quinta-feira, janeiro 19, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 19/01/12
Mercado livre pode ter mais 15 mil consumidores de energia

O Brasil tem mais de 15 mil empresas com um perfil de consumo de energia que pode levá-las ao mercado livre, segundo estudo da gestora e comercializadora Comerc.

Tais empresas entrariam como consumidores especiais, que são aqueles que podem atuar no mercado livre com 0,5 MW, desde que consumam de fontes de energia limpas incentivadas pelo governo. Já o consumidor livre tradicional necessita de uma demanda de 3 MW para que possa contratar energia de qualquer gerador.

O mercado livre, de energia convencional e incentivada, tem hoje uma carga de aproximadamente 12,5 mil MW médios, segundo Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc.

"Há um montante calculado pela EPE de empresas com demanda acima de 500 kW, de 24,5 mil MW médios de consumo. Existe, portanto, potencialmente, um montante adicional de 12 mil MW médios que poderiam estar no mercado livre, mas são cativos ainda", afirma Vlavianos.

Como a oferta de energia limpa incentivada está abundante e os preços satisfatórios, 2012 deve registrar um aumento da migração, segundo a empresa.

Os consumidores especiais costumam ser empresas como shoppings, supermercados, hospitais e hotéis.

O governo estuda a possibilidade de reduzir de 3MW para 1 MW o piso para o consumo de energias convencionais no país.

NÚMEROS

12.500 MW médios é a carga do mercado livre

12.000 MW médios poderiam estar no mercado livre, mas permanecem no cativo

0,5 MW caracteriza os consumidores especiais

3 MW é o piso que o governo determina para o consumo de energias convencionais no país

24.500 MW médios é o montante de consumo de empresas com demanda acima de 500 kW

COSTURA

O InMod, braço especializado em ações institucionais da Luminosidade, empresa que organiza o Fashion Rio e outros eventos do calendário de moda brasileiro, vai fechar um convênio de capacitação com o Sebrae.

O documento, que será assinado durante a São Paulo Fashion Week, prevê capacitação em conjunto para cerca de 8.000 pequenos empreendedores de confecção, calçados, acessórios e joias no país.

Entre as atividades estão seminários, vídeos e palestras por nomes de especialistas da moda nacional em vários segmentos, como design, fotografia, maquiagem, entre outros.

"O trabalho é pegar empresas sem estrutura de gestão e sem conhecimento de processo para elevar o patamar de qualificação", afirma Paulo Borges, presidente da Luminosidade.

"Com isso, nós pretendemos quebrar aquele tabu de que o microempresário não pode estar inserido no processo de inovação", afirma. Borges.

Despejos por inadimplência atingem menor índice em 17 anos

O número de ações de despejo por falta de pagamento na cidade de São Paulo em 2011 foi o mais baixo dos últimos 17 anos.

Entre janeiro e dezembro passados, ocorreram 14,7 mil casos, segundo estudo do Secovi-SP (sindicato da habitação) e do grupo Hubert.

Na comparação com 2010, houve queda de 12%.

Para 2012, a tendência é de nova diminuição, segundo Hubert Gebara, um dos responsáveis pela pesquisa.

"Com as alterações na lei de locação, os despejos são realizados mais rapidamente, o que também aumentou o número de acordos", diz Jaques Bushatsky, do Secovi.

A alta dos aluguéis também influenciou na redução da inadimplência, de acordo com Bushatsky. "O locatário sabe que, se sair de seu apartamento atual, terá muita dificuldade para conseguir um aluguel do mesmo preço."

Coleta A Associação Prolata Reciclagem, criada por empresas de embalagens de aço, ocupará área de quase mil m2 em SP para receber 20 toneladas de material por dia.

Nome... O número de títulos protestados de empresas no Brasil teve aumento de 11,8% em 2011, na comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Boa Vista (administradora do SCPC).

...sujo As regiões Nordeste e Centro-Oeste foram as que apresentaram maiores altas no período, de 18,7% e 17%, respectivamente. O Sul, por sua vez, teve o incremento mais baixo, de 8,6%. No Sudeste, o índice foi de 10,9%.

CAPACIDADE INDUSTRIAL

O Brasil caiu da 37ª posição para a 44ª no ranking dos países com maior rendimento industrial competitivo, segundo índice do órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial.

No total, 118 economias foram analisadas.

O índice, apresentado no Relatório de Desenvolvimento Industrial 2011, foi reformulado e passou a medir o impacto do país na produção fabril mundial e no comércio internacional.

O órgão, porém, analisou os dados estatísticos de 2009 e concluiu que o Brasil perdeu competitividade nos quatro anos anteriores.

Quando considerados apenas América Latina e Caribe, o país ficou na terceira posição, atrás do México (30ª) e da Costa Rica (41ª). O relatório destaca a indústria automobilística mexicana.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

Um comentário:

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