano, e se aproximou do registrado no mesmo período de 2011.

Em escala que varia de -100 a 100, a expectativa ficou em 41,3. Em fevereiro do ano passado, estava em 42,9, de acordo com estudo da empresa de pesquisas GfK.

A propensão a consumir e a expectativa econômica, no entanto, recuaram em relação a janeiro deste ano (de 41,8 para 39,2 e de 7,5 para 5,9, respectivamente).

Os três indicadores estão em patamares inferiores aos registrados há 12 meses.

A pesquisa é realizada mensalmente por meio de cerca de 2.000 entrevistas.

Caminhos da gastronomia

O chef de cozinha e empreendedor social David Hertz foi convidado a tomar parte do grupo de Young Global Leaders, do Fórum Econômico Mundial.

Com a Gastromotiva, organização que capacita jovens de baixa renda com curso profissionalizante em gastronomia, Hertz venceu em 2009, o prêmio Empreendedor Social do Futuro, concedido pela Folha.

"Formávamos, então, entre 35 e 50 jovens. Depois do prêmio da Folha, mudamos o modelo para ter causar mais impacto. Neste ano, serão 80 e abrimos outras frentes", afirma.

"Muitos formados preferiram voltar para suas comunidades e passaram a replicar o conhecimento, formando outros jovens em seus pequenos restaurantes e associações comunitárias."

Hertz está envolvendo também chefs e agências da União Europeia.

"São vários os caminhos para promover inclusão social através da gastronomia."

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